sexta-feira, 7 de março de 2008

Em qual prato da balança colocamos nossas opções?


A Quaresma vai se aproximando do seu final. E, na medida em que vamos nos deixando conduzir pelo seu Espírito, vamos sendo levados por Deus a uma atitude de sincera e real conversão. Se, ao chegar no fim da Quaresma não estivermos realmente dentro deste espírito de conversão, então não estaremos em condições de viver e celebrar a Páscoa do Senhor.

Muitas vezes (e isto acontece até comigo!) temos uma relação bastante complicada com Deus. E esta relação acaba sendo prejudicial para nossas vidas, uma vez que queremos estar com os pés em dois mundos: um pé no Reino de Deus e outro num mundo de trevas e de pecado. Nossa vida fica num dualismo, onde acaba coexistindo dentro de nós algo de santo e algo de demônio. Ao tentarmos ser as duas coisas, acabamos não sendo nem uma nem outra, afinal "é impossível servir a dois senhores". Ao fazermos escolhas, não podemos ficar tentando encher os dois pratos da balança de nossos valores e de nossas opções. Se optamos pelos valores de Deus, é fundamental que toda a nossa vida esteja sendo vivida em Deus.

É claro que o pecado faz parte de nossa vida e inúmeras são as ocasiões em que pecamos a cada dia. Porém, o pecado não pode estar nas opções fundamentais de nossa existência. Como bons soldados, precisamos lutar contra ele, "combater o bom combate da fé". É extremamente grave quando livremente escolhemos o pecado nas nossas opções fundamentais, quando dizemos para nós mesmos e para nossa consciência: "Eu quero pecar, eu quero me afastar de Deus!" Quando acontece isso, estamos escolhendo a morte de nossa alma, estamos escolhendo o inferno. E somos filhos de Deus! Não somos destinados ao inferno, mas sim ao Reino! Por mais "alegria" que o pecado possa nos oferecer, jamais se compara à verdadeira felicidade que Deus nos concede, quando optamos por Ele.
Portanto, na balança de nossas opções fundamentais coloquemos os valores do Reino e os mandamentos de Deus. Deixemos que seu Espírito Santo nos ilumine, para que sempre mais encontremos a felicidade que o mundo não compreende, mas que é a felicidade que nós, cidadãos do Reino, compreendemos, aceitamos e vivemos em nossa vida.