A arte da convivência humana é algo extremamente complexo às vezes, porque envolve duas ou mais pessoas, com suas respectivas histórias, seus valores cultivados durante anos, bem como temperamentos diversos, que nem sempre se complementam.
Porém, o desafio maior consiste em sermos capazes de superar a superficialidade, tão presente em nossos dias, e que contaminam todos os nossos relacionamentos, sejam eles familiares, amorosos ou de amizade. Com muita facilidade podemos hoje amar ardorosamente alguém que amanhã será descartado para o "caixote" do esquecimento. Podemos hoje viver em função de alguém que amanhã será uma reles lembrança na névoa do passado. Esta superficialidade de nossas relações, se por um lado nos protege de ter que mostrar nossa verdadeira cara, sem máscaras, aparecendo apenas nosso lado "bonzinho", por outro lado, nos impede um verdadeiro amadurecimento, que a convivência profunda com outras pessoas nos possibilita. A cobrança que elas podem nos fazer, ao conhecer também nossos defeitos, nos ajuda a crescer como gente.
Aprendamos a viver com profundidade nossas relações e sairemos todos ganhando com isto. Mostrando aquilo que somos, sentimos e pensamos e aprendendo a conviver com aquilo que os outros são, sentem e pensam, conseguiremos nos tornar pessoas melhores e faremos a vida (nossa e dos outros) igualmente mais plenificadas.
A frase aquela que gosto muito ("Ninguém entra na vida de ninguém por acaso. Mas por descuido, sai.") expressa a necessidade de termos grande cuidado para não tirar ninguém de nossa vida. Às vezes um pequeno descuido pode ser decisivo para que alguém seja tirado da estante de nossa vida e jogado na caixa escura de lembranças tristes.
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