sábado, 26 de novembro de 2011

Por amor a Jesus Sacramentado

Por amor a Jesus Sacramentado
(Uma história sobre o verdadeiro valor e zelo que devemos ter pela Eucaristia)

Alguns meses antes de sua morte, o Bispo Fulton J. Sheen foi entrevistado pela rede nacional de televisão: "Bispo Sheen, milhares de pessoas em todo o mundo inspiram-se em você. Em quem você se inspirou? Foi por acaso em algum Papa?".

O Bispo Sheen respondeu que sua maior inspiração não foi um Papa, um Cardeal, ou outro Bispo, sequer um sacerdote ou freira. Foi uma menina chinesa de onze anos de idade.

Explicou que quando os comunistas apoderaram-se da China, prenderam um sacerdote em sua própria reitoria, próximo à Igreja. O sacerdote observou assustado, de sua janela, como os comunistas invadiram o templo e dirigiram-se ao santuário. Cheios de ódio profanaram o tabernáculo, pegaram o cálice e, atirando-o ao chão, espalharam-se as hóstias consagradas.
Eram tempos de perseguição e o sacerdote sabia exatamente quantas hóstias havia no cálice: trinta e duas.

Quando os comunistas retiraram-se, talvez não tivessem percebido, ou não prestaram atenção, a uma menininha, que rezando na parte detrás da igreja, viu tudo o que ocorreu. À noite, a pequena regressou e, escapando da guarda posta na reitoria, entrou no templo. Ali, fez uma hora santa de oração, um ato de amor para reparar o ato de ódio. Depois de sua hora santa, entrou no santuário, ajoelhou-se, e inclinando-se para frente, com sua língua recebeu Jesus na Sagrada Comunhão. (Naquele tempo não era permitido aos leigos tocar a Eucaristia com suas mãos).

A pequena continuou regressando a cada noite, fazendo sua hora santa e recebendo Jesus Eucarístico na língua. Na trigésima noite, depois de haver consumido a última hóstia, acidentalmente fez um barulho que despertou o guarda. Este correu atrás dela, agarrou-a, e golpeou-a até mata-la com a parte posterior de sua arma.

Este ato de martírio heróico foi presenciado pelo sacerdote enquanto, profundamente abatido, olhava da janela de seu quarto convertido em cela.

Quando o Bispo Sheen escutou o relato, inspirou-se de tal maneira que prometeu a Deus que faria uma hora santa de oração diante de Jesús Sacramentado todos os dias, pelo resto de sua vida. Se aquela pequena pôde dar testemunho com sua vida da real e bela Presença do seu Salvador no Santíssimo Sacramento então, o bispo via-se obrigado ao mesmo. Seu único desejo desde então seria atrair o mundo ao Coração ardente de Jesus no Santíssimo Sacramento.

A pequena ensinou ao Bispo o verdadeiro valor e zelo que se deve ter pela Eucaristia; como a fé pode sobrepor-se a todo medo e como o verdadeiro amor a Jesus na Eucaristia deve transcender a própria vida.

O que se esconde na Hóstia Sagrada é a glória de Seu amor. Todo o mundo criado é um reflexo da realidade suprema que é Jesus Cristo. O sol no céu é apenas um símbolo do filho de Deus no Santíssimo Sacramento. É por isso que muitos sacrários imitam os raios de sol. Como o sol é a fonte natural de toda energia, o Santíssimo Sacramento é a fonte sobrenatural de toda graça e amor.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

A conversão que Deus quer

A conversão, mais do que um ato intimista e individual, transforma o nosso modo de viver e de nos relacionar com os outros – e com o Outro, por excelência – Deus. O grande problema consiste no fato de que geralmente relacionamos a vida de religião com atos externos de piedade e de devoção. Viver a religião é muito mais do que isso, pois envolve a totalidade do nosso ser, de tal modo que tudo ao nosso redor fica transfigurado pela presença de Deus.

Já tive momentos fortes de conversão na minha vida, especialmente quando deixei que Deus deixasse de ser uma ideia bonita e passasse de fato a influenciar as minhas escolhas fundamentais, que precisaram ser feitas e reafirmadas de modo definitivo. Naquela ocasião, a Palavra de Deus entrou de tal modo na minha alma que foi como se abrisse os céus e Deus mesmo a proferisse para mim. O eco dessa Palavra não se fez esperar e a resposta ao Amor de Deus foi através do amor que procurei declarar com a minha palavra e com a minha vida.

