sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Ano da Totalidade


A cada ano escolho um tema para ser meditado, refletido, rezado e vivido durante os seus 365 (no caso de 2008, 266...) dias que Deus nos concede de vida. Desta forma, 2007 foi o "Ano do consumir-se". Procurei rezar e viver a atitude do consumir-se por Jesus Cristo e pela proposta do seu Reino. Hoje estava pensando sobre o que aprofundar em 2008. Lendo o livro da vida do Diácono João Luís Pozzobon, encontrei lá esta bonita coincidência: ele também tinha este costume de "nomear" a cada ano com um tema específico e lá encontrei o "Ano da Totalidade". Decidi, então, que 2008 será para mim o "Ano da Totalidade", onde procurarei, mesmo com dificuldades, limitações e tentações, viver a dimensão da totalidade para Deus, para a Igreja e para os irmãos. Não quero me contentar com a mediocridade daqueles que querem apenas fazer 50% ou até menos, mas sim corresponder aos 100% que Deus faz por nós, de forma a viver 100% como Deus quer. "Eu quero amar, eu quero ser aquilo que Deus quer..."

quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Adeus Ano Velho, feliz Ano Novo...


O final de um ano é uma oportunidade única para, além da necessária revisão de vida, louvarmos a Deus por tudo aquilo que Ele realizou em nós nesses últimos 365 dias que tivemos. Às vezes nós temos a tentação de achar que o ano não foi bom. Outro dia eu mesmo pensava: "Graças a Deus 2007 vai embora... Preferia esquecer que ele existiu..." Mas, depois, rezando, tive a clareza de perceber quanta coisa boa aconteceu neste ano e o quanto eu estava sendo ingrato para com Deus por causa disso. É claro que coisas menos boas aconteceram, mas isto faz parte da vida: decepções, tristezas e até mesmo traumas fazem parte da dinâmica da vida humana. Por outro lado, quantas alegrias aconteceram, quantos momentos bons, agradáveis e felizes eu tive neste ano! Eles também fazem parte da dinâmica da vida e devem nos estimular a continuar vivendo cada dia da vida como um maravilhoso presente de Deus.

2007 foi um ano tremendamente produtivo na minha vida ministeiral, pois foi o ano do resgate da Paróquia São José Operário, com as obras que transformaram nosso salão em Igreja e, com isto, transformou a face da Comunidade, com o surgimento de novas lideranças. Foi o ano em que produzi muito como Padre, em que cultivei muitas e novas sólidas amizades, crescendo como pessoa. Foi um ano em que cresci espiritualmente e consegui amadurecer um pouquinho mais. Coisas ruins? Não preciso elencar! Estas, deixo-as nas mãos de Deus, para que, em sua Misericórdia Ele me cure e restaure o meu coração.... Portanto, "Deo Gratias" pelo ano de 2007! E que venha 2008...

terça-feira, 25 de dezembro de 2007

D. Aloísio Lorscheider (1924-2007)



Faleceu no dia 23 de dezembro último, em Porto Alegre, um dos maiores ícones da Igreja Católica no Brasil: o Cardeal Dom Aloísio Lorscheider, aos 83 anos de idade, após uma relativamente longa enfermidade. Primeiro Bispo de Santo Angelo (1962), tornou-se, depois, Arcebispo de Fortaleza (1973) e após, de Aparecida do Norte (1995). Foi, ainda, Secretário Geral e Presidente da CNBB e Presidente do CELAM. Com todas estas funções e cargos, jamais perdeu a sua simplicidade franciscana e, durante a repressão militar, foi um dos mais ardorosos profetas da Igreja na defesa dos direitos humanos e na luta pela redemocratização do Brasil.

Junto com seu primo, D. Ivo Lorscheister e com tantos outros Bispos (D. Helder Câmara, D. Paulo Evaristo Arns, D. Luciano Mendes de Almeida...), D. Aloísio faz parte de uma geração de ouro do Episcopado brasileiro no período pós-Concílio Vaticano II e Puebla. Que seu testemunho de vida seja inspiração para nós, católicos do Brasil neste Terceiro Milênio, levando-nos a vivenciar toda a beleza e radicalidade do Evangelho de Nosso Senhor. Que, no Céu, ele interceda junto de Deus por nossa Igreja, por nossa hierarquia e lideranças católicas do nosso País.

FELIZ NATAL!


Depois de termos vivido com intensa espectativa o Tempo do Advento, chegou finalmente o Natal do Senhor. A boa vivência do Advento nos garante uma feliz celebração natalina, não apenas em seus aspectos de confraternização com a família e amigos, mas, principalmente na sua riqueza espiritual, onde Jesus se torna o centro de nossas atenções e de nossa vida.
O Natal nos lembra que Jesus é o "Emanuel", o Deus-conosco, o Deus que nunca nos abandona e jamais nos deixa sozinhos em nossa caminhada nesta vida. Mesmo quando nós O deixamos, Ele jamais se aparta de nós, ficando ao nosso lado, com a simplicidade que lhe é característica. Ao vir a nós como um pequeno menino, Jesus se nos apresenta na sua pobreza para nos socorrer em nossa pobreza. Por isso, contemplá-lo no Presépio é o melhor caminho para acolhê-lo e amá-lo e para nos identificar com Ele. Aprendamos com Ele e seremos melhores em toda a nossa vida.
A todos, desejo um feliz e abençoado Natal do Senhor!

sábado, 22 de dezembro de 2007

Construir e des-construir

O tempo do Advento, que está chegando ao seu final, é um momento oportuno para uma revisão de vida e uma tomada de posição diante das situações vividas no ano que ora se encerra. Cada ano é sempre rico em vivências, em todos os aspectos: experiências que são enriquecedoras, coisas que aprendemos, novas oportunidades que surgem, novas pessoas que conhecemos e a quem aprendemos a amar e a respeitar... Também no espaço de um ano vamos tendo experiências não tão positivas e às vezes até mesmo dolorosas: experimentamos o nosso pecado e o pecado dos outros, somos decepcionados e decepcionamos, sofremos e somos causa de sofrimento alheio... Por isso, rever cada uma dessas experiências sempre nos ajuda a construir um amanhã melhor para nós mesmos e a "des-construir" aquilo que nos atrapalha em nossa caminhada. Eu até ouso afirmar que é mais fácil construir do que des-construir, porque o processo de des-construção sempre implica perdas e dores, que às vezes não são tão fáceis de se ter, mas que, mesmo na dificuldade, se tornam necessárias. Que este Tempo de Advento possa ser bastante fecundo e nos ajude a viver melhor o espírito do Natal!

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Ordenação Diaconal do Eduardo (II)

Ontem foi a Ordenação Diaconal do Eduardo. Estava tudo perfeito: o dia foi sob encomenda, sem nenhuma nuvem no céu, um final de tarde agradável e boa participação de povo. Foi um dia de rever o maravilhoso povo de Santa Vitória do Palmar e reencontrar muitos amigos. Como escrevia na postagem anterior, uma Ordenação é sempre um momento rico para a Diocese e se torna a resposta de um Deus providente à uma Comunidade orante.
Eu tive a graça de poder fazer uma pequena parte nesta linda história vocacional do Diácono Eduardo, quando,em 1999 fui trabalhar em Santa Vitória e, junto com o Padre Luiz Fernando, então Diácono, poder estimular o desejo do Eduardo de entrar para o Seminário, o que ele fez no ano seguinte.
As inúmeras vezes que eu convidei meninos e jovens para a possibilidade de ingressar no Seminário e buscar o Sacerdócio, já encontrou eco no coração de vários deles e o Eduardo foi o segundo a concluir esta caminhada rumo à vida ministerial: já antes havia convidado o Padre Raphael, hoje Pároco de Santa Vitória. Fico feliz porque esta pergunta ("Tu já pensaste em ser Padre?"), tem a capacidade de provocar nos candidatos o questionamento vocacional, muitas vezes encontrando uma resposta generosa, como a do Eduardo. É claro que se não fosse eu Deus teria encontrado outros meios de chamar o Raphael, o Eduardo e tantos outros. Mas louvo a Deus por ter me dado a chance de participar, de modo simples, dessa história de vocação.

sábado, 8 de dezembro de 2007

Ordenação Diaconal do Eduardo


Amanhã acontecerá a Ordenação Diaconal do Eduardo, seminarista da nossa Diocese e que será o primeiro Padre natural de Santa Vitória do Palmar. Celebrar a Ordenação de alguém é sempre uma festa, não só para o ordinando, mas para a Igreja toda, pois aquele que vai ser ordenado será entregue à Igreja para ser discípulo e missionário de Jesus Cristo e, como Diácono, servidor dos demais, especialmente dos mais pobres.

O Eduardo é fruto de uma Paróquia que há muito reza pelas vocações, sendo a "resposta de um Deus providente a uma Comunidade orante" (João Paulo II). É, portanto, consequência de uma Igreja que está viva e que deseja ser sinal do Reino lá onde ela se encontra. O SIM generoso que ele dá entusiasma-nos a continuar dando os nossos pequenos e humildes "sins" a Deus, como Maria.

