Depois de muito tempo, finalmente uma postagem...
Estamos na Novena de Pentecostes, um tempo privilegiado de colocar-se, com Maria e os Apóstolos no Cenáculo, numa atitude de espectativa, esperando a vinda do Espírito Santo, o novo "Hálito de Deus", que vai transformar o ser humano de bonecos, mortos pelo pecado, em criaturas novas, para uma nova criação.
Jesus, na Oração Sacerdotal (Jo 17), nos oferece uma proposta de vida, que deve ser levada bastante à sério: a proposta de vivermos o nosso cristianismo na perspectiva da diáspora. O conceito de diáspora está relacionado com aquilo que Jesus ali reza ao Pai: "Eu já não estou no mundo; mas eles estão no mundo, enquanto eu vou para junto de ti" (Jo 17,11).
O cristão deve ter consciência da sua cidadania. Nós somos cidadãos do céu, do Reino de Deus. Estamos aqui, vivemos com os outros, mas numa situação de diáspora, ou seja, nossa casa não é esta e nosso modo de viver tem que manifestar essa realidade. A mística do Reino deve alimentar a nossa ação concreta, nossa moral, nossa ética, nossa prática. O cristão no mundo deve ser fermento do Reino de Deus.
Somos poucos; somos frágeis; somos pequenos. Entretanto, a força da mensagem do cristianismo se encontra justamente nisso. por sermos poucos, frágeis e pequenos, devemos estar unidos para tornar o Evangelho a nossa força principal e, assim, sermos capazes de, profeticamente, com nossa vida, anunciar o Evangelho e fazer do testemunho a nossa principal missão.