Hoje o Senhor me pede de novo uma resposta de conversão: conversão para Ele e para o próximo. Não que eu tenha fugido da resposta de amor ao seu Amor, mas o que Ele me pede nesta noite é exatamente que eu assuma a radicalidade do seu Evangelho, no mais íntimo do meu ser e na prática da santidade na vida cotidiana. O que mais me angustia é o senso de urgência em responder ao Amor de Deus. Não tenho o direito de adiar minha resposta ao Senhor, pois a vida corre rapidamente e não sei o quanto de tempo me resta. Por isso, devo viver em Deus cada dia como se fosse o último da vida, atendendo à sua Palavra como se fosse o seu definitivo chamado.

Atender ao chamado do Senhor com a seriedade que se deve é a causa de bem aventurança, da felicidade que o mundo não pode tirar e nem oferecer. Com a Palavra de Deus não se negocia, escolhendo aquilo que se vai acreditar ou viver: é Palavra de Deus, é Ele mesmo quem nos fala e conduz através do seu Espírito Santo. Confesso que ao longo dos anos tenho tentado negociar com a Palavra de Deus, não deixando que ela verdadeiramente conduza os meus sentimentos e ações. Permiti que ela ficasse sendo um apêndice na minha vida espiritual, escondida num cantinho, estéril. Hoje Deus pede uma conversão interna e externa, com todas as consequências que essa Palavra vai provocar na minha vida e ministério. Que eu possa dizer o meu sim ao Senhor, com generosidade e com a totalidade do meu ser.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Fazer a vida valer a pena

Este texto foi trabalhado com a oitava série do Cristo Rei

Fazer a vida valer a pena

O Ensino Religioso Escolar tem a tarefa de nos ajudar a pensar a dimensão religiosa na vida humana e nos auxiliar na busca de caminhos que nos permitam uma experiência de fé. No semestre passado, tivemos a oportunidade de manter contato com as diferentes formas de religiosidade da humanidade de todos os tempos e culturas. Esta foi uma experiência positiva.

Agora vamos dar um passo a mais. Nossas aulas de Ensino Religioso nos apresentarão um mundo novo, cheio de possibilidades, que nos ajudarão a fazer a vida valer a pena. Quando olhamos para o mundo que nos cerca, podemos ter a triste sensação de que não existem saídas para a humanidade, tantos são os problemas que nos cercam. Fica para nós a ideia de que nada podemos fazer diante desses problemas. Temos dons, talentos e capacidades que, se bem utilizados, poderão ajudar o mundo a ser melhor. Diante de uma sociedade que deseja que sejamos acomodados e medíocres nós podemos responder tomando posição e agindo de modo concreto, gritando ao mundo o que queremos e mostrando a que viemos.

Na história recente do Brasil e do mundo assistimos a transformação política e social graças a atuação da juventude, que se posicionou contra situações de injustiça. A Legalidade, cujos 50 anos se comemora esta semana, a campanha Diretas Já, nos anos 80, os cara-pintadas de 92 são apenas alguns exemplos de como a juventude do nosso país soube se posicionar em situações importantes de nossa história. O ponto de partida era a seguinte pergunta: “O que eu posso fazer para mudar a situação atual?” Num segundo momento, a união de forças de várias pessoas que pensavam de modo igual, fazia com que o ideal se espalhasse e fosse contagiando outros, de modo que logo todo o país estava unido com manifestações pacíficas que foram capazes de transformar a realidade de modo positivo.

Existem inúmeras formas de participação do jovem na vida social, política, econômica, cultural e religiosa do mundo em que vivemos. Não precisamos ser apáticos; pelo contrário: somos chamados a ser elementos de transformação do mundo, a partir dos nossos ideais. O que acreditamos que seja melhor para nós hoje? O que julgamos que deva ser diferente na atualidade? Vamos em busca de nossos sonhos, de nossos ideais e encontraremos neles a nossa felicidade e a razão de nossa existência.

Fazemos parte de algum grupo que tenha um ideal comum? Pode ser grupo de Igreja, Escoteiros, algum Clube de Futebol, Partido Político, ONG, CTG, grupo de teatro, de canto... Não importa o que façamos, o fundamental é que façamos a vida valer a pena. Não podemos nos contentar com pouco, pois a vida é uma só e é preciso que a vivamos com intensidade. Caso ainda não tenhamos experimentado nada disso, esta é a chance de conhecer algumas dessas organizações, de forma que, apaixonados por algum ideal, possamos dar um destino positivo ao tempo que temos. Vai ser maravilhoso chegar ao fim da vida e ver que marcamos a história da humanidade de modo positivos. Vai ser maravilhoso perceber que fizemos a diferença, saindo daquilo que é considerado “normal” pela sociedade, o que acaba sendo confundido com a mediocridade daqueles que nada fazem. Portanto, faça a vida valer a pena!