Que o Senhor abençoe a vida e o ministério do futuro Diácono Eduardo!

Solenidade da Imaculada Conceição


Hoje a Igreja celebra a Solenidade da Imaculada Conceição da Virgem Maria. Este Dogma Mariano foi proclamado pelo Papa Pio IX no dia 08 de dezembro de 1854 e diz respeito à concepção de Maria, sem a mancha do pecado original, em vista dos méritos de Cristo. Maria foi o "primeiro Sacrário" da história, pois recebeu em seu ventre o próprio Filho de Deus feito Homem, durante os nove meses de sua gestação virginal. Para que isso acontecesse era necessário que ela fosse Imaculada e que não houvesse nela nem a sombra do pecado, permitindo assim, o seu integral SIM à vontade de Deus.
O Concílio Vaticano II, na Constituição Lumen Gentium, nos apresenta Maria como o "figura da Igreja" (LG 63) e, portanto, modelo para os cristãos de todos os tempos. Nós, que somos "maculados" pelo pecado, na medida em que aprendemos na Escola de Maria, vamos sendo santificados na nossa adesão à vontade do Pai e no nosso discipulado de Jesus.
Maria não é um fim em si mesma, mas um sinal que nos aponta a direção do Reino de seu Filho, Jesus.

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Tempo do Advento


Iniciamos, neste domingo, um novo Ano Litúrgico, com o chamado "Tempo do Advento". Este é um tempo de preparação para as festas natalinas e tem como grande tônica o convite a uma maior introspecção para fazermos uma boa revisão de vida. Se vamos acolher o Senhor que vem, então é fundamental estarmos com a casa do nosso coração em ordem, é importante fazermos uma boa "faxina" interior, jogando fora todo o "lixo" juntado durante o ano: nossos pecados, nossos rancores e raivas acumulados, nossas mesquinharias, tudo, enfim, que vai contra o Senhor, que está às portas. O silêncio deste Tempo deve nos ajudar a fazer isso, para que de fato o Senhor encontre nossos corações em ordem e nossa vida esteja bonita para acolhê-lo.
Existem três tipos de Adventos: o Advento Litúrgico é aquele que celebra a primeira vinda do Senhor e nos prepara, na Liturgia, para o Natal, no dia 25 de dezembro; temos o segundo Advento, que consiste na espera da vinda gloriosa de Jesus no fim dos tempos ou então quando Ele vier ao nosso encontro, para nos chamar pela morte. A terceira forma de Advento é aquele que acontece entre o primeiro e o segundo Advento: enquanto Ele não vem ao nosso encontro, seja pela morte, seja no fim dos tempos, Jesus continuamente nos visita, presente em nossas almas, em nossos irmãos. Também se faz presente na sua Palavra, quando orada e proclamada na Liturgia e de modo especialíssimo, na Eucaristia. Estas "presenças" de Jesus nos conduzem a uma melhor preparação para o encontro definitivo com Ele e tornam nossas almas sensíveis a perceber o quanto Ele quer estar próximo de nós.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Fotos

Tenho sido meio displicente com relação a este Blog, mas tenho estado muito ocupado e o computador andou "escangalhando". Por isso, postei aqui algumas fotos de eventos que têm acontecido e que têm tido importância nos últimos tempos. Espero que gostem...
Distribuindo a Comunhão na Missa do DNJ, no Parque São Pedro

Coisa rara em nossa Paróquia: a celebração de um Casamento. Este foi o Casamento de Ciro e Aydce. Que Deus os abençoe!

No dia da Comunhão Solene na Comunidade do Perpétuo Socorro

Comunhão Solene na Comunidade do Perpétuo Socorro, dia 02.12.2007

Na Procissão de Entrada da Missa da Comunhão Solene, na São José Operário

Deus e as nossas decepções...

Uma das experiências mais significativas da convivência humana é a experiência da limitação, seja a nossa própria limitação, seja a experiência das limitações dos outros. Experimentar decepções ou ser causa de decepção para os outros é uma constante na vida humana e mais importante do que experimentar isso é a nossa reação diante dos sentimentos mais amargos que essas experiências nos trazem. Podemos cair numa atitude de auto-piedade depressiva ou podemos reagir diante disso, mudando nossas atitudes e trabalhando os nossos sentimentos.
É fundamental saber uma coisa: Deus jamais nos decepciona. Deus jamais nos deixa na mão. Quando colocamos Deus como o fundamento de nossa vida e alicerce de nossa caminhada, encontramos nele a serenidade para o nosso interior e o equilíbrio para os nossos sentimentos. É claro que vamos continuamente ser decepcionados vida afora, assim como vamos ser causa de decepção para os outros vida afora. Porém, colocar Deus no lugar de Deus é o melhor remédio para superar todas as dores e transtornos que às vezes aparecem na nossa vida.

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Para rir:Micos de um Vigário (XXXVI)

Eu estava no último ano de Teologia em Viamão e já era Diácono. Aos finais de semana eu ajudava na Paróquia de Viamão, onde era Pároco o Padre Bonifácio, especialmente celebrando Batizados e oficiando Casamentos. A Igreja Matriz de Viamão é muito antiga (é a segunda mais antiga do RS) e a Pia Batismal fica numa capela lateral, perto da porta de entrada da Igreja. Na cerimônia de Batizados, todos os rituais iniciais eram feitos nos bancos; somente na hora de se derramar a água na cabeça da criançada é que íamos em procissão com os pais e padrinhos para a Pia Batismal, retornando depois aos bancos para os demais ritos (unção pós-batismal, vela, Pai Nosso...). Certa vez eu estava celebrando batizados lá e ao batizar na Pia Batismal, quando chegou a última criança, os pais e padrinhos em vez de voltarem para os bancos, foram saindo da Igreja. Fui correndo atrás deles e disse: "Voltem, pois temos os Ritos Complementares!" Eles me responderam: "Fica prá outro dia, seu Padre! É que o nosso ônibus tá saindo e a gente não pode perder..." Não adiantou explicar que ainda faltavam os Ritos Complementares... eles foram embora com o Batismo incompleto... Acho que a criança (que hoje deve estar jovem, quase adulto...) está batizada pela metade, ahuahuahu

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Santuário da Mãe Rainha


A outra Celebração significativa aconteceu ontem, com a Entronização do Quadro da Mãe Rainha Vencedora Três Vezes Admirável de Schoenstatt, em nossa Paróquia de São José Operário. A constituição deste Santuário Paroquial virá complementar uma realidade que já se fazia presente desde janeiro de 2006, quando tornamos nossa Paróquia "Território Eucarístico". Desde aquele momento as coisas começaram a deslanchar e a melhorar, culminando com a reforma da Igreja, que se tornará também reforma da vida cristã aqui vivida. Agora nossa Paróquia é também "Território Mariano". Que as Graças do Santuário (transformação interior, abrigo espiritual e fecundidade apostólica) se façam sentir desde já em nossas Comunidades Eclesiais e na vida de cada um de nós.

20 anos do Nazareth

Duas celebrações marcaram o fim de semana que passou: no sábado aconteceu a Festa dos 20 anos de Nazareth da Diocese do Rio Grande. A Missa, os shows e a Cristoteca aconteceram no Auditório do Liceu Salesiano. Muito boa a participação dos jovens nesta grande festa. Eu trabalho com o Nazareth desde 1993, tendo um período de interrupção entre 1999 e 2003, quando estive em Santa Vitória de na Áustria. Trabalhar com eles sempre é motivo de grande alegria e, principalmente, de rejuvenescimento. Quantas amizades surgiram nestes anos todos! Quanto bem os jovens me fazem e quanto bem eu posso fazer a eles, como Padre e amigo! Por isso, a cada semestre, eu aguardo com entusiasmo e alegria o final de semana que passo no Lar de Nazareth, pois lá eu posso descansar, servir e aprender muito com os jovens.

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

26 anos da minha Crisma

Hoje completo 26 anos da minha Crisma. Como o tempo corre! Parece que foi ontem. Lembro aqui meu Padrinho, Pe. Irineu Záttera, atualmente Pároco em São João da Reserva, na Diocese de Pelotas, e minha Madrinha, Bertha Armando Pereira, falecida em 1989. Lembro, igualmente, o Bispo que me crismou, D. Jayme Chemello, de Pelotas. Foi um momento inesquecível na minha vida, que celebro com alegria e saudade.

