terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Meu novo Blog: "Prá começo de conversa"
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terça-feira, 28 de maio de 2013

Monsenhor Fulton Sheen: a hora que dá sentido à minha vida


Monsenhor Fulton Sheen: A hora que dá sentido à minha vida
No dia da minha Ordenação, tomei duas decisões:1. Que ofereceria a Sagrada Eucaristia todos os sábados em honra à Santíssima Virgem Maria, para implorar sua proteção sobre meu sacerdócio – a Epístola aos Hebreus ordena ao sacerdote oferecer sacrifícios não só pelos demais, mas também por si mesmo, já que seus pecados são maiores devido à dignidade de seu ofício.2. Resolvi também que todos os dias passaria uma Hora Santa na presença de Nosso Senhor no Santíssimo Sacramento.Venho mantendo ambas as decisões no decorrer do meu sacerdócio. A Hora Santa originou-se de uma prática que desenvolvi um ano antes de ser ordenado. A grande capela do Seminário de São Paulo fechava às seis da tarde; todavia, havia capelas privadas disponíveis para devoções privadas e orações noturnas. Numa tarde em particular, durante o recreio, caminhei por quase uma hora, de um lado a outro, no exterior da capela maior. Um pensamento me surgiu: “– Por que não fazer uma Hora Santa de adoração na presença do Santíssimo Sacramento?”. Comecei no dia seguinte, e hoje a prática já carrega mais de sessenta anos.       Apresentarei brevemente algumas razões pelas quais mantenho esta prática, e por que venho fomentando-la nos demais.       Primeiro, a Hora Santa não é uma devoção; é uma participação na obra da Redenção. No Evangelho de São João, Nosso Santíssimo Senhor usou as palavras “hora” e “dia” em duas conotações totalmente diferentes. O “dia” pertence a Deus; a “hora” pertence ao maligno. Sete vezes no Evangelho de São João usa-se a palavra “hora”, e em cada instância referenciando-se ao demônio e aos momentos em que Cristo já não está nas Mãos do Pai, mas nas mãos dos homens. No horto de Getsêmani, Nosso Senhor contrastou duas “horas”: uma era a hora do mal, na qual Judas pôde apagar as luzes do mundo. Em contraste, Nosso Senhor perguntou: “Não podem velar uma hora comigo?”. Em outras palavras, Ele pediu uma hora de reparação para combater a hora do mal; uma hora de união íntima com a Cruz para sobrepor-nos ao anti-amor do pecado.Em segundo lugar, a única vez que Nosso Senhor pediu algo a seus Apóstolos foi na noite de sua agonia. Não pediu a todos, talvez porque sabia que não podia contar com sua fidelidade. Porém, ao menos esperava que três lhe fossem fiéis: Pedro, Tiago e João. Desde esse momento, e muitas vezes na história da Igreja, o mal está acordado, porém os discípulos estão dormindo. É por isso que de Seu angustiado e solitário Coração saiu o suspiro: “Não podem velar tão somente uma hora comigo?”. Ele não implorava por uma hora de atividade, mas por uma hora de companhia.A terceira razão pela qual mantenho a Hora Santa é para crescer mais e mais à semelhança d’Ele. Como diz São Paulo: “Nos transformamos naquele em que fixamos nosso olhar” (Cf. 2 Cor III, 18). Ao contemplar o entardecer, o rosto toma um resplendor dourado. Ao contemplar o Senhor Eucarístico por uma hora, o coração se transforma de um modo misterioso, assim como o rosto de Moisés se transformou na companhia de Deus na montanha. Acontece-nos algo parecido ao que aconteceu com os discípulos de Emaús, no domingo de Páscoa pela tarde, quando o Senhor os encontrou. Ele lhes perguntou por que estavam tão tristes, e depois de passar algum tempo em Sua presença, e ouvir novamente o segredo da espiritualidade – “O Filho do Homem deve sofrer para entrar em Sua Glória” –, o tempo de estar com Ele terminou, e seus “corações ardiam”.A Hora Santa é difícil? Algumas vezes parecia ser difícil; poderia significar ter que sacrificar um compromisso social, ou levantar-se uma hora mais cedo, porém no fundo nunca foi uma carga, só uma alegria. Não quero dizer que todas as Horas Santas tenham sido edificantes como, por exemplo, aquela na igreja de São Roque, em Paris. Entrei na igreja em torno das três da tarde, sabendo que teria que tomar um trem a Lourdes duas horas mais tarde. Só tenho uns dez dias por ano nos quais posso dormir durante o dia, e este era um desses. Ajoelhei-me e rezei uma oração de adoração, sentei-me para meditar, e poucos minutos depois estava dormindo. Ao despertar, disse ao Bom Senhor: “Eu fiz uma Hora Santa?”. Pensei que Seu anjo me dizia: “Bom, foi dessa forma que os Apóstolos fizeram sua primeira Hora Santa no horto de Getsêmani, mas não o faças outra vez”.      Uma Hora Santa difícil que recordo, foi quando tomei um trem de Jerusalém ao Cairo. O trem partiu às quatro da manhã; isso fez com que eu levantasse muito cedo. Em outra ocasião, em Chicago, às sete da noite, pedi permissão ao pároco para entrar em sua igreja e fazer uma Hora Santa, já que a igreja estava fechada. Mais tarde, ele se esqueceu de que me havia deixado entrar, e passei em torno de duas horas tentando encontrar uma maneira de escapar. Finalmente, pulei por uma pequena janela e caí na carvoeira. Isto assustou o caseiro, que veio em meu auxílio.No início do meu sacerdócio, fazia a Hora Santa durante o dia ou à tarde. No decorrer dos anos, fiquei mais ocupado, e fazia a Hora de manhã cedo, geralmente antes da Santa Missa. Os sacerdotes, como todas as pessoas, dividem-se em duas classes: galos e corujas. Alguns trabalham melhor pela manhã, outros durante a noite.O objetivo da Hora Santa é fomentar um encontro pessoal e profundo com Jesus Cristo. O santo e glorioso Deus nos invita constantemente a aproximarmo-nos d’Ele, conversar com Ele, para pedir-lhe as coisas que necessitamos e para experimentar a bênção da amizade com Ele. Quando somos neo-sacerdotes é fácil nos darmos por inteiro a Cristo, porque o Senhor nos preenche de doçura, da mesma maneira que uma mãe dá um caramelo a seu bebê para animar seu primeiro passo. O entusiasmo, entretanto, não dura muito; rapidamente aprendemos o custo do apostolado. A lua de mel logo termina, assim como a vaidade de ouvir pela primeira vez aquele estimulante título de “Padre”.       