Agora, sim, uma de padre sério...

Enquanto uns rezam, outros dão risada...

A alegria de ser padre...

Quais são as nossas prioridades?

Mais um texto elaborado por mim para os meus alunos. Acho que ficou muito bom. O que vocês acham?

Quais são as nossas prioridades?

Tudo na vida é resultado de nossas escolhas e temos que pagar o preço de nossas decisões. Mas não dá para viver sem escolhas. O problema é que nem sempre pensamos quando tomamos decisões e acabamos agindo por instintos, o que geralmente não dá certo. Por não termos projetos de vida, acabamos não tendo prioridades e corremos o risco de passar pela vida sem realizar nada. Isso seria a maior tragédia que poderia ocorrer com alguém!

Por isso, desde a aula passada estamos trabalhando com aquela pergunta que nos orientará nas escolhas que desejamos fazer: “O que quero estar fazendo dentro de dez anos?” A resposta a esta pergunta é muito importante e é preciso que seja muito bem pensada, porque será a partir dela que estabeleceremos as nossas prioridades. Prioridade é aquilo que damos preferência na nossa vida. Não deve ser algo absoluto, mas sim algo predileto, para o qual nós iremos dedicar mais tempo, mais energia, até mesmo porque será algo do qual gostaremos mais. Não é verdade que nós gostamos de passar mais tempo com os nossos amigos do que com outras pessoas? Damos prioridade para eles e isso é bom. O mesmo acontece com o esporte que a gente gosta mais, com o jogo de computador que a gente curte. Portanto, tudo na vida é feito de escolhas, de prioridades.

As nossas prioridades são escolhidas a partir de metas que estabelecemos. Meta é o objetivo final de um projeto estabelecido. Vamos supor que a gente deseje estar no ano de 2021 morando nos Estados Unidos. Esta é a nossa meta, o nosso sonho, perfeitamente possível, o alvo para o qual direcionamos a nossa vida. Se eu quero ir morar nos Estados Unidos, eu devo me esforçar para aprender a falar e ler em italiano? Não! Minha prioridade será aprender inglês! Então eu vou fazer um bom curso de inglês e na escola vou me dedicar mais a esta matéria. Fazendo isso, em dez anos estarei escrevendo e falando perfeitamente inglês. É claro que isso vai exigir prioridade no meu tempo, mas se esta é a minha meta, vou fazer com dedicação e alegria.

Sempre a escolha de nossas metas e prioridades devem obedecer o nosso desejo de realização pessoal. Deve ser terrível alguém passar trinta, trinta e cinco anos de sua vida fazendo algo que absolutamente detesta, somente para ter salário no fim do mês. Quando planejamos a nossa vida, é preciso que nos perguntemos com sinceridade: “o que eu posso fazer que me dará felicidade e realização?” E, é claro, “o que eu posso fazer para que a vida das outras pessoas e da humanidade seja melhor?” Estas duas perguntas se complementam, pois, como seres humanos, somos “vocacionados” ao bem e a nossa felicidade passa pelo bem que podemos realizar na nossa vida pessoal e profissional. “É maravilhoso poder olhar para trás e perceber que deixamos os nossos passos marcados na vida de tantas pessoas” (Dom Edmundo Kunz).

Por isso, não deixe de sonhar e nem de ir atrás de seus sonhos! A vida é bela e é uma só. Cada dia desperdiçado é um tempo que não volta mais, é tempo perdido. Faça a vida valer a pena e dentro de dez anos verá que o investimento feito agora dará os frutos bonitos de realização pessoal.

Fazer do tempo um aliado para os nossos sonhos

Custei a postar algo aqui. Mas agora desejo partilhar com vocês alguns textos que produzi para os meus alunos da sétima série da Escola Cristo Rei, onde dou aula de Ensino Religioso. Tenho curtido demais esse assunto. Ele me faz pensar muito e espero que ajude a tantos outros a pensar na vida, afinal... "é a vida, é bonita e é bonita..."

