O Evangelho de João é de uma riqueza impressionante, na medida em que coloca diversos momentos à luz da Ressurreição de Cristo. O encontro de Jesus Ressuscitado com os discípulos nos apresenta uma fonte inesgotável para a nossa meditação, dentro desta Oitava de Páscoa.
Os discípulos foram pescar no Lago de Tiberíades e após passarem toda a noite sem pescar nada encontram Jesus, mas não o reconhecem. Ele manda que pesquem de novo, agora lançando as redes à direita. Não tem como não reportar ao texto de Lc 5,1-11, que o coloca, porém, dentro do contexto da vocação dos primeiros discípulos. Provavelmente ambos os textos se referem a um mesmo acontecimento, mas o texto de João o coloca à luz Pascal. Quando pescamos sozinhos, ficamos sem pescar nada; quando pescamos com Jesus, a pesca é milagrosa.
João reconhece que é o Senhor, mas é Pedro que se veste e se joga na água, nadando na direção de Jesus. Pedro estava despido: é necessário colocar a veste batismal, jogar-se na água e ir ao encontro de Cristo. É esta a dinâmica batismal. Pelo Batismo, somos mergulhados na água, somos revestidos de uma veste nova, de filhos, de herdeiros e vamos na direção do Senhor.
Jesus mesmo prepara e serve o alimento. Parte dos peixes Ele já tinha; outra parte, os discípulos trazem. A Eucaristia é assim: trazemos as ofertas, mas é o Senhor quem prepara a Mesa e se dá como alimento.
Viram que riqueza este pequeno trecho, de João 21,1-14 nos oferece no dia de hoje? Nos coloquemos à disposição d'Ele para que a pesca seja abundante e deixemos que Ele nos alimente, para que nunca mais passemos fome.
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