Frei Agostinho Grings partiu...PADRE FREI AGOSTINHO GRINGS, OFM: Síntese de uma biografiaWilibaldo é filho de Germano Grings e Mônica Krötz Grings, nascido no dia 04 de fevereiro de 1918, em Linha Imperial - Nova Petrópolis - RS, foi batizado dois dias depois (6.2.1918), na Linha Imperial e crismado em 1925, na Paróquia de Porto União –SC. Depois de ir à escola por dois anos, em Porto União, foi levado a Divinópolis-MG, por Fr. Paulo Stein, onde, após outros dois anos, completou o primário. Começou a cursar o ginasial em Minas e voltou a Taquari por certo tempo, mas completou o Curso ginasial apenas em Katwijk aan de Rijn, na Holanda. Ali também completou o segundo grau equivalente. Estudou filosofia em Venray (Holanda) e curso parte da Teologia em Alverna-Wychen (Holanda), completando o curso em Divinópolis-MG. Entrou no noviciado em Hoogcruts (Limburgia-Holanda), no dia 07.09.1934, recebendo o nome de Frei Azevedo. Fez a primeira profissão no dia 08.09.1935 e com o nome de Frei Agostinho professou solenemente, em Divinópolis, no dia 14 d julho de 1939. Foi ordenado diácono, em Belo Horizonte, no dia 15.12.1940, e sacerdote, por D. Antônio dos Santos Cabral, em Belo Horizonte, no dia 26 de outubro de 1941. Em 1942 começou a lecionar em Santos Dumont, no Seminário. Em 1950 foi nomeado Secretário provincial, morando em Divinópolis até que, em 1957, foi enviado ao Seráfico, em Taquari, para ser professor. No dia 21 de novembro de 1958, escreveu carta ao reverendíssimo Padre Provincial, oferecendo-se para ser missionário em Java ou no Congo Belga. Escreveu: “Não sou sujeito de muito entusiasmo e arrebatamentos e arroubos, como também não estou nada descontente com o trabalho e com os confrades daqui; mas é simplesmente assim: estou à disposição!”. Em 1962, foi o primeiro Reitor do S. Pascoal, em Três Passos. Em 1965 começou o serviço de Mestre dos Irmãos, em Daltro Filho. No dia 02 de março de 1966 assumiu a Secretaria da nova Custódia, em Porto Alegre. De 1969 a fins 1974 foi vigário paroquial de Alegria e Chiapetta. No dia 24 de dezembro de 1974, escreve ao Padre provincial Frei Cláudio: Enquanto em outras paróquias os padres estão ocupadíssimos em ouvir confissões, e eu estou aqui todo folgazão ... em todo caso, tenho folga par escrever”. Escreveu para pedir licença a fim de viajar a Minas. Ele reconhece que já é tarde para pedir licença “oficial”, mas está resolvido ir assim mesmo. E diz textualmente: “Considero a licença dada, se não puder conseguir a licença expressa”. Em Chiapetta e três Vendas (atual Inhacorá) a vida não era fácil. No povoado, no meio do campo, um tal de Dr. Fontoura – que não era doutor de nada, fizera um Hospital e exercia a profissão de médico. Era inimigo dos padres, combatia-os abertamente. Antes de viajar pra fazer retiro, Fr. Agostinho confessou que não podia desejar o mal para os inimigos, mas a gente pode rezar para que Deus leve o tal Dr. Fontoura. Oração forte do Fr. Agostinho! No dia seguinte, o falso médico morreu. Fr. Agostinho estava em retiro. Não precisou vir fazer o enterro... No dia 21 de janeiro de 1975, Fr. Agostinho escreveu uma belíssima carta ao atual Card. Dom Cláudio, na qual conta que, em Chiapetta, dorme na sacristia, pois não há casa canônica, nem cozinheira, almoço nas famílias, não pode ter horário. Sentia nos ares que ia ser transferido, deixando Fr. Lino a sós, ali. Acena, então, com a missão no Mato Grosso ou Goiás. Mas, não como chefe. O ano e 1975 o encontrou como pároco de Vila Fão, mas só até fins de julho, pois em agosto do mesmo ano assumiu a paróquia de Daltro Filho. EM Dezembro de 1980 virou vigário cooperador em Passo Fundo. No dia 27 de dezembro de 1983, membro do corpo de Formadores, assumiu o Juvenato Medianeira para candidatos adultos, em Agudo. No dia 24 de marco de 1984, o Governo provincial, em carta do então Ministro, comunicou que se possibilitasse a Fr. Isidro e Fr. Agostinho, por ocasião de seu jubileu de ouro, viajar à Holanda, a fim de visitar os colegas de curso e celebrar com eles o jubileu, peregrinar a Assis, Roma e Terra Santa. Note-se, eles não haviam pedido essa graça! Mas 1988, já era vigário paroquial em Três Passos. Em janeiro de 1990, fez um curso de História, com duração de cinco dias, em Petrópolis – RJ. Foi o único curso que fez, além daqueles obrigatórios para chegar ao sacerdócio. No dia 01.03. 1991, ainda sempre membro da Comissão de História da Província, começou seu ministério na periferia de Rio grande e capelão da Santa Casa. Ficou ali dez anos. No dia 04 de janeiro de 2001, o Ministro provincial, Fr. Nestor I. Schwerz, pediu-lhe que permanecesse em Rio Grande até meados de março. Depois de “fazer um bom período de férias, entra em nomeação anterior, aquela em relação a Daltro Filho”. Permaneceu no Convento S. Boaventura até aquele dia em parecia ter sumido. Não veio para as vésperas nem veio jantar. A fraternidade começou a procurá-lo, primeiramente por todo o Convento. Depois, os Freis percorreram a Vila em sua procura. Foi encontrado desmaiado, frio, no piso dum banheiro que não era de seu quarto. Após esse susto, Fr. Agostinho veio morar no Lar Monte Alverne. Estávamos no final de 2001. Ele descansou tranquilamente no Senhor, em torno das 10h do dia 28 de abril de 2010. Fr. Agostinho, descanse em paz e não se esqueça de rogar por cada um de nós, seus confrades, por seus muitos ex-alunos e ex-paroquianos, e por toda a sua/nossa Província, em seu ano capitular. Requiescat in Pace!
Tirado do Site dos Franciscanos-RS
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