Vídeo sobre o diabetes

Este é um vídeo enviado para mim sobre o Dia Mundial do Diabetes, acontecido ontem, e que foi divulgado pela Jovem Pan e é para ser divulgado, dada a seriedade do tema... É só clicar no link.

http://jovempan.uol.com.br/jpamnew/media/online/?id=4563&programa=1980&date_video=2007-11-13+21:54:04&v_name=madeleine_diamundialdiabetes_131107&v_name_wm=madeleine_diamundialdiabetes_131107&v_name_flv=madeleine_diamundialdiabetes_131107&tipo=3

Dia Mundial do Diabetes

É comovedora a reação de tantos amigos à reflexão feita sobre o diabetes, todos eles preocupados com minha saúde. Realmente tenho me dado conta da seriedade desta doença, que poderá atrapalhar a minha vida e até acabar com ela. Tenho sido mais cuidadoso com minha saúde, tanto com relação à alimentação quanto com relação às caminhadas. Neste Dia Mundial do Diabetes, quero pedir que rezem por mim e por todos os que sofrem com esta enfermidade. Vou me cuidar mais porque eu me amo, sei que sou amado por Deus e sei que vocês me amam e quero fazer deste cuidado um ato de amor a vocês todos. Obrigado por tanta preocupação e pelos "puxões de orelha" que me deram...

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Curso de Formação para Lideranças da Paróquia


A nossa Paróquia realizou nesta noite o terceiro Curso de Formação para Lideranças. Este Curso já era uma escolha feita há anos pelas Assembléias Paroquiais, mas que só foi efetivado neste ano de 2007. Aliás, este ano conseguimos efetivar diversas opções pastorais feitas na Assembléia de março: os Cursos para formação, um acompanhamento mais rigoroso no Setor de Catequese da Paróquia, com a implementação gradual da Catequese segundo o RICA e estamos buscando um crescimento nos Grupos de Reflexão. Falta ainda a organização do Jornal Paroquial. Eis aí algumas fotos do Encontro desta noite, que culminou num delicioso jantar.
Iniciando os trabalhos da noite...


Ainda a introdução...

Um bom chimarrãozinho para acompanhar a palestra...

Temos que valorizar a fotógrafa, ahuahuahu...

O Pároco se colocando à serviço... até parece que sabe cozinhar...

Na hora do rango, com o Diamany, um dos guris do Perpétuo Socorro... A cara dele, compenetrado com o arroz de puta pobre, merece a foto, ahuahuahu...

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Diabetes

Acabei de chegar da consulta com a minha médica, Dra. Aída. Fui fazer uma revisão no estado do meu Diabetes. Tenho esta enfermidade já há mais de dez anos e confesso que, como paciente sou ótimo padre. Cada vez que consulto (e fujo destas revisões como o diabo foge da Cruz...) entro em pânico e faço os melhores e mais sensíveis propósitos de ser mais cuidadoso com a minha saúde, propósitos estes que duram algumas poucas semanas. Entretanto, o prazo está se esgotando e percebo que preciso urgentemente fazer alguma coisa, antes que seja tarde demais.
Desta vez até que a situação não estava tããããão delicada assim, mas todo o cuidado é pouco. Preciso, com máxima urgência, controlar minha alimentação, fazer exercícios físicos e emagrecer... Vamos ver no que dá...
Hoje celebramos a consagração da Basílica de Latrão, em Roma. A Liturgia nos convida a meditar sobre o que fazemos da Igreja viva, que é nosso corpo e nossa saúde. Se eu cuido da Igreja que me é confiada (a São José Operário), tenho também que cuidar da Igreja do meu corpo e da minha saúde...
Ah, semana que vem, dia 14 de novembro, é o Dia Mundial do Diabetes...

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Caminhando com os santos e santas...

"Que santidade de vida, que homens devemos ser! Pois se tudo no céu e na terra o Senhor chamará! Que respeito para com Deus, que luta devemos travar, pois num céu e numa nova terra iremos morar"
Esta música do Padre Jonas expressa de um modo vivo a realidade que celebramos na última semana: a realidade das últimas coisas: morte, purgatório, céu... Nós, na nossa cultura ocidental, estamos acostumados a olhar para a vida de um modo totalmente míope, sem perceber as realidades posteriores que virão. Olhamos apenas para o hoje: o que comeremos, o que vestiremos, como viveremos, o que ganharemos... E esse olhar para o hoje pode nos impedir de contemplar o Reino de Deus e de buscá-lo no horizonte de nossa vida. É claro que devemos nos preocupar com nossas necessidades cotidianas, mas esta busca não é absoluta. "Buscai primeiro o Reino de Deus e a sua justiça..."
Os santos foram aqueles que descobriram o valor do Reino e buscaram-no com todas as forças de suas almas. Aprender com eles vai nos ajudar a seguir na trilha de Jesus, o Santo por excelência. Mas um detalhe é fundamental para compreender o que significa ser santo: o santo é aquele que vive sua vida ordinária de forma extraordinária, ou seja: é alguém que tem sua vida inteira iluminada pela luz de Jesus Cristo, suas opções fundamentais estão pautadas no Evangelho e cada área da sua existência é iluminada para ser luz para os homens.
Guiados por tão grandes testemunhas, possamos nós ter a coragem de sermos os santos e santas de nossos tempos!

domingo, 4 de novembro de 2007

90. Emaús

Outro grande momento desta semana foi a realização do 9o. Emaús da Diocese do Rio Grande, Curso este feminino. As meninas estão ainda na Casa de Formação. O Curso, embora com pouca gente (apenas 10 meninas), foi excelente. Para mim, Cursos como o Emaús e o Nazareth são momentos fortes de reciclagem e de descanso, onde posso dormir bastante, rezar bastante, me divertir bastante (rir muito mesmo), além de colocar minhas leituras em dia. Os movimentos saem ganhando com o meu trabalho e eu ganho com a convivência com eles...

Crisma do Xicão

O ponto alto da semana foi a Crisma do meu primo-afilhado Xicão. O Xicão é um primo meu, que tive a alegria de batizar há 14 anos atrás. Perdi, desde então, contato total com aquele ramo da família, que se dispersou desde a morte da Vó Amália, em 1992 e do meu pai, em 1994. Reencontrei-o, já crescido e estudando no Colégio Marista São Francisco e logo se tornou amigo no Orkut e MSN. Neste ano, ao se preparar para receber o Sacramento da Confirmação, ele me convisou para Padrinho, convite este que muito me alegrou. Desde então, temos tido mais contato e na quarta-feira, por ocasião da sua Crisma pude matar as saudades de todo o resto da família dele, que é, de certo modo, minha também. Eis algumas fotos da Crisma, tiradas do site do Colégio São Francisco.



"Francisco, recebe por este sinal o Espírito Santo, Dom de Deus."
"Amém"
"A Paz esteja contigo, Francisco!"
"E contigo também!"

A turminha toda que se crismou

Por que parou? Parou por que???????

Foi sequestrado? Se acidentou? Adoeceu? Foi transferido pro Iraque? Fugiu com uma mulher? Calma, galera... Nada disso aconteceu... Apenas tive uma semana cheia e com pouco tempo de atualizar o blogdopadre... Aliás... que semana!!!!! Muito boa mesmo... E vou partilhar com vocês os melhores momentos desta semana...

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Para rir:Micos de um Vigário (XXXV)

Certa feita, em dezembro de 1997, quando eu era Pároco da Sagrada Família, uma escola marcou a Missa de Formatura da oitava série para uma sexta-feira às 18 horas. Era verão e as Missas na Paróquia eram celebradas sempre às 19:30 horas. Como estava um dia muito quente e bonito, peguei a kombi do Seminário e fui à praia. A secretária esqueceu de me lembrar da Missa às 18 horas e naquele tempo eu ainda não tinha celular. Passei a tarde na praia e voltei ao entardecer. Chegando na Sagrada Família, vi um monte de carros estacionados na frente e a secretária na esquina apavorada, me esperando. Ela me diz para entrar pela porta lateral e ir pro quarto me arrumar, pois haviam iniciado a celebração, dizendo que o Padre estava atrasado, por estar em um outro "compromisso" inadiável. Eu me arrumei rapidamente e cheguei na Igreja bem na hora do Ofertório. Fiz a Missa a partir daí e, na hora da bênção final eu falei: "Peço desculpas pelo atraso, mas eu estava num compromisso inadiável. Este tipo de coisa acontece porque temos poucos Padres. Se tivéssemos mais Padres, outro poderia estar celebrando aqui ou então poderia estar no outro compromisso. Quem sabe algum dos guris que hoje estão se formando não topa o desafio de se tornar Padre? Assim, no futuro, com mais Padres, ficará mais fácil dar um bom atendimento a todos". Com esta desculpa, consegui fazer com que todos ficassem satisfeitos e até mesmo com peninha do coitado do Padre, que "está sempre cheio de compromissos..."

domingo, 28 de outubro de 2007

Para rir: Micos de um Vigário (XXXIV)

Há muuuuuitos anos atrás, eu tinha Nazareth naquele final de semana. Uma das meninas do Nazareth, estava fazendo estágio no Magistério do Joana d'Arc e estava estagiando na turminha da primeira série, na escola São Luiz, onde estudava a minha sobrinha Aline (para vocês terem uma idéia da antiguidade deste mico, a Aline hoje cursa Faculdade...). Na véspera do curso, a estagiária diz assim, para os seus alunos: "Amanhã a tia não vem dar aula, pois ela vai pro Nazareth." As crianças perguntam o que é isso. Ela explica que é um final-de-semana em que os jovens se reúnem na Casa de Formação. "Inclusive - diz ela - o dindo da Aline também vai estar lá." As crianças perguntam o que é Casa de Formação e ela explica que é uma espécie de hotel. Quando a Aline chega em casa, vai correndo contar para sua mãe, a minha irmã: "Mamãe, a tia amanhã não vai dar aula, porque ela vai passar o final de semana com o Dindão num hotel." Na hora minha irmã me telefona prá saber o que eu vou fazer com a tia num hotel no fim-de-semana...

