Celebramos neste final de semana a Festa da Sagrada Família, onde contemplamos Jesus, Maria e José. Esta Festa adquiriu para mim um significado especial nos anos 1994/1998, quando fui Pároco da paróquia da Sagrada Família, no Bairro Cidade Nova, em Rio Grande, hoje atendida pelo meu amigo Pe. John Cléber.
Quando celebramos a Sagrada Família de Nazaré, a tendência que temos é a de festejar um estilo de família que está cada vez mais raro, quase que uma espécie em extinção. A tentação que nos vem é a de desânimo diante da triste realidade que vemos: divórcios, famílias incompletas, pais ausentes, filhos e filhas jogados pela vida afora... Parece que esta triste "ladainha" não tem fim...
O fato de Jesus ter se encarnado numa família tem por objetivo santificar todas as famílias, libertando-as das marcas que o pecado deixou nelas. Jesus santifica todas as realidades que assumiu, entre as quais a realidade familiar. Por isso é que se torna tão importante deixar a luz de Cristo invadir nossas casas e nosso ambiente familiar, mesmo aqueles que vivem situações de dor e de sofrimento. Deixemos que o Amor de Cristo transforme nossas famílias, estejam elas na situação que estiverem, é o melhor remédio para curar relações doídas e sofridas.
Para a Sagrada Família também não foi fácil: eram pobres, tiveram seu filhinho numa estrebaria, tiveram que fugir às pressas para o Egito, perderam o seu menino com doze anos numa cidade grande, como Jerusalém, Maria teve a dor de ver seu filho ser condenado como criminoso... Todas as dificuldades possíveis eles enfrentaram, como que para nos dizer: "Permaneçam firmes, pois vale a pena!"
Por isso, neste dia festivo, louvemos a Deus pela família que Ele nos concedeu, mesmo que marcadas por situações de dor e sofrimento. Deixemos que a luz do Natal nos marque e ilumine e, então conseguiremos fazer de nossas casas verdeiros lares, onde Jesus goste de estar e se sinta acolhido e amado no nosso amor vivido em nossa casa.