O amor sensível, ou amor humano, diminui com o tempo, porém o Amor Divino não. O primeiro concerne ao corpo, que responde cada vez menos aos estímulos, mas na ordem da graça, a resposta do Divino ao pequeno, os atos humanos de amor se intensificam.Nem o conhecimento teológico, nem a ação social por si só são suficientes para nos mantermos em amor com Jesus Cristo, a menos que ambos estejam precedidos por um encontro pessoal com Ele.Moisés viu que a sarça ardente no deserto não se alimentava de nenhum combustível. A chama, sem alimentar-se de nada visível, continuava existindo sem destruir a madeira. Uma dedicação tão pessoal a Cristo não deforma nenhum de nossos dons naturais, disposições ou caráter; só renova sem matar. Como a madeira se transforma em fogo, e o fogo perdura, assim nos transformamos em Cristo, e Cristo perdura.Descobri que leva algum tempo para incendiar-se rezando. Esta tem sido uma das vantagens da Hora diária. Não é tão curta como para não permitir à alma abismar-se e sacudir-se às múltiplas distrações do mundo. Estar ante a presença de Nosso Senhor é como expor o corpo ao sol para absorver seus raios. O silêncio na Hora é como uma conversa privada com o Senhor. Nesses momentos, rezamos menos e ouvimos mais. Não dizemos: “Ouve, Senhor, porque teu servo fala!”, mas “Fala, Senhor, que teu servo escuta!”.Busquei muitas vezes uma maneira de explicar o fato de que nós, os sacerdotes, devemos conhecer mais a Jesus Cristo do que sobre Jesus Cristo. Muitas traduções da Bíblia usam a palavra “conhecer” para indicar a união carnal de dois em um. Por exemplo: “Salomão não a conhecia”, o que significava que não havia tido relações carnais com ela. A Santíssima Virgem Maria disse ao Anjo na Anunciação: “Não conheço nenhum homem”. São Paulo exorta os maridos a possuírem suas mulheres em “conhecimento”. A palavra “conhecer” aqui indica unidade carnal de dois em um. A aproximação dessa identidade provém da aproximação da mente com qualquer objeto conhecido. Nenhuma faca poderia separar minha mente da idéia que ela tem de uma maçã. A união íntima de marido e mulher descrita como “conhecimento” deve ser o fundamento desse amor pelo qual o sacerdote ama a Cristo.Intimidade é abertura sem reservas, que não guarda nenhum segredo, e revela o coração aberto a Cristo. Demasiadas vezes os amigos são só “dos barcos que passam dentro da noite”. O amor carnal, apesar de ser íntimo, muitas vezes pode ser uma troca de egoísmos. O ego se projeta na outra pessoa, e o que se ama não é a outra pessoa, mas o prazer que a outra pessoa oferece. Notei ao longo da minha vida que, quando eu retrocedia ante as demandas que o encontro me havia imposto, me via mais ocupado e mais preocupado com atividades. Isto me dava uma desculpa para dizer: “Não tenho tempo”, como um marido que pode absorver-se no trabalho, e se esquecer do amor de sua mulher.É impossível para mim explicar o quão útil foi a Hora Santa para preservar minha vocação. A Escritura oferece uma considerável evidência para provar que um sacerdote começa a falhar em seu sacerdócio quando falha no amor à Eucaristia. Muitas vezes assume-se que Judas caiu porque amava o dinheiro. A avareza é raramente o princípio do erro e da queda de um embaixador. O princípio da queda de Judas, e o fim de Judas, ambos giram em torno da Eucaristia. A primeira vez que a Escritura Sagrada menciona que Nosso Senhor sabia quem haveria de traí-lo, é ao final do capítulo seis de São João, que é o capítulo da anunciação da Eucaristia. A queda de Judas veio na noite que Nosso Senhor instituiu a Eucaristia, na noite da Última Ceia.A Eucaristia é tão essencial para nossa união com Cristo, que nem bem Nosso Senhor a anunciou no Evangelho para já começar a ser a prova de fidelidade de seus seguidores. Primeiro, perdeu as massas, porque era muito duro em suas palavras, e já não mais o seguiam. Em segundo lugar, perdeu alguns de seus discípulos: “Eles já não andavam mais com Ele”. Terceiro, dividiu seu grupo de apóstolos, já que aqui Judas é anunciado como o traidor.Portanto, a Hora Santa, além de seus benefícios espirituais, preveniu meus pés de vaguear muito longe. Quando se está atado a um Sacrário, a própria corda não é tão larga para encontrar outras pastagens. Essa tênue lâmpada do tabernáculo, embora pálida e difusa, tem uma misteriosa luminosidade para obscurecer o brilho “das luzes brilhantes”. A Hora Santa tornou-se como um tanque de oxigênio para reavivar o sopro do Espírito Santo no meio da suja e hedionda atmosfera do mundo. Mesmo quando parecia ser tão pouco proveitoso, e carente de intimidade espiritual, tinha a sensação de ser ao menos como um cão na porta de seu dono, pronto caso fosse chamado.A Hora Santa tornou-se, também, um magistério e uma mestra, já que, embora antes de amar a alguém devemos conhecer essa pessoa, sem embargo, depois sabemos que é o Amor que aumenta o conhecimento. As convicções teológicas não