Eu posso dizer que devo tudo a Jesus Cristo, à sua proposta de vida e ao seu Evangelho. Pelo menos dois terços da minha vida eu já dediquei ao seu Reino. Graças a Ele, fiz grandes amizades e tenho conhecido pessoas maravilhosas, que tem feito a minha vida valer a pena. Mas posso dizer que o contrário também tem acontecido. O mesmo Evangelho que é ponte na direção de muitas pessoas que amo também se torna um profundo fosso, que me afasta de outros, a quem também amo e quero bem. Este afastamento se dá pelo fato de que nem sempre sabemos dialogar com os diferentes. Isto acontece por um duplo preconceito: de um lado, posso muitas vezes agir como um velho fariseu, que olha para o outro com um olhar de acusação, como que querendo jogá-lo no inferno. Mas, por outro lado, o preconceito também é real: de repente, posso ser visto como alguém moralista, que deseja sempre ensinar para os outros, apontando o que deve ser feito ou evitado. Traduzindo: um verdadeiro chato!
Sou padre, mas não sou o dono da verdade. Não tenho o direito de te dizer que a minha verdade é melhor do que a tua. Aliás, detesto a atitude daqueles que se acham mais do que os outros e que vivem dizendo quem está certo ou quem está errado. Meu primeiro dever é apenas viver de acordo com aquilo que considero o meu ideal. Apenas viver, sem grandes explicações, porque explicar o testemunho deixa de ser testemunho. É claro que se pedem as razões da minha esperança, devo dá-las, mas jamais irei impor o meu testemunho com força, apenas com alegria. E é justamente esta a força do testemunho: a alegria de viver o Evangelho.
Quem convive comigo bem sabe que tenho verdadeiro escrúpulo de invadir a vida das pessoas, pois considero a liberdade algo de imenso valor. Nunca foi do meu feitio invadir a intimidade dos outros para dizer no que devem mudar. Cada pessoa tem a sua história, o seu tempo e os seus valores. Assim como eu exijo que respeitem as escolhas que faço na minha vida, procuro respeitar as alheias. Se elas são equivocadas, mais cedo ou mais tarde Deus irá mostrar. Afinal, quem sou eu para querer bancar Deus na vida dos outros? Portanto, jamais vou te dizer o que deves fazer ou não, assim como jamais vou querer saber de ti aquilo que não queres me mostrar. Mesmo muitas vezes sabendo muito daquilo que vives e fazes, respeito a tua individualidade e o teu espaço como algo sagrado. Mas, se algum dia quiseres e abrires a porta do coração, entrarei com tudo e tentarei ser um sinal de Deus para ti, assim como és para mim.
Surpreso? És um sinal de Deus para mim, sim! Pode até ser que em alguns aspectos da tua vida e de tuas escolhas estejas equivocado, tentado ou ainda com certa dificuldade de entender o que Deus quer de ti. Mas, quem não é assim? Um dia, se quiseres, te contarei os meus equívocos, as minhas tentações, bem como as dificuldades de compreender a Deus, O importante é que, mesmo assim, eu sei que tu és bom e procuras fazer bem aquilo que te é possível. És, portanto, sinal de Deus para mim.
Conviver é algo maravilhoso. Que o Evangelho não seja mais fosso, mas sim ponte. Que a leveza dele nos torne pessoas alegres, felizes e amáveis. Em suma: que nos torne santos.
Sou padre, mas não sou o dono da verdade. Não tenho o direito de te dizer que a minha verdade é melhor do que a tua. Aliás, detesto a atitude daqueles que se acham mais do que os outros e que vivem dizendo quem está certo ou quem está errado. Meu primeiro dever é apenas viver de acordo com aquilo que considero o meu ideal. Apenas viver, sem grandes explicações, porque explicar o testemunho deixa de ser testemunho. É claro que se pedem as razões da minha esperança, devo dá-las, mas jamais irei impor o meu testemunho com força, apenas com alegria. E é justamente esta a força do testemunho: a alegria de viver o Evangelho.
Quem convive comigo bem sabe que tenho verdadeiro escrúpulo de invadir a vida das pessoas, pois considero a liberdade algo de imenso valor. Nunca foi do meu feitio invadir a intimidade dos outros para dizer no que devem mudar. Cada pessoa tem a sua história, o seu tempo e os seus valores. Assim como eu exijo que respeitem as escolhas que faço na minha vida, procuro respeitar as alheias. Se elas são equivocadas, mais cedo ou mais tarde Deus irá mostrar. Afinal, quem sou eu para querer bancar Deus na vida dos outros? Portanto, jamais vou te dizer o que deves fazer ou não, assim como jamais vou querer saber de ti aquilo que não queres me mostrar. Mesmo muitas vezes sabendo muito daquilo que vives e fazes, respeito a tua individualidade e o teu espaço como algo sagrado. Mas, se algum dia quiseres e abrires a porta do coração, entrarei com tudo e tentarei ser um sinal de Deus para ti, assim como és para mim.
Surpreso? És um sinal de Deus para mim, sim! Pode até ser que em alguns aspectos da tua vida e de tuas escolhas estejas equivocado, tentado ou ainda com certa dificuldade de entender o que Deus quer de ti. Mas, quem não é assim? Um dia, se quiseres, te contarei os meus equívocos, as minhas tentações, bem como as dificuldades de compreender a Deus, O importante é que, mesmo assim, eu sei que tu és bom e procuras fazer bem aquilo que te é possível. És, portanto, sinal de Deus para mim.
Conviver é algo maravilhoso. Que o Evangelho não seja mais fosso, mas sim ponte. Que a leveza dele nos torne pessoas alegres, felizes e amáveis. Em suma: que nos torne santos.