Para rir: Micos de um Vigário (XXXIII)

Numa outra Comunidade (que não vou identificar...), certa feita, anos atrás, eu fui com um seminarista celebrar a Missa mensal e depois tinha um encontro de Grupo de Famílias na Capela, com confraternização, em preparação ao Natal. Ficamos todos nos bancos e eu, já sem os paramentos, me sentei ao lado do seminarista. Começou a oração de uma dezena do terço e fizemos assim: os homens puxavam a primeira parte da reza e as mulheres respondiam. Éramos em apenas três homens: o seminarista, um caboclo e eu. Na nossa parte da reza, o caboclo não rezava e eu cutuquei-o, dizendo: "Somos nós, homens!" A pessoa se vira, sorri, meio que sem graça, e me diz: "Mas eu sô muié, seu vigário..." Só então que eu percebi que o caboclo era cabocla e estava até grávida... Não conseguimos terminar a reza, pois deu um acesso de riso em mim e no seminarista...

Para rir: Micos de um Vigário (XXXII)

Quando eu cheguei em Rio Grande, como Padre, pela primeira vez, fui nomeado para atender as três capelas da Ilha dos Marinheiros. Na primeira vez que fui atender a Comunidade da Santa Cruz da Marambaia, no caminho, num pequeno bote, pegamos chuva de pedra e ficamos todos muito molhados. Eu pensei que, com aquela chuva, que logo acabou, não teria ninguém na Missa, mas me enganei: a capela estava cheia. Enquanto me arrumava para a Missa, na sacristia, a mocinha que era sacristã me disse: "Padre eu queria rezar pela minha avó que faz 100 anos amanhã". Eu entendi que era Missa pela alma da avó da menina e no início da Missa anunciei a intenção: "Vamos rezar esta Missa pela alma de Fulana, que se estivesse viva amanhã estaria fazendo cem anos." Seguiu-se um ruído, com todo mundo falando baixinho, até que um cidadão levanta o braço e diz: "Padre, uma ressalva: ela ESTÁ VIVA!" Totalmente surpreso, dou uma risada e corrijo a informação, para alívio da "defunta", que estava no primeiro banco...

Para rir: Micos de um Vigário (XXXI)

Certa feita, lá pelos anos 93-94, eu estava celebrando solenemente a Missa Pascal na Comunidade Santa Rita, do Parque São Pedro, com direito a todas as orações cantadas, usando casula e solenizando todos os detalhes da Liturgia. Durante a homilia, feita com todo o esmero, de forma a emocionar toda a platéia, dou um passo para trás e solenemente tropeço num cachorro, que estava deitado bem no meio da Igreja, caindo solenemente de bunda no chão. Lá se foi toda a solenidade...

sábado, 27 de outubro de 2007

Piquenique no Cassino...

Ontem fomos ao Cassino, curtir a bonita tarde que estava fazendo. Comigo foram o Daniel, a Cristiane e a Priscila. Como bons farofeiros, compramos no supermercado de lá pães, "mortandela", patê e coca zero. Fizemos um piquenique na frente da Igreja Sagrada Família. Eis aí as melhores fotos do "evento"...






Curtindo o verão que vem...

Verão chegando... Embora eu prefira zilhões de vezes o inverno ao verão, temos que reconhecer as belezas desta estação que se aproxima, o gostoso que é tomar chimarrão na rua, conversando com os amigos ou então ir com a galera ao Cassino, passear na praia ou na Avenida. Se, por um lado eu sofro muito com o calor às vezes insuportável, por outro essas demais coisas são muito agradáveis, fazendo valer a pena curtir a beleza de cada uma das estações. Já fazem quase cinco anos que não tiro férias, por absoluta falta de grana e por causa do muito trabalho que tenho. Por isso, preciso aproveitar ao máximo as belezas naturais da nossa terra e, curtindo a família e os amigos, viver cada momento da vida.
A vida de um padre não pode se limitar apenas ao trabalho; é preciso dar-se de presente um tempo longo de lazer e descanso, afinal, ninguém é de ferro...

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Fotos da Missa na Novena de São Judas Tadeu



Foto na frente da Igreja São Judas Tadeu

Com o meu amigo Padre John

Pregando na Missa

Com o Wolme e a Jandira

Para rir: Micos de um Vigário (XXX)

Eu tenho o costume de distribuir bênçãos por aí. Sempre que passo em frente do cemitério ou de algum hospital, abençôo os vivos e falecidos que lá se encontram. O mesmo faço quando passo por alguma ambulância, pois provavelmente ali está alguém precisando urgentemente ser abençoado por Deus e, como Ministro de Deus, tenho a missão de abençoar. Porém, às vezes acontece algum mico... Certa ocasião eu estava andando pelas ruas de nossa cidade quando vejo vindo ao longe uma ambulância. Logo, logo abençoei. Porém, quando se aproximou, não era uma ambulência, mas a caminhonete da net, que é branquinha e tem luz em cima. Bem que eles poderiam me dar um desconto na mensalidade, por terem sido abençoados no lugar da ambulância, ahuahuahu...

Um carinho dos meus jovens...

O cafezão da tarde...

" Todos os "trabalhadores juntos..."

Trabalhando...

Ontem, a galerinha do Grupo Novo Amanhã fez uma "faxina" total no pátio aqui de casa. Eram cerca de vinte jovens, a grande maioria novos no Grupo e na caminhadade Igreja, mas com uma garra total. O pátio estava tomado pelo mato e eles tomaram essa linda iniciativa. Depois, ficaram por aí, uns na "Lan Hause do Padre", outros tomando chimarrão no pátio, cantando e tocando violão. À noite, fizeram um luau (com direito á fogueira...) e janta. É claro que pelas onze e meia da noite corri com todos para suas casas, pois precisava dormir e eles também.
Esses novos "filhos e filhas" vão, aos poucos, conquistando o meu coração. Aos poucos vou me tornando, para eles, padre, pastor, amigo, confidente e pai, numa relação de amizade sadia e bonita.
Essa dedicação deles em arrumar o jardim da Casa Paroquial demonstra o quanto eles já se sentem "em casa" aqui e o quanto eles gostam de conviver entre si e com os outros. É este constante dar e receber que torna linda a convivência humana.

Para rir: Micos de um Vigário (XXIX)

O outro mico aconteceu há cerca de um ano, também no Colégio Marista São Francisco. Durante a Liturgia da Palavra eu acabo dormindo (mas dessa vez não ronquei...). Ao começar o Canto de Aclamação do Evangelho, eu me acordo assustado e pegando a patena, inicio imediatamente os ritos do Ofertório, que são depois do Evangelho e da homilia. Ainda bem que logo me dei conta e discretamente coloco a patena no lugar e me dirijo à Mesa da Palavra. ainda bem que acho que os Irmãos não se deram conta do fiasco...

Para rir: Micos de um Vigário (XXVIII)

Hoje de manhã quase dormi na Missa que celebrei para os alunos do Colégio Marista São Francisco. Havia acordado muito cedo e estava morrendo de sono. Isto me fez lembrar de dois micos referentes ao sono.
O primeiro aconteceu quando eu trabalhava na Paróquia Sagrada Família, lá pelos anos de 95-98. No mês de agosto, Festa da Sagrada Família, tivemos a presença do Bispo Diocesano D. José Mário. No altar, ele presidindo e eu concelebrando. Não sei porquê, mas não havia ministros ou coroinhas naquela Missa. No meio da homilia do Bispo, eu simplesmente começo a dormir e... a roncar desesperadamente. Como o altar da Sagrada Família é alto e distante do público, ninguém pode me alertar e todos assistem àquela cena inusitada. De repente, o Bispo olha para mim e então diz para o povo: "É, vamos concluir a homilia por aqui, pois não está agradando muito ao Padre Gil..." Eu acabo acordando com o riso do povo...