só são obtidas das duas capas de um livro formal, mas dos dois joelhos sobre um genuflexório ante um Sacrário.Finalmente, fazendo uma Hora Santa todos os dias, constituía para mim uma área da vida na qual podia pregar o que praticava. Muitas poucas vezes em minha vida preguei o jejum de forma rigorosa, já que o jejum sempre me pareceu extremadamente difícil; porém, podia pedir aos outros para fazerem a Hora Santa, porque eu a fazia.Gostaria de ter mantido, ao longo do tempo, um registro das milhares de cartas que venho recebendo de sacerdotes e leigos contando-me suas experiências na prática da Hora Santa. Cada retiro para sacerdotes que eu pregava tinha a Hora Santa como resolução prática. Demasiadas vezes os retiros são como as conferências sobre saúde. Há um acordo geral sobre a necessidade de se ter saúde, porém falta uma recomendação específica sobre como ser saudável. A Hora Santa se transformou em um desafio para os sacerdotes do retiro, e depois, quando os vídeos dos meus retiros estavam disponíveis para os leigos, era edificante ler sobre os que respondiam à graça, fazendo uma Hora diária frente ao Senhor. Um monsenhor, por debilidade ante o álcool, e pelo conseqüente escândalo, foi ordenado a deixar sua paróquia, e foi posto à prova em outra diocese, onde participou do meu retiro. Respondendo à graça de Deus, deixou o álcool, foi restituído efetivamente em seu sacerdócio, seguiu fazendo a Hora Santa todos os dias, e morreu na presença do Santíssimo Sacramento.Como exemplo da grande amplitude de efeitos da Hora Santa, certa vez recebi uma carta de um sacerdote da Inglaterra que dizia, com suas próprias palavras: “Deixei o sacerdócio, e caí em um estado de degradação”. Um sacerdote amigo o convidou a ouvir o cassete sobre a Hora Santa de um retiro que eu havia pregado. Respondendo à Graça, foi restituído novamente ao sacerdócio, e lhe foi confiado o cuidado de uma paróquia. A Divina Misericórdia produziu nele uma mudança, e então recebi esta carta:“Semana passada tivemos nossa Solene Exposição anual do Santíssimo Sacramento. Animei um grande número de pessoas a vir e velar durante todo o dia, e todos os dias, e assim não teríamos que guardar o Santíssimo Sacramento por falta de pessoas para velar. Na última tarde, organizei uma procissão com os Primeiros Comungantes (crianças que estavam prestes a fazer sua Primeira Comunhão), atirando pétalas de rosa diante do Senhor. Os homens da paróquia formaram uma Guarda de Honra. O resultado foi surpreendente: havia mais de 250 pessoas presentes para a procissão e a Hora Santa. Estou convencido de que nossa gente está buscando, muitas das vezes, devoções que muitas das paróquias oferecem, e isto passa porque nós, os sacerdotes, não podemos ser molestados com incômodos. No ano que vem espero que a Exposição Solene seja ainda com mais quantidade de pessoas, já que agora a notícia está sendo espalhada. No último par de semanas, formei um grupo de estudos da Bíblia; isto é para animar nossa gente a ler a Palavra de Deus. Começo com a leitura das Escrituras e meditamos durante a tarde; logo depois, temos uma breve exposição do Santíssimo Sacramento, e meditação até o momento da Bênção. Comecei também a percorrer as ruas ao redor da paróquia, e rezo a Missa toda semana em uma casa da quadra, e convido todos dessa rua a vir e participar. A resposta tem sido muito boa, tendo em conta que isto é novidade por aqui. Não quero me converter em um sacerdote ativista; assim que me levanto, bem cedo, faço minha Hora Santa. Ainda tenho meus problemas pessoais para controlar, porém tomei coragem de suas palavras: “terás que combater muitas batalhas, mas não te preocupes porque, no final, ganharás a guerra ante o Santíssimo Sacramento”.Muitos leigos que lêem os livros e ouvem os cassetes também estão fazendo a Hora Santa.Outro dos frutos da Hora Santa é a sensibilidade à Presença Eucarística de Nosso Divino Senhor. Recordo-me de haver lido nos escritos de Lacordaire, o famoso orador da Catedral de Notre Dame em Paris: “Dai-me um jovem que possa apreciar por dias, semanas e anos, a dádiva de uma rosa, ou o aperto da mão de um amigo”.Vendo, no início de meu sacerdócio, que os matrimônios se destroem e os amigos se separam quando a sensibilidade e a delicadeza se perdem, tomei várias medidas para conservar essa responsabilidade. Recém-ordenado, e como estudante na Universidade Católica de Washington, nunca entrava na sala de aula sem antes subir a escadaria até a capela para fazer um pequeno ato de amor a Nosso Senhor no Santíssimo Sacramento. Mais tarde, na Universidade de Louvain, na Bélgica, entrava para visitar Nosso Santíssimo Senhor em cada uma das igrejas pelas quais passava até chegar à sala de aula. Quando segui o trabalho de graduação em Roma, e fui às Universidades Angelicum e Gregoriana, visitava todas as igrejas no caminho desde a zona de Trastevere, onde vivia. Tempos depois, como professor na Universidade Católica de Washington, consegui pôr uma capela em frente à minha casa, para que sempre pudesse, antes e depois de sair, ver a lâmpada do Sacrário como um sinal para ir adorar o Coração de Jesus Cristo pelo menos por uns poucos segundos. Tratei de ser fiel a esta prática durante toda a minha vida, e ainda agora, no departamento em New York onde vivo, a capela está entre meu local de estudo e meu dormitório. Isto quer dizer que não posso me mover de uma área à outra de meu pequeno departamento sem ao menos fazer uma genuflexão e uma pequena jaculatória a Nosso Senhor no Santíssimo Sacramento.

