A Igreja não é apenas mais uma instituição entre tantas. Ela possui um corpo, uma organização, é verdade. Mas, se esta organização não possuir uma alma, ela acaba morrendo por dentro. Por isto, a Igreja possui no Espírito Santo a sua alma, que é garantia de vida perene. Quando aconteceu o Concílio Vaticano II, o Papa João XXIII pediu para a Igreja a graça de um Novo Pentecostes, que iseria esta ação do Espírito de Deus em nossos dias, confirmando com a força do Alto toda a vida a ação eclesial.
Ao convocar a Igreja da América Latina e do Caribe para uma postura de "conversão pastoral", os nossos bispos estão nos pedindo uma postura e atuação que seja de dentro para fora, ou seja, que a conversão possa ser real, sincera e interior e, desta forma, produza frutos concretos, que se manifestem numa atitude diferente da que vinha existindo até então.
Quando a conversão é apenas exterior torna-se fogo de palha. É preciso que ela surja a partir de convicções sinceras e maduras, feitas individualmente e por todos em comum. Por isso, a Igreja no nosso continente deseja fazer a forte experiência do discipulado para que, contemplando Jesus Bom Pastor, possa corresponder concretamente aos desafios dos nossos tempos. E, desta forma,a conversão pastoral se tornará uma realidade concreta, em estruturas fortes e renovadas.