terça-feira, 25 de setembro de 2007

Para rir: Micos de um Vigário (VI)

Também, uma outra vez, ainda em Santa Vitória, fui celebrar Missa na Comunidade Nossa Senhora dos Navegantes, no Porto. Como sempre, uma galera foi junto. No caminho, apostei como eu iria dizer na homilia que não havia entendido nada do Evangelho daquele fim de semana. Como fiz? Terminado o Evangelho, eu me sentei e perguntei pro povo:
"Vocês entenderam o Evangelho?" Todos disseram que sim. Então respondi: "Se entenderam me contem, porque não entendi nadinha..." Todos riram, mas foi a homilia partilhada mais perfeita que fiz na minha vida de Padre. É lógico que depois eu complementei o que faltava... Mas ganhei a aposta...

Para rir: Micos de um Vigário (V)

Numa das Granjas de Santa Vitória, numa Missa de domingo, lá pelos anos de 91/92, o Evangelho era do trigo e do joio. Este vigário, que não entende nada das lides campeiras, resolveu falar sobre o "inço", comparando-o ao joio, dizendo que não servia para nada e que era prá jogar fora. Durante a homilia eu notei que alguns peões riam, bem como os gerentes da Granja. No final, eles me disseram: "Padre, o inço é uma coisa muito boa para se dar aos animais. Nunca se joga fora. Inclusive aqui temos plantação disso, para fazer forragem para os bichos." Lá se foi todo o meu sermão...

Para rir: Micos de um Vigário (IV)

Em outro batizado, também em Santa Vitória, naqueles tempos de 91/92, na hora da unção com o óleo do Batismo, eu disse:
"Agora podem abrir a gola, no peito, para a unção."
Logo, uma das madrinhas começou a desabotoar a sua própria blusa, desconfiada do Padre tarado, e dizendo:
"Não sei o que o Padre quer com isso..."
Quase morrendo de rir, expliquei que era a gola do bebê, e não da madrinha...

Para rir: Micos de um Vigário (III)

Ainda em Santa Vitória, em 1991. No mês de junho daquele ano realizamos uma Semana Missionária na Granja Rancho Grande. Para lá se dirigiram dois seminaristas e alguns jovens. Na sexta-feira à noite fui celebrar a Missa de Encerramento. Lá chegando, eles me disseram que dois peões iriam ser batizados, pois haviam sido preparados por eles para o Sacramento. Durante a Missa, após a homilia, chamei-os, com os seus respectivos padrinhos, colegas de trabalho deles, com suas esposas. Fiz o Ritual do Batismo e, quando fiz a Unção com o óleo do Santo Crisma, ungi um deles que me disse:
"Seu Vigário, eu sou o Padrinho"
Assustado, eu perguntei se tinha batizado o vivente certo, ao que ele respondeu:
"Sim, a água o senhor jogou no afilhado, mas a 'graxa' o senhor colocou na testa errada."
Então eu respondi:
"Menos mal: uma graxa a mais, uma a menos não faz mal prá ninguém."
O difícil foi celebrar o restante da Missa sem ter acesso de riso...

Para rir: Micos de um Vigário (II)

Numa outra encomendação, também em Santa Vitória, eu, padrezinho novo, procurei ser simpático e, depois da reza, fui cumprimentar a viúva, que estava desesperada ao lado do caixão. Dei os pêsames, virei as costas e fui embora... Na verdade, aquela não era a viúva (fiquei sabendo mais tarde...), mas a amante do falecido. A viúva estava do outro lado, furiosa com o acontecido... Desde então sempre dou os pêsames de forma coletiva, me dirigindo a todos os que estão na capela mortuária, sejam elas viúvas ou amantes...

Para rir: Micos de um Vigário (I)

Lá pelos idos de 1991, eu, recém ordenado Padre, trabalhava como Vigário Paroquial de Santa Vitória do Palmar. Era minha primeira experiência de encomendação de morto. Não sabia nada de cor do Ritual de Encomendação. O dono da Funerária foi de carro me buscar. Eu peguei a estola roxa, o livro com o Ritual e a água benta. Lá chegando, o susto: na pressa eu peguei o Ritual de Batismo de crianças. Fazer o que? Discretamente, abri o livro e, tapando a capa com a mão, para não verem o título, fazendo que estava lendo, fui "inventando" umas rezas de Encomendação, de modo que não percebessem o mico. Graças a Deus não deu nada... o defunto foi bem "encomendado" para o céu...