sábado, 26 de novembro de 2011

Por amor a Jesus Sacramentado

Por amor a Jesus Sacramentado
(Uma história sobre o verdadeiro valor e zelo que devemos ter pela Eucaristia)

Alguns meses antes de sua morte, o Bispo Fulton J. Sheen foi entrevistado pela rede nacional de televisão: "Bispo Sheen, milhares de pessoas em todo o mundo inspiram-se em você. Em quem você se inspirou? Foi por acaso em algum Papa?".

O Bispo Sheen respondeu que sua maior inspiração não foi um Papa, um Cardeal, ou outro Bispo, sequer um sacerdote ou freira. Foi uma menina chinesa de onze anos de idade.

Explicou que quando os comunistas apoderaram-se da China, prenderam um sacerdote em sua própria reitoria, próximo à Igreja. O sacerdote observou assustado, de sua janela, como os comunistas invadiram o templo e dirigiram-se ao santuário. Cheios de ódio profanaram o tabernáculo, pegaram o cálice e, atirando-o ao chão, espalharam-se as hóstias consagradas.
Eram tempos de perseguição e o sacerdote sabia exatamente quantas hóstias havia no cálice: trinta e duas.

Quando os comunistas retiraram-se, talvez não tivessem percebido, ou não prestaram atenção, a uma menininha, que rezando na parte detrás da igreja, viu tudo o que ocorreu. À noite, a pequena regressou e, escapando da guarda posta na reitoria, entrou no templo. Ali, fez uma hora santa de oração, um ato de amor para reparar o ato de ódio. Depois de sua hora santa, entrou no santuário, ajoelhou-se, e inclinando-se para frente, com sua língua recebeu Jesus na Sagrada Comunhão. (Naquele tempo não era permitido aos leigos tocar a Eucaristia com suas mãos).

A pequena continuou regressando a cada noite, fazendo sua hora santa e recebendo Jesus Eucarístico na língua. Na trigésima noite, depois de haver consumido a última hóstia, acidentalmente fez um barulho que despertou o guarda. Este correu atrás dela, agarrou-a, e golpeou-a até mata-la com a parte posterior de sua arma.

Este ato de martírio heróico foi presenciado pelo sacerdote enquanto, profundamente abatido, olhava da janela de seu quarto convertido em cela.

Quando o Bispo Sheen escutou o relato, inspirou-se de tal maneira que prometeu a Deus que faria uma hora santa de oração diante de Jesús Sacramentado todos os dias, pelo resto de sua vida. Se aquela pequena pôde dar testemunho com sua vida da real e bela Presença do seu Salvador no Santíssimo Sacramento então, o bispo via-se obrigado ao mesmo. Seu único desejo desde então seria atrair o mundo ao Coração ardente de Jesus no Santíssimo Sacramento.