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Para rir: Micos de um Vigário (XXVII)

Em Santa Vitória, em 1991, a cada domingo eu aproveitava para ir celebrar Missas e batizados em Granjas do interior, algumas localizadas há mais de cem quilômetros da Matriz. Nos programas de rádio da Paróquia, nos sábados, eu avisava onde seriam as celebrações. Certa vez estava marcada Missa na "Granja dos Cury", localizada às margens da rodovia. Como no sábado fez um tempo muito bom, aproveitei para cancelar esta Missa e anunciei Missa em outra Granja, que ficava beeeem no interior, e que só é possível ter acesso a ela com tempo muito bom e seco. No sábado avisei a troca no programa de rádio e domingo seguimos para o Arroíto. Comigo foram a Ir. Liduvina e mais cinco jovens e adultos, na bagageira da saveiro da Paróquia. Na volta, cansados, ao passar pela frente da Granja dos Cury, percebi que tinham umas pessoas na frente da lanchonete da Granja. Comentei com a Irmã: "Será que eles não estão esperando para a Missa?" Entramos na Granja e perguntamos se eles estavam esperando a Missa. Disseram que sim. Então eu falei prá galera: "Turma, vamos descer prá uma Missinha extra..." E celebramos ali a Missa que estava fora da programação. Virou piada na Paróquia que "onde dois ou mais estiverem reunidos, o Padre Gil está no meio deles celebrando Missa..."

Algumas fotos a mais...

Indo com a galera jogar padel...
Semanalmente jogamos padel. Eles têm muito que aprender comigo, ahuahuahu...Faltam aí mais alguns desta "seleção"...

É ou não é para ter orgulho dessa turminha toda? Feliz a Paróquia que possui jovens atuantes, pois ela permanecerá eternamente rejuvenescida.

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Para rir: Micos de um Vigário (XXVI)

Ontem celebrei cinco batizados na Igreja de São José Operário. Durante a celebração, um dos ritos consiste na unção do peito da criança com o Óleo do Batismo. Chegando o momento, avisei aos pais para abrirem a roupa da criança, no peito, a fim de fazer a unção e solenemente ungi... a testa da criançada. Ao me dar conta, acabei tendo que "re-ungir" a criançada, agora, sim, no peito... Afinal, como eu disse ao peão aquela outra vez, em Santa Vitória, uma "graxa" a mais, uma a menos, não faz mal prá ninguém...

Reformas na Igreja



A segunda etapa das obras da Igreja de São José Operário estão concluídas: na primeira etapa foi construído o novo Presbitério; nesta segunda etapa, foi trocado o piso da Igreja e ela foi pintada internamente. Também estamos fazendo bancos novos e o "Puxado do Sadi" foi pintado. Agora faltam as etapas posteriores: pintar externamente a Igreja, fazer o Salão Paroquial, tirando as paredes internas do lado direito da Igreja e cercar a Igreja. Com a ajuda dos paroquianos e dos benfeitores, conseguiremos vencer esta empreitada.

domingo, 21 de outubro de 2007

Os Mártires Gaúchos



Neste exato momento estão sendo beatificados, me Frederico Westphalen, os Mártires Gaúchos: Pe. Manuel Gomez Gonzales e o coroinha Adílio Daronch. Padre Manuel, espanhol, trabalhava na Diocese de Santa Maria e atuava na região de Nonoai e Três Passos. Era época da Revolução Federalista e horrores aconteciam naquela região, com degolas e assassinatos brutais, onde era proibido dar sepulturas dignas para os mortos. Padre Manuel colocou-se contra essas barbáries e sepultava os mortos, realizando, assim, uma das Obras de Misericórdia. Ao ir celebrar a Páscoa nos lugarejos daquela região, acompanhado do jovem Adílio Daronch (que se tornou o primeiro beato gaúcho), foram ambos presos e martirizados. A Igreja gaúcha muito se alegra pelo testemunho desses mártires e pede a intercessão deles para que possa continuar testemunhando Jesus Cristo em nossos rincões. Que possamos ter, em nosso Estado, Padres corajosos e proféticos e coroinhas dedicados ao serviço da Igreja.

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

O rosto jovem da Igreja

Com o apoio de todos, até que o rango ficou legal...

Nossos "cozinheiros": o Maicon e o Wagninho...

Junto com o filho Felipe e o Márcio Moscarelli. Este, mesmo "trintão", é mais gurizão que os guris...
Eis a galerinha toda...

Ontem tivemos aqui um "arroz de puta pobre" (arroz com linguiça), para a gurizada do Grupo Novo Amanhã. Eles eram quase trinta jovens que foram chegando e se sentindo em casa. A maravilha desta nossa Paróquia é a sua juventude, sempre renovada e com novo vigor e entusiasmo pelas coisas de Deus e da Igreja. Já no dia 12 de outubro, eu havia almoçado com os nossos jovens do Grupo JUC, da Comunidade do Perpétuo Socorro, um grupinho bastante ativo e presente naquela Comunidade. Gerações vêm e vão e sempre novos guris e gurias aparecem, para comprovar aquilo que o Papa Bento XVI falou em sua homilia de posse, em 2005: "A Igreja tem o rosto jovem"!

terça-feira, 16 de outubro de 2007

A eleição de João Paulo II (16/10/1978)


Era o ano de 1978. Dia 16 de outubro, como hoje. Eu estava deitado na rede, na área da casa das minhas finadas tias, estudando para uma prova de geografia, que aconteceria no dia seguinte e escutava o radinho de pilha, atento ao que acontecia no Vaticano. No meio da tarde, a notícia: tínhamos um novo Papa. Quem seria ele? Corro para a frente da tv e assisto, com alegria a apresentação do novo Pontífice: o até então Cardeal Arcebispo de Cracóvia, Polônia, Karol Wojtyla. Durante 27 anos comandou a Igreja de Cristo como sucessor de Pedro. Em momentos fundamentais de minha vida e vocação, o Papa João Paulo II teve influência decisiva. Sua primeira visita ao Brasil, em 1980, que tive a graça de assistir em Porto Alegre, foi decisiva para minha entrada no Seminário, no ano seguinte. Tive ainda a alegria de estar com ele, em 23 de novembro de 2002, no Vaticano, por ocasião da Visita Ad Limina do nosso Bispo. Hoje, quando recordamos sua eleição há 29 anos atrás, louvamos a Deus pelo dom da vida do nosso "João de Deus" e seu ministério à frente da Igreja.

sábado, 13 de outubro de 2007

90 Anos de Fátima



Hoje celebramos os noventa anos da última aparição de Nossa Senhora aos três Pastorinhos, em Fátima, Portugal. É um momento sempre muito especial para a Igreja, de modo particular para os milhões de devotos da Virgem de Fátima espalhados pelo mundo. Aqui em nossa cidade, temos o Santuário de Nossa Senhora de Fátima, onde o nosso povo católico a cada ano vai em busca de graças e bênçãos de Deus, na Romaria Diocesana, celebrada sempre no segundo domingo do mês de outubro. Amanhã é o dia da nossa 33a Romaria. A devoção à Virgem de Fátima deve conduzir-nos a uma maior observância dos ensinamentos de nossa Boa Mãe. Ser devoto de Maria de nada adianta, se isto não nos fizer cristãos melhores, fiéis ao Evangelho e à Proposta de vida de seu Filho, Jesus. Que Maria nos eduque na fidelidade e na santidade, como fez com os três Pastorinhos.

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Para rir: Micos de um Vigário (XXV)

Já faz anos isso... Eu, na época, já trabalhava com o Nazareth, e houve um encontro de preparação para um dos Cursos (não me lembro o ano que foi...). Como tinha Missa, levei o meu "Kit Missa", para a reunião, que foi no Colégio Marista São Francisco. Entretanto, eu esqueci em casa a garrafinha de água. Começou o canto do Ofertório e me dei conta disso. Pedi para o Resmini buscar um pouco de água com os Irmãos. Ele sai e ficamos cantando infinitamente a música de ofertório. Quando vejo, muito tempo depois, ele volta com um copo com água. Só que o copo era de plástico, com propaganda de cerveja. Como os Irmãos já tinham se recolhido, ele teve que buscar numa lancheria lá perto. Ele entra na sala, dizendo: "Ó, foi só o que eu consegui..." Ao ver a cena, todo mundo desata a rir, achando que o Padre ia tomar cerveja durante a Missa...

Para rir: Micos de um Vigário (XXIV)

Era o ano de 2004. Pelo mês de setembro, estávamos numa pindaíba danada, não tendo dinheiro nem para pagar as contas ou comprar comida. Resolvemos fazer uma promoção aqui na Comunidade São José Operário: um galeto, que foi marcado para o dia 12 de outubro.
O dia amanheceu meio nublado, mas não chovia ainda. Pelas nove horas da manhã, ligo a tv e vejo a Missa da Canção Nova. Quando aparece o close da Imagem de Nossa Senhora Aparecida, comento: "Como esta santa é feinha, né?" Prá que? Na hora começa a chover uma tempestade daquelas. Pelas onze horas, cai um raio e queima a minha tv. Ao meio-dia, cai um dilúvio e pouca gente vem na promoção, que acabou não dando lucro algum. Às quinze horas, saio de carro e afoga o motor. Às dezoito horas vou à Vila Maria celebrar a Missa da Festa, debaixo de chuva e o pneu do carro fura. Depois de tanto castigo do céu, já estava chamando a Santinha de "minha gata", ahuahuahu...

