domingo, 30 de setembro de 2007

Para rir: Micos de um Vigário (XIV)

Em Viena, quando cheguei, sem saber nada de alemão, tive que me virar como podia. Quando tinha que fazer compras, sempre optava por ir ao supermercado, pois lá não precisava falar nada com ninguém nem pedir informações: era só olhar o que precisava, colocar no carrinho, pagar e ir prá casa. Eu estava meio resfriado e fui ao supermercado. Lá chegando, entre as compras que fiz estava um pacote de lenços de papel. Cheguei na caixa. A mulher olha espantada para mim e eu não entendo o porquê do espanto. Só vou entender quando chego em casa e abro o pacote: não eram lenços de papel, mas absorventes femininos. Como lá eu sempre andava de clerygmann, imaginem o que a mulher deve ter pensado do Padre...

Para rir: Micos de um Vigário (XIII)

Não posso deixar de contar os meus "micos austríacos"... Lá chegando, em fevereiro de 2000, logo comecei a trabalhar como capelão da Comunidade brasileira de Viena. Na minha segunda semana lá, fui celebrar a Missa Dominical para os brasileiros, quando, na hora dos avisos, deram o recado que estávamos todos convidados para participarmos de um programa de televisão, na ORF, que é o canal de tv de lá. O programa de auditório seria sobre o Brasil, afinal era os 500 anos do descobrimento. Lá fomos nós no dia marcado. Eu, vestido a rigor, de clerygmann, sentei-me no fundo do auditório, do lado de uma brasileira que ia traduzindo tudo para mim, pois eu não entendia nada de alemão. Antes de começar o programa, o diretor explicou o funcionamento e como deveríamos nos portar. Ao me ver, vestido de padre, fez com que o assistente dele me colocasse na primeira fila. Gelei, mas fui e fiquei do lado de um austríaco, que não sabia nada de português. Começou o programa. Outros quadros, outros temas. E eu ali, gelado de medo, mas disfarçando, fazendo tudo o que faziam os outros, com cara de inteligente. Começou o quadro sobre o Brasil: uma reportagem, uma entrevista com alguns brasileiros e... música: samba. Entra a "Escola de Samba de Viena", formada por brasileiras que moram lá. Entram algumas com ... digamos... pouca roupa... e eu ali, sem saber se olhava, se aplaudia ou fazia o que... Finalmente termina a tortura... termina? Que nada! O pior estava por vir...
Começam outros quadros, outros temas. A entrevista final foi com um tal de "Dr. Sexo", um sexólogo, muito divertido pelo que percebi, pois todos sempre riam, e eu também...
De repente ele se levanta e diz em alemão (me contaram depois...): "Eu gosto de trabalhar com auditório, pois as pessoas mostram o que fazem, sem ter que sentir vergonha. Por exemplo: batam palmas aquelas pessoas que fazem sexo uma vez por semana!" A platéia começa a aplaudir... e eu também, sem entender o motivo, mas com cara de inteligente...
"Agora - diz ele - batam pé aqueles que fazem sexo três vezes por semana!" A metade começa a bater pé... e eu também...
"Finalmente, bata mão e pé quem faz sexo até três vezes ao dia!" Alguns começaram a bater mão e pé... e eu também...
Quando terminou o programa e a galera do Brasil me contou, passei o dia seguinte tentando evitar que os meus colegas vissem o programa e assim não soubessem deste mico total!!!!

Para rir: Micos de um Vigário (XII)

Na primeira vez que trabalhei na São José Operário, em 1993, oficiei um Casamento, um dos raros acontecidos na nossa Comunidade (espero que, agora, com a Igreja ficando bonita, mais Casamentos aconteçam aqui...). Na hora da bênção das alianças, o noivo pega do bolso e elas caem da sua mão no chão. É um alvoroço tremendo. Quando percebo, estavam o noivo, os padrinhos e o padre de quatro no chão procurando as alianças fugitivas. Como a luz era meio fraca, custou, mas acabaram sendo encontradas. Tempos atrás encontrei a noiva desse Casamento: mesmo com a confusão, a Bênção pegou; eles estão casados até hoje...

Para rir: Micos de um Vigário (XI)

Esta aconteceu aqui em Rio Grande, não faz muito tempo. Fui fazer uma Encomendação e levei a estola roxa, o Ritual e a garrafinha com Água Benta. Tudo corria na maior tranquilidade, quando, na hora em que fui aspregir o morto com a água, a tampinha saltou e foi parar direto no nariz do falecido, vindo a cair no chão... Mais do que depressa peguei a tampinha no chão e terminei o rito, saindo correndo para rir no carro...