A pequena ensinou ao Bispo o verdadeiro valor e zelo que se deve ter pela Eucaristia; como a fé pode sobrepor-se a todo medo e como o verdadeiro amor a Jesus na Eucaristia deve transcender a própria vida.

O que se esconde na Hóstia Sagrada é a glória de Seu amor. Todo o mundo criado é um reflexo da realidade suprema que é Jesus Cristo. O sol no céu é apenas um símbolo do filho de Deus no Santíssimo Sacramento. É por isso que muitos sacrários imitam os raios de sol. Como o sol é a fonte natural de toda energia, o Santíssimo Sacramento é a fonte sobrenatural de toda graça e amor.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

A conversão que Deus quer

A conversão, mais do que um ato intimista e individual, transforma o nosso modo de viver e de nos relacionar com os outros – e com o Outro, por excelência – Deus. O grande problema consiste no fato de que geralmente relacionamos a vida de religião com atos externos de piedade e de devoção. Viver a religião é muito mais do que isso, pois envolve a totalidade do nosso ser, de tal modo que tudo ao nosso redor fica transfigurado pela presença de Deus.

Já tive momentos fortes de conversão na minha vida, especialmente quando deixei que Deus deixasse de ser uma ideia bonita e passasse de fato a influenciar as minhas escolhas fundamentais, que precisaram ser feitas e reafirmadas de modo definitivo. Naquela ocasião, a Palavra de Deus entrou de tal modo na minha alma que foi como se abrisse os céus e Deus mesmo a proferisse para mim. O eco dessa Palavra não se fez esperar e a resposta ao Amor de Deus foi através do amor que procurei declarar com a minha palavra e com a minha vida.

Hoje o Senhor me pede de novo uma resposta de conversão: conversão para Ele e para o próximo. Não que eu tenha fugido da resposta de amor ao seu Amor, mas o que Ele me pede nesta noite é exatamente que eu assuma a radicalidade do seu Evangelho, no mais íntimo do meu ser e na prática da santidade na vida cotidiana. O que mais me angustia é o senso de urgência em responder ao Amor de Deus. Não tenho o direito de adiar minha resposta ao Senhor, pois a vida corre rapidamente e não sei o quanto de tempo me resta. Por isso, devo viver em Deus cada dia como se fosse o último da vida, atendendo à sua Palavra como se fosse o seu definitivo chamado.

Atender ao chamado do Senhor com a seriedade que se deve é a causa de bem aventurança, da felicidade que o mundo não pode tirar e nem oferecer. Com a Palavra de Deus não se negocia, escolhendo aquilo que se vai acreditar ou viver: é Palavra de Deus, é Ele mesmo quem nos fala e conduz através do seu Espírito Santo. Confesso que ao longo dos anos tenho tentado negociar com a Palavra de Deus, não deixando que ela verdadeiramente conduza os meus sentimentos e ações. Permiti que ela ficasse sendo um apêndice na minha vida espiritual, escondida num cantinho, estéril. Hoje Deus pede uma conversão interna e externa, com todas as consequências que essa Palavra vai provocar na minha vida e ministério. Que eu possa dizer o meu sim ao Senhor, com generosidade e com a totalidade do meu ser.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Fazer a vida valer a pena

Este texto foi trabalhado com a oitava série do Cristo Rei

Fazer a vida valer a pena

O Ensino Religioso Escolar tem a tarefa de nos ajudar a pensar a dimensão religiosa na vida humana e nos auxiliar na busca de caminhos que nos permitam uma experiência de fé. No semestre passado, tivemos a oportunidade de manter contato com as diferentes formas de religiosidade da humanidade de todos os tempos e culturas. Esta foi uma experiência positiva.

Agora vamos dar um passo a mais. Nossas aulas de Ensino Religioso nos apresentarão um mundo novo, cheio de possibilidades, que nos ajudarão a fazer a vida valer a pena. Quando olhamos para o mundo que nos cerca, podemos ter a triste sensação de que não existem saídas para a humanidade, tantos são os problemas que nos cercam. Fica para nós a ideia de que nada podemos fazer diante desses problemas. Temos dons, talentos e capacidades que, se bem utilizados, poderão ajudar o mundo a ser melhor. Diante de uma sociedade que deseja que sejamos acomodados e medíocres nós podemos responder tomando posição e agindo de modo concreto, gritando ao mundo o que queremos e mostrando a que viemos.

Na história recente do Brasil e do mundo assistimos a transformação política e social graças a atuação da juventude, que se posicionou contra situações de injustiça. A Legalidade, cujos 50 anos se comemora esta semana, a campanha Diretas Já, nos anos 80, os cara-pintadas de 92 são apenas alguns exemplos de como a juventude do nosso país soube se posicionar em situações importantes de nossa história. O ponto de partida era a seguinte pergunta: “O que eu posso fazer para mudar a situação atual?” Num segundo momento, a união de forças de várias pessoas que pensavam de modo igual, fazia com que o ideal se espalhasse e fosse contagiando outros, de modo que logo todo o país estava unido com manifestações pacíficas que foram capazes de transformar a realidade de modo positivo.