Fazer do tempo um aliado para os nossos sonhos

duração da nossa vida não é por demais longa. Comparada aos bilhões de anos do universo, a vida humana é um sopro, quase nada. Portanto, não há tempo a perder para fazer com que os anos passados entre o nosso nascimento e a nossa morte possam valer a pena. Em geral perdemos muito tempo. Passamos a maior parte dos nossos dias vivendo em um ócio inútil. É verdade que às vezes é bom ter momentos de lazer, de diversão e convivência com os familiares e amigos. Mas, momentos são momentos. Também é importante salientar que perdemos boa parte do nosso tempo devido ao fato de não estarmos focados em objetivos que sejam determinados e determinantes em nossas decisões fundamentais. Se, por exemplo, eu quero ser médico no futuro, devo focar minha atenção nesse objetivo. Vou procurar ler sobre o assunto, vou procurar maiores informações sobre os ramos da medicina, vou caprichar nos estudos para ser um bom médico. Isso vale para qualquer área profissional e vocacional para a nossa vida. Uma casa, para ser construída, precisa de alicerces. Hoje estamos construindo aquilo que desejamos ser amanhã. Se a “construção da casa” da nossa vida não tiver um bom alicerce, de nada adiantará construí-la, pois cairá na primeira tempestade.

Deveríamos nos perguntar a respeito dos nossos sonhos e ideais. O que pretendemos estar fazendo no dia 02 de setembro de 2021? Como queremos estar, em termos familiares e profissionais? A resposta a essas perguntas nos ajudará a bem planejar a nossa vida, de forma que possamos correr atrás da realização desses objetivos. É claro que talvez ainda não tenhamos clareza a respeito do nosso futuro, mas é fundamental que desde já a realização do nosso futuro esteja no horizonte do nosso presente, para que não percamos tempo na busca de nossos sonhos.

A nossa vida possui diferentes aspectos que não podem nunca ser esquecidos. Temos uma família e devemos dedicar tempo para a convivência com eles. Temos responsabilidade com os nossos estudos, visando o nosso crescimento intelectual e uma futura vida profissional. Temos, ainda, nossos colegas e amigos, com quem gostamos de estar. E, é claro, não podemos nos esquecer de nosso lazer, tv, filmes, esportes, etc. É sempre bom, também, dar um espaço para Deus e a pratica da nossa religião. Por isso, a nossa vida deve ter todos esses aspectos presentes. Deixar um deles de lado faria de nós pessoas desorganizadas nos aspectos práticos, bem como sem saber quem somos, onde estamos e qual a direção da nossa vida. Como é o nosso dia-a-dia? O nosso tempo é bem dividido, de forma que o todo da nossa vida seja contemplado?

Vamos fazer a nossa vida valer a pena? Vamos torná-la uma coisa bonita de se ver e de se viver? Cada um tem o seu destino em suas mãos. O que fizermos dele é responsabilidade nossa. Será trágico chegar ao fim da vida e descobrir que não valeu a pena. Por isso, mãos à obra! Vamos começar a construir a casa da nossa vida, criando alicerces sólidos, que nos darão um amanhã formidável!

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Aos amigos

Eu posso dizer que devo tudo a Jesus Cristo, à sua proposta de vida e ao seu Evangelho. Pelo menos dois terços da minha vida eu já dediquei ao seu Reino. Graças a Ele, fiz grandes amizades e tenho conhecido pessoas maravilhosas, que tem feito a minha vida valer a pena. Mas posso dizer que o contrário também tem acontecido. O mesmo Evangelho que é ponte na direção de muitas pessoas que amo também se torna um profundo fosso, que me afasta de outros, a quem também amo e quero bem. Este afastamento se dá pelo fato de que nem sempre sabemos dialogar com os diferentes. Isto acontece por um duplo preconceito: de um lado, posso muitas vezes agir como um velho fariseu, que olha para o outro com um olhar de acusação, como que querendo jogá-lo no inferno. Mas, por outro lado, o preconceito também é real: de repente, posso ser visto como alguém moralista, que deseja sempre ensinar para os outros, apontando o que deve ser feito ou evitado. Traduzindo: um verdadeiro chato!
Sou padre, mas não sou o dono da verdade. Não tenho o direito de te dizer que a minha verdade é melhor do que a tua. Aliás, detesto a atitude daqueles que se acham mais do que os outros e que vivem dizendo quem está certo ou quem está errado. Meu primeiro dever é apenas viver de acordo com aquilo que considero o meu ideal. Apenas viver, sem grandes explicações, porque explicar o testemunho deixa de ser testemunho. É claro que se pedem as razões da minha esperança, devo dá-las, mas jamais irei impor o meu testemunho com força, apenas com alegria. E é justamente esta a força do testemunho: a alegria de viver o Evangelho.
Quem convive comigo bem sabe que tenho verdadeiro escrúpulo de invadir a vida das pessoas, pois considero a liberdade algo de imenso valor. Nunca foi do meu feitio invadir a intimidade dos outros para dizer no que devem mudar. Cada pessoa tem a sua história, o seu tempo e os seus valores. Assim como eu exijo que respeitem as escolhas que faço na minha vida, procuro respeitar as alheias. Se elas são equivocadas, mais cedo ou mais tarde Deus irá mostrar. Afinal, quem sou eu para querer bancar Deus na vida dos outros? Portanto, jamais vou te dizer o que deves fazer ou não, assim como jamais vou querer saber de ti aquilo que não queres me mostrar. Mesmo muitas vezes sabendo muito daquilo que vives e fazes, respeito a tua individualidade e o teu espaço como algo sagrado. Mas, se algum dia quiseres e abrires a porta do coração, entrarei com tudo e tentarei ser um sinal de Deus para ti, assim como és para mim.
Surpreso? És um sinal de Deus para mim, sim! Pode até ser que em alguns aspectos da tua vida e de tuas escolhas estejas equivocado, tentado ou ainda com certa dificuldade de entender o que Deus quer de ti. Mas, quem não é assim? Um dia, se quiseres, te contarei os meus equívocos, as minhas tentações, bem como as dificuldades de compreender a Deus, O importante é que, mesmo assim, eu sei que tu és bom e procuras fazer bem aquilo que te é possível. És, portanto, sinal de Deus para mim.
Conviver é algo maravilhoso. Que o Evangelho não seja mais fosso, mas sim ponte. Que a leveza dele nos torne pessoas alegres, felizes e amáveis. Em suma: que nos torne santos.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Cristianismo de diáspora