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Para rir: Micos de um Vigário (XXIII)

Trabalhei a primeira vez em Santa Vitória em 91/92, quando eu tinha 24 anos de idade. Certa vez dei carona para um jovem, aluno meu, e, no meio da conversa ele perguntou a minha idade. Devolvi a pergunta e pedi para ele adivinhar, ao que ele me responde que eu devia ter uns 45 anos. Escandalizado, respondi: "O que??????? Eu só tenho 25 anos!" Ele, tentando se desculpar, exclama: "Puxa vida, então tu estás bem acabadinho mesmo!!!" Quase coloquei o garoto prá fora do carro à pontapés, ahuahuahu...
* Este mico ofereço pro meu primo/afilhado Xicão, que ontem me disse que achava que eu tinha, no máximo, 33 anos... Ele deixou este "véio" muito feliz...

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Para rir: Micos de um Vigário (XXII)

No ano de 1996, tivemos uma belíssima Procissão do Corpus Christi, em preparação do Congresso Eucarístico Diocesano. A Missa foi celebrada no Ginásio da Praça Saraiva. Eu já era, desde aquele tempo, o "puxador oficial de procissões" da Diocese. Quando o Bispo sai, com o Santíssimo, eu todo animado, grito no microfone: "VIVA NOSSA SENHORA DE FÁTIMAAAAAA!!!!!" Ao me dar conta de que não estava na Romaria de Fátima e que ela não tinha nada a ver com a história, complemento... "MÃE DE JESUS EUCARÍSTICOOOOOOOO!!!!!!!!!!"

Para rir: Micos de um Vigário (XXI)

Na Semana Santa de 2004, preparamos tudo para uma belíssima Vigília Pascal, na Igreja São José Operário. Círio Pascal em ordem, dois panelões com água para ser abençoada (a Água Batismal), uma criança para ser batizada, etc. Saiu tudo muito bonito. No dia seguinte, o pessoal da Liturgia arrumou tudo para a Missa Pascal. Quando eu chego na Igreja, estava toda ela arrumada, mas... cadê os panelões com a Água Batismal? Pergunto para o Marcelinho, então Coordenador da Liturgia, ao que ele responde: "Fica frio, Gil. Já está tudo arrumado, já botei a água fora no banheiro e guardei os panelões..."
Ao menos ficamos com a fossa benta, ahuahuahu...

Para rir: Micos de um Vigário (XX)

No ano de 1993 vim transferido para Rio Grande, indo morar na Paróquia São Jorge, mas durante alguns meses atendi também a Paróquia São José Operário. A casa paroquial da São José ficou desabitada. Quando chegou a Semana Santa, veio a Rio Grande, para se apresentar na Festa do Mar, a Banda Christi, do Paraná. O pessoal da organização pediu se eles poderiam se hospedar na casa paroquial da São José, o que foi logicamente aceito. Eles chegaram na Quarta-feira Santa e se alojaram lá, mas eu não pude recebê-los, pois tinha outros compromissos. No dia seguinte fui visitá-los "à paisana" e resolvi fazer uma "pegadinha" com eles. Toquei a campainha e uma das meninas da Banda atendeu a porta. Perguntei se o Padre estava e ela respondeu que não. Aí perguntei se ela era a "mulher do Padre". Ela se assustou e disse que Padre não tinha mulher. Eu disse: "Ah, mas este Padre tem, ele é muito namorador". Ela disse, mais assustada ainda, que não o conhecia, pois era de outra cidade, ao que eu respondi: "Tu não conheces o Padre? Então, muito prazer, EU SOU O PADRE"... Todos rimos muito da situação...

XIII Cenáculo da RCC


Ontem tivemos o XIII Cenáculo da RCC da Diocese do Rio Grande. Apesar de estar gripado, pude participar e celebrar a Santa Missa. Eu recordava ontem toda a caminhada que tenho feito na RCC há quase 25 anos. Inacreditável, mas em julho do ano que vem, celebrarei 25 anos que conheço a maravilha que é este Novo Pentecostes na vida da Igreja e também na minha vida. Lembro como se fosse hoje: era minha primeira semana de férias de inverno. Eu estava numa crise danada, pensando seriamente em sair do Seminário. Fui confessar com o Pe. Beiró e chorar minhas misérias. Ele somente disse: "Guri, venha hoje às seis da tarde". Eu perguntei o que haveria naquele dia ás seis da tarde. Ele sorriu e só me respondeu: "Venha e verá." Era o dia 06 de julho de 1983. Aquele dia mudou a minha vida, tirou-me da crise que me encontrava e salvou a minha vocação. Se hoje eu sou Padre devo muito a esta experiência da Efusão do Espírito Santo, que me fez conhecer mais profundamente a Jesus como meu Senhor e Salvador e me aproximou da intimidade com sua Palavra e a Eucaristia. Minha relação com a Renovação Carismática sempre foi de muita proximidade e fico muito feliz quando estou no meio daquele povo.

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Para rir: Micos de um Vigário (XIX)

Um outra vez, em Santa Vitória, eu estava celebrando a Santa Missa. Tudo correu bem até a hora do Santo, quando olho apavorado para a patena e a vejo vazia. Será que eu havia feito o ofertório com a patena vazia? Mas seria uma desatenção danada... Fiz sinal para a irmã, que foi correndo na sacristia pegar outra hóstia, enquanto se fazia um silêncio tumbal na Igreja. Na Consagração, quando me ajoelho, decifra-se o enigma: a hóstia, ainda não consagrada, que havia desaparecido, tinha caído no chão quando fui virar a página do Missal...

Para rir: Micos de um Vigário (XVIII)

Certa feita eu estava celebrando a Santa Missa na Comunidade do Perpétuo Socorro. Quando chega a hora do Ofertório a galheta do vinho estava vazia. Faço sinal e a senhora que havia arrumado o altar se aproxima e diz: "Padre, não consegui abrir a garrafa do vinho, pois não tem saca-rolhas. Não dá pro senhor usar só água na Missa? " Ainda bem que na casa da vizinha da Capela tinha um saca-rolhas. É claro que tivemos que cantar trocentas vezes o Canto do Ofertório...

Para rir: Micos de um Vigário (XVII)

No ano de 2006 fui pregar Santas Missões Populares em Canguçú. Durante uma semana estive, com o Diácono Víctor Giribone, da Diocese de Pelotas, pregando Missões na Comunidade da Cohab 2 de lá. Este bairro fica quase na zona rural da cidade. No penúltimo dia, enquanto tomávamos chimarrão, o Víctor contava alguns causos de conhecidos dele que morreram picados por aranhas, cobras, sapos e outros bichos. Eu fiquei muito impressionado, uma vez que sempre fui "boyzinho de cidade" e nunca me adaptei com essas coisas campeiras. No dia seguinte, pela manhã, estava muito frio e úmido. O tempo estava feio, mas não chovia. Quando entramos no carro para ir para a reunião na Matriz, um sapo começa a coaxar dentro do carro. Assustado digo: "Tem um sapo dentro do carro". Eu me abaixo e escuto o caoxar mais forte ainda... "E está dentro da minha calça!" Saio do carro correndo de tiro as calças, no meio da rua, e procuro o sapo. Só que não tinha nenhum sapo! O que estava "coaxando" era o meu celular, que estava no bolso da calça. Por causa do celular, fiquei só de cueca em plena rua, em Canguçú... Ainda bem que não havia ninguém na rua aquela hora...

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Dom Frederico: 19 anos no céu...


Hoje celebramos os 19 anos do nascimento para a Vida Eterna do nosso primeiro Bispo Diocesano, Dom Frederico Didonet. Nascido em Ivorá, no ano de 1910, Dom Frederico foi nomeado Bispo do Rio Grande no ano de 1970 até se aposentar, em 1986. Pessoa simples, despojada e pobre, logo cativou seus diocesanos por seu jeito de pastor. Sua presença em nossa Diocese foi marcante e a todos deixou grande saudade. No céu ele intercede por nós, já tendo conseguido inúmeras graças. Eu mesmo sou testemunha de quantas graças já consegui pela intercessão dele. Muitas vezes em apertos pastorais e pessoais vou até seu túmulo na Catedral de São Pedro e rezo pedindo sua luz e intercessão. Jamais saí de lá sem a certeza de que seria atendido.

Para rir: Micos de um Vigário (XVI)

Quando eu era Pároco da Sagrada Família (1994-1998), em Rio Grande, celebrava às quartas-feiras as Missas de Louvor, da Renovação Carismática. Estas Missas duravam mais de duas horas e eram famosas na cidade toda. Nestas Missas tinham Bênçãos da saúde e de objetos de uso pessoal e devoção.
Certa vez uma senhora esteve lá e pediu a seguinte informação: "Moço, é aqui que funciona a 'seita dos talismáticos', aqueles que fazem 'exposição de mãos'? Porque eu sou católica, mas minha filha gosta muito deles..."
Segurando o riso, expliquei para a senhora que a "Missa dos Talismáticos" era bem "católica" e dei as informações necessárias...