Existem inúmeras formas de participação do jovem na vida social, política, econômica, cultural e religiosa do mundo em que vivemos. Não precisamos ser apáticos; pelo contrário: somos chamados a ser elementos de transformação do mundo, a partir dos nossos ideais. O que acreditamos que seja melhor para nós hoje? O que julgamos que deva ser diferente na atualidade? Vamos em busca de nossos sonhos, de nossos ideais e encontraremos neles a nossa felicidade e a razão de nossa existência.

Fazemos parte de algum grupo que tenha um ideal comum? Pode ser grupo de Igreja, Escoteiros, algum Clube de Futebol, Partido Político, ONG, CTG, grupo de teatro, de canto... Não importa o que façamos, o fundamental é que façamos a vida valer a pena. Não podemos nos contentar com pouco, pois a vida é uma só e é preciso que a vivamos com intensidade. Caso ainda não tenhamos experimentado nada disso, esta é a chance de conhecer algumas dessas organizações, de forma que, apaixonados por algum ideal, possamos dar um destino positivo ao tempo que temos. Vai ser maravilhoso chegar ao fim da vida e ver que marcamos a história da humanidade de modo positivos. Vai ser maravilhoso perceber que fizemos a diferença, saindo daquilo que é considerado “normal” pela sociedade, o que acaba sendo confundido com a mediocridade daqueles que nada fazem. Portanto, faça a vida valer a pena!

Agora, sim, uma de padre sério...

Enquanto uns rezam, outros dão risada...

A alegria de ser padre...

Quais são as nossas prioridades?

Mais um texto elaborado por mim para os meus alunos. Acho que ficou muito bom. O que vocês acham?

Quais são as nossas prioridades?

Tudo na vida é resultado de nossas escolhas e temos que pagar o preço de nossas decisões. Mas não dá para viver sem escolhas. O problema é que nem sempre pensamos quando tomamos decisões e acabamos agindo por instintos, o que geralmente não dá certo. Por não termos projetos de vida, acabamos não tendo prioridades e corremos o risco de passar pela vida sem realizar nada. Isso seria a maior tragédia que poderia ocorrer com alguém!

Por isso, desde a aula passada estamos trabalhando com aquela pergunta que nos orientará nas escolhas que desejamos fazer: “O que quero estar fazendo dentro de dez anos?” A resposta a esta pergunta é muito importante e é preciso que seja muito bem pensada, porque será a partir dela que estabeleceremos as nossas prioridades. Prioridade é aquilo que damos preferência na nossa vida. Não deve ser algo absoluto, mas sim algo predileto, para o qual nós iremos dedicar mais tempo, mais energia, até mesmo porque será algo do qual gostaremos mais. Não é verdade que nós gostamos de passar mais tempo com os nossos amigos do que com outras pessoas? Damos prioridade para eles e isso é bom. O mesmo acontece com o esporte que a gente gosta mais, com o jogo de computador que a gente curte. Portanto, tudo na vida é feito de escolhas, de prioridades.

As nossas prioridades são escolhidas a partir de metas que estabelecemos. Meta é o objetivo final de um projeto estabelecido. Vamos supor que a gente deseje estar no ano de 2021 morando nos Estados Unidos. Esta é a nossa meta, o nosso sonho, perfeitamente possível, o alvo para o qual direcionamos a nossa vida. Se eu quero ir morar nos Estados Unidos, eu devo me esforçar para aprender a falar e ler em italiano? Não! Minha prioridade será aprender inglês! Então eu vou fazer um bom curso de inglês e na escola vou me dedicar mais a esta matéria. Fazendo isso, em dez anos estarei escrevendo e falando perfeitamente inglês. É claro que isso vai exigir prioridade no meu tempo, mas se esta é a minha meta, vou fazer com dedicação e alegria.

Sempre a escolha de nossas metas e prioridades devem obedecer o nosso desejo de realização pessoal. Deve ser terrível alguém passar trinta, trinta e cinco anos de sua vida fazendo algo que absolutamente detesta, somente para ter salário no fim do mês. Quando planejamos a nossa vida, é preciso que nos perguntemos com sinceridade: “o que eu posso fazer que me dará felicidade e realização?” E, é claro, “o que eu posso fazer para que a vida das outras pessoas e da humanidade seja melhor?” Estas duas perguntas se complementam, pois, como seres humanos, somos “vocacionados” ao bem e a nossa felicidade passa pelo bem que podemos realizar na nossa vida pessoal e profissional. “É maravilhoso poder olhar para trás e perceber que deixamos os nossos passos marcados na vida de tantas pessoas” (Dom Edmundo Kunz).

Por isso, não deixe de sonhar e nem de ir atrás de seus sonhos! A vida é bela e é uma só. Cada dia desperdiçado é um tempo que não volta mais, é tempo perdido. Faça a vida valer a pena e dentro de dez anos verá que o investimento feito agora dará os frutos bonitos de realização pessoal.