Depois de muito tempo, finalmente uma postagem...

Estamos na Novena de Pentecostes, um tempo privilegiado de colocar-se, com Maria e os Apóstolos no Cenáculo, numa atitude de espectativa, esperando a vinda do Espírito Santo, o novo "Hálito de Deus", que vai transformar o ser humano de bonecos, mortos pelo pecado, em criaturas novas, para uma nova criação.
Jesus, na Oração Sacerdotal (Jo 17), nos oferece uma proposta de vida, que deve ser levada bastante à sério: a proposta de vivermos o nosso cristianismo na perspectiva da diáspora. O conceito de diáspora está relacionado com aquilo que Jesus ali reza ao Pai: "Eu já não estou no mundo; mas eles estão no mundo, enquanto eu vou para junto de ti" (Jo 17,11).
O cristão deve ter consciência da sua cidadania. Nós somos cidadãos do céu, do Reino de Deus. Estamos aqui, vivemos com os outros, mas numa situação de diáspora, ou seja, nossa casa não é esta e nosso modo de viver tem que manifestar essa realidade. A mística do Reino deve alimentar a nossa ação concreta, nossa moral, nossa ética, nossa prática. O cristão no mundo deve ser fermento do Reino de Deus.
Somos poucos; somos frágeis; somos pequenos. Entretanto, a força da mensagem do cristianismo se encontra justamente nisso. por sermos poucos, frágeis e pequenos, devemos estar unidos para tornar o Evangelho a nossa força principal e, assim, sermos capazes de, profeticamente, com nossa vida, anunciar o Evangelho e fazer do testemunho a nossa principal missão.

sábado, 5 de março de 2011

30 anos da minha entrada para o Seminário

No dia 05 de março de 1981, às 16 horas, eu estava entrando para o Seminário, em Pelotas, uma vez que ainda não existia o Seminário de Rio Grande. Portanto, hoje completo trinta anos de uma das mais importantes datas da minha vida, pois nesse dia eu dei um passo decisivo rumo ao sacerdócio ministerial. A partir desse dia, a minha vida ficou inteiramente dedicada ao Senhor e à sua Igreja. Agradeço a Deus por ter me dado a oportunidade de serví-lo e peço a graça da fidelidade a Ele e ao serviço por Ele assumido ao povo que me é confiado.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Vinte anos de Padre! Obrigado, Senhor!

Vinte anos se passaram. Parece que foi ontem, mas já são vinte anos! Hoje celebro toda a caminhada feita nas duas últimas décadas, com alegrias e tristezas, em tempos de saúde e de doença, mas sempre com a presença amorosa do Senhor, que jamais me abandonou.
Quanta gente entrou e saiu da minha vida! Quantos morreram e quantos nasceram nesse tempo todo! Hoje toda essa gente passou pela minha memória, assim como todos os grandes momentos vividos. Passados vinte anos, posso dizer: É BOM SER PADRE! SOU FELIZ SENDO PADRE! Que o dia de hoje seja de gratidão ao Senhor por tudo o que vivi e vivo dentro do Ministério Presbiteral que me foi confiado. Muito obrigado, Senhor!