segunda-feira, 15 de setembro de 2008

A relação padre e jovem


"Jovens, não tenhais medo de serdes os santos de nossos tempos!" (João Paulo II)
O trabalho com juventude, mais do que apenas mais um trabalho pastoral, está muito mais realcionado com um carisma na vida da Igreja e na vida pessoal de quem trabalha. Exige tempo, disponibilidade e alegria do padre ou agente de pastoral.
Exige que permaneçamos perenemente jovens, identificados com eles, capazes de um relacionamento e de um diálogo com eles, de igual para igual. Se eles encontrarem em nós, adultos, pessoas em quem eles possam confiar, estaremos sendo eficazes no nosso trabalho. Porém, é igualmente necessário que esta identificação não faça desaparecer aquilo que é próprio a nós. Sou padre e sou adulto. E eles devem encontrar em mim não apenas "mais um gurizão da galera", mas também precisam perceber o adulto que sou, com as coisas próprias de adultos e com a experiência de adulto, que possa contribuir no seu processo de amadurecimento. Tenho muitos amigos e amigas jovens, que gostam de estar na minha companhia. Não preciso, para isso, fazer tipo adolescente, usando roupas de adolescente ou indo às festas que eles vão ou me portando como eles. Sendo adulto (e sendo feliz por ser adulto...) sem ser rabugento já é o essencial para ser próximo aos jovens, conquistando o seu carinho e, podendo assim, ajudá-los no seu crescimento. A experiência que tenho feito nestes últimos anos com a juventude tem sido a de uma paternidade espiritual, tornando-me, para muitos deles, um verdeiro pai, que se interessa, que está sempre junto, que aconselha e, se preciso for, puxa as orelhas, que ama e manifesta no seu amor o Amor de Deus Pai.