Fazer do tempo um aliado para os nossos sonhos

Custei a postar algo aqui. Mas agora desejo partilhar com vocês alguns textos que produzi para os meus alunos da sétima série da Escola Cristo Rei, onde dou aula de Ensino Religioso. Tenho curtido demais esse assunto. Ele me faz pensar muito e espero que ajude a tantos outros a pensar na vida, afinal... "é a vida, é bonita e é bonita..."

Fazer do tempo um aliado para os nossos sonhos

duração da nossa vida não é por demais longa. Comparada aos bilhões de anos do universo, a vida humana é um sopro, quase nada. Portanto, não há tempo a perder para fazer com que os anos passados entre o nosso nascimento e a nossa morte possam valer a pena. Em geral perdemos muito tempo. Passamos a maior parte dos nossos dias vivendo em um ócio inútil. É verdade que às vezes é bom ter momentos de lazer, de diversão e convivência com os familiares e amigos. Mas, momentos são momentos. Também é importante salientar que perdemos boa parte do nosso tempo devido ao fato de não estarmos focados em objetivos que sejam determinados e determinantes em nossas decisões fundamentais. Se, por exemplo, eu quero ser médico no futuro, devo focar minha atenção nesse objetivo. Vou procurar ler sobre o assunto, vou procurar maiores informações sobre os ramos da medicina, vou caprichar nos estudos para ser um bom médico. Isso vale para qualquer área profissional e vocacional para a nossa vida. Uma casa, para ser construída, precisa de alicerces. Hoje estamos construindo aquilo que desejamos ser amanhã. Se a “construção da casa” da nossa vida não tiver um bom alicerce, de nada adiantará construí-la, pois cairá na primeira tempestade.

Deveríamos nos perguntar a respeito dos nossos sonhos e ideais. O que pretendemos estar fazendo no dia 02 de setembro de 2021? Como queremos estar, em termos familiares e profissionais? A resposta a essas perguntas nos ajudará a bem planejar a nossa vida, de forma que possamos correr atrás da realização desses objetivos. É claro que talvez ainda não tenhamos clareza a respeito do nosso futuro, mas é fundamental que desde já a realização do nosso futuro esteja no horizonte do nosso presente, para que não percamos tempo na busca de nossos sonhos.

A nossa vida possui diferentes aspectos que não podem nunca ser esquecidos. Temos uma família e devemos dedicar tempo para a convivência com eles. Temos responsabilidade com os nossos estudos, visando o nosso crescimento intelectual e uma futura vida profissional. Temos, ainda, nossos colegas e amigos, com quem gostamos de estar. E, é claro, não podemos nos esquecer de nosso lazer, tv, filmes, esportes, etc. É sempre bom, também, dar um espaço para Deus e a pratica da nossa religião. Por isso, a nossa vida deve ter todos esses aspectos presentes. Deixar um deles de lado faria de nós pessoas desorganizadas nos aspectos práticos, bem como sem saber quem somos, onde estamos e qual a direção da nossa vida. Como é o nosso dia-a-dia? O nosso tempo é bem dividido, de forma que o todo da nossa vida seja contemplado?

Vamos fazer a nossa vida valer a pena? Vamos torná-la uma coisa bonita de se ver e de se viver? Cada um tem o seu destino em suas mãos. O que fizermos dele é responsabilidade nossa. Será trágico chegar ao fim da vida e descobrir que não valeu a pena. Por isso, mãos à obra! Vamos começar a construir a casa da nossa vida, criando alicerces sólidos, que nos darão um amanhã formidável!

