Jesus transfigurado no Monte Tabor torna-se, para os seus discípulos, um oásis no meio do deserto de desfiguração que eles iriam experimentar dias após, acompanhando-o no mistério de sua Paixão e Cruz. Este oásis serviria para fundamentar a sua fé diante do desespero e da dor da perda do Mestre, durante aqueles três dias, antes de sua Ressurreição.
Precisamos de oásis no meio dos nossos desertos. Inúmeras são as situações em nossa vida em que experimentamos um sensação de deserto interior, onde a aridez toma conta e as tempestades nos tiram o senso de direção. Por isso, Deus, na sua bondade, nos oferece alguns oásis, onde poderemos encontrar alimento e água para a nossa alma, bem como abrigo e refúgio nas dificuldades da vida.
O que seria de nós se não houvesse o oásis da Eucaristia? Como seriam nossos dias sem o oásis da Santa Missa, quando podemos colocar na presença de Jesus todas as nossas aflições e necessidades, bem como os nossos sonhos e projetos pessoais? Como Pedro, devemos exclamar ao fim de cada Santa Missa: "Senhor, é bom ficarmos aqui!" (Mt 17,4)
A vida vivida em Deus não é uma vida sem cruzes, sem dificuldades e mesmo assim é uma vida de alegria plena. A vida, porém, vivida sem Deus, é uma vida amaldiçoada, onde o deserto, com todas as suas dificuldades, faz sentir a sua presença e desaparece toda e qualquer esperança, pois não há um oásis seguro para nos acolher e nos proteger. Pode até ter alguma alegria vazia de sentido, mas nada vale mais do que ter a presença de Deus constantemente a nos acompanhar.
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