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Para pensar...

De que modo marcamos a vida das pessoas a quem amamos? O que fazemos para mostrar o quanto elas nos são importantes? Afinal, somos responsáveis pela felicidade daqueles que nos amam. Se formos descuidados, pagaremos um alto preço pelo descuido...

Para rir: Micos de um Vigário (XV)

Enquanto o Cardeal D. Cláudio Hummes, OFM estava palestrando para os Padres, no I Fórum da Igreja Católica, este Padre "prestava atenção" a cada palavra do ilustre Prelado... Se não fossem os cutucões do Padre Raphael, de Santa Vitória, eu teria roncado, babado e feito fiasco...
Um mico fotografado...

"Ninguém entra na vida de ninguém por acaso. Mas, por descuido, sai."

A cada dia recebemos dezenas, talvez centenas de mensagens via internet. Algumas são bobagens, que deletamos sem o menor arrependimento. Outras, porém, calam fundo na alma da gente. A frase acima colocada foi uma dessas que marcou não apenas o meu dia, mas me tem feito pensar seriamente na vida.
Ninguém entra na vida da gente apenas por acaso. Cada pessoa marca a nossa história, seja de um modo positivo, seja de um modo negativo. Da mesma forma, nós marcamos a vida das pessoas. Mas para que marquemos positivamente, se exige uma grande capacidade de escuta, de confiança, uma grande dose de amor.
É difícil entrar na vida de alguém. Às vezes leva tempo e exige muita paciência. Porém, para sair, basta um pequeno descuido, basta uma desatenção. Muitas vezes, um pequeno gesto ou uma palavra mal dada pode destruir toda uma relação de amizade e de afeto.
Eu já entrei e já saí da vida de muitas pessoas. E esse processo vai acontecer pelo resto da vida. Sinto tristeza quando alguém se afasta por desatenção minha e peço a Deus todos os dias a graça da sensibilidade de amar e acolher a todos que entrarem na minha existência.
Sinto tristeza também quando sou "corrido" da vida de alguém, quando não me sinto acolhido ou amado. Aí peço a Deus a graça de saber perdoar e continuar o meu caminho, com aqueles que me querem bem e que me amam como sou.
Enfim, este pequeno recado recebido no Orkut mexeu muito comigo e me ajudou a querer ser melhor.

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Trabalhos, trabalhos...

A segunda e a terça-feira da primeira semana do mês, a cada dois meses, é sempre cheia de atividades e reuniões. Ontem tivemos aqui em casa a reunião dos Padres... digamos... jovens... com o Bispo, reunião esta que sempre acontece nas vésperas da Reunião Geral do Clero. Foi um momento bastante descontraído e de alegre convívio. É bom e importante que tenhamos momentos assim, para tomar chimarrão, papear bobagens, colocar as fofocas em dia. Hoje, sim: a reunião é séria, com tema definido e tudo o mais. Aliás, hoje tenho na verdade QUATRO reuniões: Clero, Conselho presbiteral, Equipe Diocesana da Coordenação da Ação Evangelizadora (EDCAE, que nome pomposo, né?) e a avaliação do Fórum. Vai dar para cansar, mas eu gosto muito de tudo isso, pois, além de ser o meu chão, sei da necessidade de se buscar uma melhor organização pastoral. Vale a pena o esforço e o cansaço quando a gente faz aquilo que se gosta. Depois, uma boa noite de sono recupera tudo...

domingo, 30 de setembro de 2007

Para rir: Micos de um Vigário (XIV)

Em Viena, quando cheguei, sem saber nada de alemão, tive que me virar como podia. Quando tinha que fazer compras, sempre optava por ir ao supermercado, pois lá não precisava falar nada com ninguém nem pedir informações: era só olhar o que precisava, colocar no carrinho, pagar e ir prá casa. Eu estava meio resfriado e fui ao supermercado. Lá chegando, entre as compras que fiz estava um pacote de lenços de papel. Cheguei na caixa. A mulher olha espantada para mim e eu não entendo o porquê do espanto. Só vou entender quando chego em casa e abro o pacote: não eram lenços de papel, mas absorventes femininos. Como lá eu sempre andava de clerygmann, imaginem o que a mulher deve ter pensado do Padre...

Para rir: Micos de um Vigário (XIII)

Não posso deixar de contar os meus "micos austríacos"... Lá chegando, em fevereiro de 2000, logo comecei a trabalhar como capelão da Comunidade brasileira de Viena. Na minha segunda semana lá, fui celebrar a Missa Dominical para os brasileiros, quando, na hora dos avisos, deram o recado que estávamos todos convidados para participarmos de um programa de televisão, na ORF, que é o canal de tv de lá. O programa de auditório seria sobre o Brasil, afinal era os 500 anos do descobrimento. Lá fomos nós no dia marcado. Eu, vestido a rigor, de clerygmann, sentei-me no fundo do auditório, do lado de uma brasileira que ia traduzindo tudo para mim, pois eu não entendia nada de alemão. Antes de começar o programa, o diretor explicou o funcionamento e como deveríamos nos portar. Ao me ver, vestido de padre, fez com que o assistente dele me colocasse na primeira fila. Gelei, mas fui e fiquei do lado de um austríaco, que não sabia nada de português. Começou o programa. Outros quadros, outros temas. E eu ali, gelado de medo, mas disfarçando, fazendo tudo o que faziam os outros, com cara de inteligente. Começou o quadro sobre o Brasil: uma reportagem, uma entrevista com alguns brasileiros e... música: samba. Entra a "Escola de Samba de Viena", formada por brasileiras que moram lá. Entram algumas com ... digamos... pouca roupa... e eu ali, sem saber se olhava, se aplaudia ou fazia o que... Finalmente termina a tortura... termina? Que nada! O pior estava por vir...
Começam outros quadros, outros temas. A entrevista final foi com um tal de "Dr. Sexo", um sexólogo, muito divertido pelo que percebi, pois todos sempre riam, e eu também...
De repente ele se levanta e diz em alemão (me contaram depois...): "Eu gosto de trabalhar com auditório, pois as pessoas mostram o que fazem, sem ter que sentir vergonha. Por exemplo: batam palmas aquelas pessoas que fazem sexo uma vez por semana!" A platéia começa a aplaudir... e eu também, sem entender o motivo, mas com cara de inteligente...
"Agora - diz ele - batam pé aqueles que fazem sexo três vezes por semana!" A metade começa a bater pé... e eu também...
"Finalmente, bata mão e pé quem faz sexo até três vezes ao dia!" Alguns começaram a bater mão e pé... e eu também...
Quando terminou o programa e a galera do Brasil me contou, passei o dia seguinte tentando evitar que os meus colegas vissem o programa e assim não soubessem deste mico total!!!!

Para rir: Micos de um Vigário (XII)

Na primeira vez que trabalhei na São José Operário, em 1993, oficiei um Casamento, um dos raros acontecidos na nossa Comunidade (espero que, agora, com a Igreja ficando bonita, mais Casamentos aconteçam aqui...). Na hora da bênção das alianças, o noivo pega do bolso e elas caem da sua mão no chão. É um alvoroço tremendo. Quando percebo, estavam o noivo, os padrinhos e o padre de quatro no chão procurando as alianças fugitivas. Como a luz era meio fraca, custou, mas acabaram sendo encontradas. Tempos atrás encontrei a noiva desse Casamento: mesmo com a confusão, a Bênção pegou; eles estão casados até hoje...

Para rir: Micos de um Vigário (XI)

Esta aconteceu aqui em Rio Grande, não faz muito tempo. Fui fazer uma Encomendação e levei a estola roxa, o Ritual e a garrafinha com Água Benta. Tudo corria na maior tranquilidade, quando, na hora em que fui aspregir o morto com a água, a tampinha saltou e foi parar direto no nariz do falecido, vindo a cair no chão... Mais do que depressa peguei a tampinha no chão e terminei o rito, saindo correndo para rir no carro...

sábado, 29 de setembro de 2007

Sugestão para o afilhado...

Aliás, Tiaguinho, poderias descobrir e comentar no teu "blogordão" a respeito dessa tradição da noiva sempre se atrasar para o Casamento... Deve ser algo bem interessante...
Aliás, já faço propaganda do teu blógui... http://www.blogordao.blogspot.com/
Acesse lá, pessoal!!!

Para rir: Micos de um Vigário (X)

Ontem oficiei o Casamento do Valério e da Rosana, na Igreja do Carmo. Atraso de uma hora e meia... No fim, ninguém ficou sabendo quem matou a Thaís, da novela, ahuahuahu... Mas este ainda não foi o recorde de atraso. Lembrei-me de uma vez que oficiei um Casamento no Chuí (aí acho que foi em 1999...) em que as noivas (eram dois irmãos casando ao mesmo tempo) atrasaram DUAS HORAS... Como eu tinha tempo e fome fui na churrascaria quase em frente da capela e fiquei comendo um bom espeto corrido, tomando coca light e vendo a novela, sempre de olho na Capela. Depois de jantar tranquilamente, fui para a capela e aí, sim, ameacei cancelar o Casamento se elas não chegassem em até cinco minutos. Bastaram apenas três minutinhos para estarmos iniciando a cerimônia...