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Aos amigos

Eu posso dizer que devo tudo a Jesus Cristo, à sua proposta de vida e ao seu Evangelho. Pelo menos dois terços da minha vida eu já dediquei ao seu Reino. Graças a Ele, fiz grandes amizades e tenho conhecido pessoas maravilhosas, que tem feito a minha vida valer a pena. Mas posso dizer que o contrário também tem acontecido. O mesmo Evangelho que é ponte na direção de muitas pessoas que amo também se torna um profundo fosso, que me afasta de outros, a quem também amo e quero bem. Este afastamento se dá pelo fato de que nem sempre sabemos dialogar com os diferentes. Isto acontece por um duplo preconceito: de um lado, posso muitas vezes agir como um velho fariseu, que olha para o outro com um olhar de acusação, como que querendo jogá-lo no inferno. Mas, por outro lado, o preconceito também é real: de repente, posso ser visto como alguém moralista, que deseja sempre ensinar para os outros, apontando o que deve ser feito ou evitado. Traduzindo: um verdadeiro chato!
Sou padre, mas não sou o dono da verdade. Não tenho o direito de te dizer que a minha verdade é melhor do que a tua. Aliás, detesto a atitude daqueles que se acham mais do que os outros e que vivem dizendo quem está certo ou quem está errado. Meu primeiro dever é apenas viver de acordo com aquilo que considero o meu ideal. Apenas viver, sem grandes explicações, porque explicar o testemunho deixa de ser testemunho. É claro que se pedem as razões da minha esperança, devo dá-las, mas jamais irei impor o meu testemunho com força, apenas com alegria. E é justamente esta a força do testemunho: a alegria de viver o Evangelho.
Quem convive comigo bem sabe que tenho verdadeiro escrúpulo de invadir a vida das pessoas, pois considero a liberdade algo de imenso valor. Nunca foi do meu feitio invadir a intimidade dos outros para dizer no que devem mudar. Cada pessoa tem a sua história, o seu tempo e os seus valores. Assim como eu exijo que respeitem as escolhas que faço na minha vida, procuro respeitar as alheias. Se elas são equivocadas, mais cedo ou mais tarde Deus irá mostrar. Afinal, quem sou eu para querer bancar Deus na vida dos outros? Portanto, jamais vou te dizer o que deves fazer ou não, assim como jamais vou querer saber de ti aquilo que não queres me mostrar. Mesmo muitas vezes sabendo muito daquilo que vives e fazes, respeito a tua individualidade e o teu espaço como algo sagrado. Mas, se algum dia quiseres e abrires a porta do coração, entrarei com tudo e tentarei ser um sinal de Deus para ti, assim como és para mim.
Surpreso? És um sinal de Deus para mim, sim! Pode até ser que em alguns aspectos da tua vida e de tuas escolhas estejas equivocado, tentado ou ainda com certa dificuldade de entender o que Deus quer de ti. Mas, quem não é assim? Um dia, se quiseres, te contarei os meus equívocos, as minhas tentações, bem como as dificuldades de compreender a Deus, O importante é que, mesmo assim, eu sei que tu és bom e procuras fazer bem aquilo que te é possível. És, portanto, sinal de Deus para mim.
Conviver é algo maravilhoso. Que o Evangelho não seja mais fosso, mas sim ponte. Que a leveza dele nos torne pessoas alegres, felizes e amáveis. Em suma: que nos torne santos.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Cristianismo de diáspora

Depois de muito tempo, finalmente uma postagem...

Estamos na Novena de Pentecostes, um tempo privilegiado de colocar-se, com Maria e os Apóstolos no Cenáculo, numa atitude de espectativa, esperando a vinda do Espírito Santo, o novo "Hálito de Deus", que vai transformar o ser humano de bonecos, mortos pelo pecado, em criaturas novas, para uma nova criação.
Jesus, na Oração Sacerdotal (Jo 17), nos oferece uma proposta de vida, que deve ser levada bastante à sério: a proposta de vivermos o nosso cristianismo na perspectiva da diáspora. O conceito de diáspora está relacionado com aquilo que Jesus ali reza ao Pai: "Eu já não estou no mundo; mas eles estão no mundo, enquanto eu vou para junto de ti" (Jo 17,11).
O cristão deve ter consciência da sua cidadania. Nós somos cidadãos do céu, do Reino de Deus. Estamos aqui, vivemos com os outros, mas numa situação de diáspora, ou seja, nossa casa não é esta e nosso modo de viver tem que manifestar essa realidade. A mística do Reino deve alimentar a nossa ação concreta, nossa moral, nossa ética, nossa prática. O cristão no mundo deve ser fermento do Reino de Deus.
Somos poucos; somos frágeis; somos pequenos. Entretanto, a força da mensagem do cristianismo se encontra justamente nisso. por sermos poucos, frágeis e pequenos, devemos estar unidos para tornar o Evangelho a nossa força principal e, assim, sermos capazes de, profeticamente, com nossa vida, anunciar o Evangelho e fazer do testemunho a nossa principal missão.

sábado, 5 de março de 2011

30 anos da minha entrada para o Seminário

No dia 05 de março de 1981, às 16 horas, eu estava entrando para o Seminário, em Pelotas, uma vez que ainda não existia o Seminário de Rio Grande. Portanto, hoje completo trinta anos de uma das mais importantes datas da minha vida, pois nesse dia eu dei um passo decisivo rumo ao sacerdócio ministerial. A partir desse dia, a minha vida ficou inteiramente dedicada ao Senhor e à sua Igreja. Agradeço a Deus por ter me dado a oportunidade de serví-lo e peço a graça da fidelidade a Ele e ao serviço por Ele assumido ao povo que me é confiado.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Vinte anos de Padre! Obrigado, Senhor!

Vinte anos se passaram. Parece que foi ontem, mas já são vinte anos! Hoje celebro toda a caminhada feita nas duas últimas décadas, com alegrias e tristezas, em tempos de saúde e de doença, mas sempre com a presença amorosa do Senhor, que jamais me abandonou.
Quanta gente entrou e saiu da minha vida! Quantos morreram e quantos nasceram nesse tempo todo! Hoje toda essa gente passou pela minha memória, assim como todos os grandes momentos vividos. Passados vinte anos, posso dizer: É BOM SER PADRE! SOU FELIZ SENDO PADRE! Que o dia de hoje seja de gratidão ao Senhor por tudo o que vivi e vivo dentro do Ministério Presbiteral que me foi confiado. Muito obrigado, Senhor!

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Centenário de Dom Frederico Didonet

Dom Frederico Didonet

27 de dezembro de 1910
27 de dezembro de 2010
100 Anos
"A Deus, a glória; ao próximo, a Salvação; a mim, o trabalho."
"Vim para servir!"