quarta-feira, 10 de setembro de 2008

O desenvolvimento da cidade

A nossa região está vivendo um rápido processo de crescimento industrial, econômico e demográfico. Já nos próximos anos, Rio Grande, juntamente com São José do Norte e Pelotas poderá atingir a marca de um milhão de habitantes. Todo este crescimento terá suas vantagens e desvantagens, uma vez que teremos uma crescente oferta de empregos, desenvolvendo também o comércio de nossa região. Porém, este crescimento demográfico trará problemas sérios para serem resolvidos pelo poder público, como a necessidade de um crescimento ordenado em todos os níveis, como o trânsito, o saneamento básico, além da séria questão habitacional.
O desafio que estamos acompanhando também se traduz na necessidade de um mais eficaz gerenciamento eclesial, de forma a atender a demanda que está crescendo. Em que consiste este gerenciamento eficaz? Somos poucos Padres, poucos religiosos e religiosas, poucos leigos e leigas seriamente comprometidos com a Evangelização. Temos poucas Paróquias, que estão mal distribuídas, ficando enormes lacunas na periferia da cidade sem o adequado atendimento pastoral. Por isso, torna-se necessário e até urgente que o novo Plano de Ação Evangelizadora contemple estes desafios que estão surgindo a sugira ações eficazes para a Evangelização.
Alguns passos já estão sendo dados: no dia 02 de setembro tivemos uma reunião do Clero aberta aos religiosos e leigos, onde o Secretário do Planejamento e um professor da FURG nos assessoraram, dando pistas de para onde acontecerá o crescimento de nossa região e quais os desafios principais a serem atendidos. Ontem, tivemos o Conselho Diocesano de Ação Evangelizadora, onde retomamos este tema. Agora, iremos começar a formatar o novo Plano Diocesano de Ação Evangelizadora, que será apresentado e votado na Assembléia Diocesana, em novembro próximo.
Algumas coisas, porém, já parecem claras:
1. precisamos criar em nossas Paróquias uma nova mentalidade missionária, de forma que se tornem, como diz Aparecida, "Comunidades de Comunidades". Talvez seja necessário repensar os limites paroquiais, deslocando para a periferia da cidade, um número maior de padres e religiosos e religiosas;
2. Precisamos investir mais na formação de nossos agentes leigos, não apenas capacitando-os, mas encorajando-os a tomar a frente na Evangelização, superando a mentalidade clericalista ainda existente;
3. A Diocese precisa investir na aquisição de terrenos nos novos núcleos habitacionais que surgirão, para a construção de Capelas e Igrejas. No centro da cidade, é fundamental um trabalho pastoral diferenciado.
Enfim, para os inúmeros desafios teremos que criar inúmeras decisões e respostas para os nossos tempos.

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