quarta-feira, 17 de setembro de 2008

O desafio do indiferentismo religioso

Pior do que ser contra é ser indiferente. Eu prefiro mil vezes que alguém não goste de mim do que outros que me são indiferentes. Porque o ódio é um sentimento e quem odeia ao menos dedica parte de seu tempo a destilar o seu ódio. Uma pessoa indiferente é terrível, porque para ela eu não existo, simplesmente isso: não existo, não sou.

O maior desafio para a Igreja em nossos dias não são as outras religiões e nem mesmo os que se consideram nossos inimigos: o maior desafio está exatamente no indiferentismo religioso, que consiste na mais absoluta apatia diante de Deus, do seu Evangelho e da sua proposta de vida. E o vírus do indiferentismo religioso está perigosamente se alastrando em nossa sociedade e entre os nossos fiéis.
Por isso, além de cuidar para não sermos atingidos pelo indiferentismo religioso, nós cristãos (e nós padres e consagrados...) precisamos nos imunizar através do amor apaixonado por Jesus Cristo e por sua Igreja. Somente pessoas que se deixaram encantar pelo Reino de Deus é que poderão ser eficazes na sua ação evangelizadora. A vivência da radicalidade do Evangelho é que deve nos orientar na postura de vida e nas opções fundamentais que fazemos. Não podemos e não temos o direito de achar que nos é permitido ser cristãos pela metade: assim como não existe uma mulher mais ou menos grávida, não pode existir um cristãos mais ou menos santo. Ou somos cristãos que vivem radicalmente a nossa fé ou não somos cristãos!
Alguém poderá dizer: "Eu não consigo, por mais que tente, ser fiel à radicalidade do Evangelho!" Se ao menos tentamos, podemos até cair muitas vezes, mas sempre seremos erguidos pela Misericórida de Deus. O triste é quando desistimos totalmente de Deus e acabamos por nos tornar totalmente apáticos a tudo o que Deus quer de nós.

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