"Quero viver em comunhão, não apenas com os que moram comigo,mas com toda a humanidade. Estar em comunhão consiste em sorrir com quem está feliz e chorar com os que choram. Quero estar em comunhão, especialmente com os sofredores, com os pobres, com os enfermos, sabendo que servindo a eles estarei servindo ao próprio Jesus-Servo-Sofredor."
Viver a comunhão e a unidade com quem a gente ama e de quem a gente é próximo é bastante fácil. Complicado é viver em comunhão com aqueles a quem menos amamos e que nos incomodam. Querer bem e trabalhar com os bonitinhos e cheirozinhos é fácil e bonito até. Com os abandonados, com os pobres, com os enfermos e velhinhos exige uma profunda conversão, para ver neles a presença de Jesus, Servo Sofredor.
Charles de Foucauld é um exemplo para os nossos tempos: de comilão, acomodado e egoísta, tornou-se o "Irmão Universal", indo ao encontro dos últimos nas profundezas da África. Fez-se servo de todos, amando a todos indistintamente. O padre precisa aprender essa lição, tornando-se servo que ama e que dá a vida, se necessário, pelos outros.
Para mim, a conversão mais necessária é a que me conduzirá aos pobres e enfermos. Com muita facilidade deixo-me levar pela aversão aos irmãos mais amados do Senhor e procuro fugir de situações-limites, de extremo sofrimento e de dor. Assumindo este 5o mandamento do meu Decálogo, buscarei ser presença solidária e amorosa junto a quem mais precisa dessa presença.