Acontece desde ontem, na Casa de Formação da nossa Diocese, o I Retiro Paroquial de nossas Comunidades. O pregador é o Pe. Antônio Reges Brasil, de Pelotas. Quase sessenta pessoas estão participando deste Retiro, que é uma das atividades do nosso "Projeto de Re-fundação Paroquial", uma vez que celebraremos, em novembro próximo, os 40 anos de criação da Paróquia de São José Operário. Rezemos pelo êxito do nosso Retiro e pelos seus frutos na vida de nossos paroquianos.
domingo, 24 de agosto de 2008
Pensando alto: meu Decálogo (VIII)
"Quero viver na castidade de um coração sem divisão, procurando ver nas pessoas o reflexo de Deus e em seus corpos o Templo do Espírito Santo. Quero tratar a todos afetuosamente, com a ternura de Cristo, evitando atitudes que criem confusão interior e ao mesmo tempo evitando ter a frieza de uma pedra de gelo."
Viver a castidade: talvez seja este o maior desafio nos nossos tempos, em que somos bombardeados por todos os lados por uma cultura hedonista, onde a genitalidade é supervalorizada e valores como a pureza são considerados "fora de moda". Porém, a vivência da castidade, por meio da promessa de celibato, feita em nossa Ordenação, não deve desumanizar-nos, uma vez que o celibato não pode tornar-nos "solteirões", cheios de manias e fechados em nós mesmos. Celibato e frustração não combinam; pelo contrário, quando este é assumido com a alegria de um coração consagrado, torna-se um verdadeiro dom para a Igreja e a humanidade. O celibato existe para que possamos amar verdadeiramente a todas as pessoas que nos são confiadas, sem exclusão de ninguém,pois o amor do padre deve ser reflexo do amor de Jesus Bom Pastor, que dá a vida pelo seu rebanho.
É claro que, como todo o ser humano, o padre possui também sua dimensão sexual, seus desejos e carências, afinal o celibato não nos torna seres assexuados. Porém, vamos aprendendo a sublimar esta dimensão, "transferindo" para outras áreas da nossa vida todo o nosso potencial sexual, seja na oração, seja no trabalho pastoral, seja na convivência com as pessoas de ambos os sexos. E nessa convivência, com amizades sadias e sólidas, vamos nos realizando como pessoas humanas, evitando, porém, relacionamentos que possam nos confundir ou confundir outros emocionalmente e evitando, também, sermos "pedras de gelo", incapazes de dar acolher carinho, amizade e amor, com pureza de coração.
O padre é alguém humano, frágil, pecador; é alguém que está constantemente se formando, a caminho. É preciso que saibamos compreender nossos padres, amá-los como são e ajudá-los a viver com serenidade e fidelidade o SIM que deram a Deus, de serví-lo com um coração sem divisão.
Postado por Padre Gil às 08:12 0 comentários
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