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Mais um mico engraçado... padre jogando paddle...

Micaço inigualável foi ter jogado Paddle (é assim que se escreve???) hoje, depois de 10 anos. Deveriam ter filmado a cena... Foi muito divertido, além de saudável, uma vez que o tempo que tenho para práticas desportivas é sempre muito restrito. Esse jogo é excelente para gastar energias e também para colocar sentimentos ruins para fora. A coitada da bolinha é que paga pelas raivas e stresses acumulados, ahuahuahu... Quero ver se continuo. Se alguém se habilitar...

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Para pensar... Um mico que deve conduzir à conversão...


Estive agora celebrando a Santa Missa na Comunidade do Coração de Maria. Lá chegando, um rapaz, drogado, quase que totalmente bêbado, estava me esperando na Capela para me pedir dinheiro. Eu o conhecia da Fazenda Vida Nova. Eu disse que, talvez, no fim da Missa eu tivesse algum trocado. Ele ficou esperando. Passei a Missa inteira tenso, tremendamente desconfortável. "E se ele me assaltar?", pensava. Como deveria ser a minha reação diante dele? No fim da Missa, dei três reais para ele e mandei-o embora...

O desconforto que foi crescendo em mim não foi pelo medo de ser assaltado, mas pela constatação de que ele me incomodava por ser pobre, por ser excluído, por estar maltrapilho... Justamente na Festa de São Vicente de Paulo, doeu constatar que os pobres, os drogados, os mendigos e os excluídos me incomodam por serem do jeito que são. Descobri que me é muito mais reconfortante lidar com pessoas saudáveis, limpas, bonitas e simpáticas do que lidar com aqueles que se assemelham a Jesus Abandonado.

Que mico, Padre Gil! O senhor precisa se converter aos pobres, para ver neles a presença de Jesus...

Para rir: Micos de um Vigário (IX)

Quando trabalhava no Nazareth pelos anos de 93-98, certa ocasião, houve na Casa de Formação um "Nazarethzão", um dia de encontro de formação para os casais e jovens. No encerramento, pediram que eu motivasse a oração final. Todos nos demos as mãos e eu conduzi a reza: "Vamos rezar a Oração que Jesus nos ensinou, pelo nosso Movimento..." e assim continuei falando uns três ou quatro minutos mais e concluí, rezando piedosamente, com eles... a "Ave Maria..." Ainda bem que poucos perceberam o pequeno "engano"...

Para rir: Micos de um Vigário (VIII)

Vocês já viram morto de óculos? Eu já! certa feita, uma senhora pediu para ser sepultada de óculos e respeitaram a sua vontade... O complicado foi fazer a Encomendação olhando para a cena e mordendo os lábios para não rir. Foi algo insólito mesmo, mas vontade de morto tem que ser respeitada...

Para rir: Micos de um Vigário (VII)

Em Santa Vitória (puxa vida, como tem histórias de Santa Vitória!!!), certa feita fui fazer uma encomendação. O dono da Funerária foi me pegar e no caminho fomos falando de um fulano que havia falecido semanas antes. Lá chegando, fui fazer a Encomendação. Por duas ou três vezes, quando ia citar o nome do falecido, falava o nome do defunto anterior, para escândalo das viúva e dos familiares... Êta, desatenção esta do vigário...

terça-feira, 25 de setembro de 2007

Para rir: Micos de um Vigário (VI)

Também, uma outra vez, ainda em Santa Vitória, fui celebrar Missa na Comunidade Nossa Senhora dos Navegantes, no Porto. Como sempre, uma galera foi junto. No caminho, apostei como eu iria dizer na homilia que não havia entendido nada do Evangelho daquele fim de semana. Como fiz? Terminado o Evangelho, eu me sentei e perguntei pro povo:
"Vocês entenderam o Evangelho?" Todos disseram que sim. Então respondi: "Se entenderam me contem, porque não entendi nadinha..." Todos riram, mas foi a homilia partilhada mais perfeita que fiz na minha vida de Padre. É lógico que depois eu complementei o que faltava... Mas ganhei a aposta...

Para rir: Micos de um Vigário (V)

Numa das Granjas de Santa Vitória, numa Missa de domingo, lá pelos anos de 91/92, o Evangelho era do trigo e do joio. Este vigário, que não entende nada das lides campeiras, resolveu falar sobre o "inço", comparando-o ao joio, dizendo que não servia para nada e que era prá jogar fora. Durante a homilia eu notei que alguns peões riam, bem como os gerentes da Granja. No final, eles me disseram: "Padre, o inço é uma coisa muito boa para se dar aos animais. Nunca se joga fora. Inclusive aqui temos plantação disso, para fazer forragem para os bichos." Lá se foi todo o meu sermão...

Para rir: Micos de um Vigário (IV)

Em outro batizado, também em Santa Vitória, naqueles tempos de 91/92, na hora da unção com o óleo do Batismo, eu disse:
"Agora podem abrir a gola, no peito, para a unção."
Logo, uma das madrinhas começou a desabotoar a sua própria blusa, desconfiada do Padre tarado, e dizendo:
"Não sei o que o Padre quer com isso..."
Quase morrendo de rir, expliquei que era a gola do bebê, e não da madrinha...

Para rir: Micos de um Vigário (III)

Ainda em Santa Vitória, em 1991. No mês de junho daquele ano realizamos uma Semana Missionária na Granja Rancho Grande. Para lá se dirigiram dois seminaristas e alguns jovens. Na sexta-feira à noite fui celebrar a Missa de Encerramento. Lá chegando, eles me disseram que dois peões iriam ser batizados, pois haviam sido preparados por eles para o Sacramento. Durante a Missa, após a homilia, chamei-os, com os seus respectivos padrinhos, colegas de trabalho deles, com suas esposas. Fiz o Ritual do Batismo e, quando fiz a Unção com o óleo do Santo Crisma, ungi um deles que me disse:
"Seu Vigário, eu sou o Padrinho"
Assustado, eu perguntei se tinha batizado o vivente certo, ao que ele respondeu:
"Sim, a água o senhor jogou no afilhado, mas a 'graxa' o senhor colocou na testa errada."
Então eu respondi:
"Menos mal: uma graxa a mais, uma a menos não faz mal prá ninguém."
O difícil foi celebrar o restante da Missa sem ter acesso de riso...

Para rir: Micos de um Vigário (II)

Numa outra encomendação, também em Santa Vitória, eu, padrezinho novo, procurei ser simpático e, depois da reza, fui cumprimentar a viúva, que estava desesperada ao lado do caixão. Dei os pêsames, virei as costas e fui embora... Na verdade, aquela não era a viúva (fiquei sabendo mais tarde...), mas a amante do falecido. A viúva estava do outro lado, furiosa com o acontecido... Desde então sempre dou os pêsames de forma coletiva, me dirigindo a todos os que estão na capela mortuária, sejam elas viúvas ou amantes...

Para rir: Micos de um Vigário (I)

Lá pelos idos de 1991, eu, recém ordenado Padre, trabalhava como Vigário Paroquial de Santa Vitória do Palmar. Era minha primeira experiência de encomendação de morto. Não sabia nada de cor do Ritual de Encomendação. O dono da Funerária foi de carro me buscar. Eu peguei a estola roxa, o livro com o Ritual e a água benta. Lá chegando, o susto: na pressa eu peguei o Ritual de Batismo de crianças. Fazer o que? Discretamente, abri o livro e, tapando a capa com a mão, para não verem o título, fazendo que estava lendo, fui "inventando" umas rezas de Encomendação, de modo que não percebessem o mico. Graças a Deus não deu nada... o defunto foi bem "encomendado" para o céu...

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

A repercussão deste Blog



Fico impressionado com a repercussão positiva deste Blog. Muitas pessoas amigas o tem acessado e dado uma resposta bastante bonita àquilo que ele tem proposto em matéria de partilha de notícias e de reflexão. Até me deram a idéia de fazer um novo site, uma vez que o site feito no meu tempo de Áustria nem sei mais como atualizá-lo... Porém, eu acho que este meio (o Blog) é bem mais simples (envolve menos tempo e técnica...) e, portanto, bem mais eficaz. Quando ousamos ser criativos na Evangelização, todos os meios se tornam válidos e eficazes. Por isso, estou gostando muito deste Blog e dos comentários que muitos amigos estão colocando, pois esta é uma maneira de interagir naquilo que faço. Eu fico muito feliz quando as pessoas que amo interagem comigo e dizem que gostam do meu trabalho, pois sei que elas se tornam participantes na minha missão e na minha vida. Portanto, obrigado pelo carinho que vocês manifestam! Continuem assim!