sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

29 de fevereiro


É interessante notar como o tempo tem suas travessuras! O dia de hoje (29 de fevereiro) só vai se repetir dentro de quatro anos. Esta, portanto, é uma data rara, que deveria ser comemorada, uma vez que só acontece de longe em longe.

Sempre que eu vivo uma data importante ou um acontecimento especial me pergunto: "Será que vou vivê-lo novamente?" Ou então: "Onde estarei e o que estarei fazendo quando esta data se repetir?" É claro que isso às vezes dá uma nostalgia danada, mas é um exercício interessante de se fazer. Onde estaremos no dia 29 de fevereiro de 2012? O que estarei fazendo naquele dia, quando eu tiver já os meus 45 anos?
O futuro, é claro, a Deus pertence. Ele é o Senhor do tempo e da história. Mas, vale a pena viver cada dia, sabendo que é único e irrepetível, principalmente em se tratando de dia bissexto. Portanto, vivamos bem este 29 de fevereiro, para que seja um dia inesquecível!

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Passeio em Santa Vitória do Palmar


Estive fora durante alguns dias. Fui com o Pe. John até Santa Vitória do Palmar e Chuí, onde passamos momentos de agradável convívio com o Pároco de lá, Pe. Raphael, com seu estagiário, Andrei e com diversos paroquianos amigos.

Sair da rotina é sempre algo bom, pois nos possibilita um maior descanso, longe da agitação a que estamos jogados no nosso cotidiano. Ao mesmo tempo, estar com pessoas amigas para tomar um bom chimarrão, para poder jogar cartas ou ficar contando piadas ou falando bobagens nos ajuda a desestressar, melhora a nosso humor e dá uma boa sensação de bem estar e felicidade.

Foi muito bom esses dias que passei em Santa Vitória. Pude voltar com renovado entusiasmo e pronto para enfrentar mais um ano de trabalhos. Prometo que vou fazer essas "indiadas" mais seguidamente, a fim de me tornar mais humano, mais gente.

domingo, 24 de fevereiro de 2008

É possível um cristianismo sem cruz?


É possível um cristianismo sem cruz? Os nossos tempos nos colocam diante da possibilidade de uma vida sem cruz, sem dor, sem sofrimentos. Isto, porém, é impossível, pois os sofrimentos e dores existem e fazem parte de nossa vida. Não precisamos buscá-los; eles vêm a nós com as mais diversas facetas. O que nos torna, a nós, cristãos, diferentes dos demais é a maneira como lidamos com tudo isso. Enquanto que quem não conhece a Cristo nem aceita a sua Cruz desespera diante das situações difíceis, o cristão assume e carrega a sua cruz, seguindo Jesus de perto. O carregar a cruz não significa uma apatia desanimada, uma resignação diante do inevitável; pelo contrário: significa uma postura de dignidade e de alegre esperança em Deus, que caminha conosco carregando nossa cruz na direção da Ressurreição.

Um cristianismo sem cruz é alienado, pois é um cristianismo sem o seu significado principal, sem Jesus e sem a vivência da proposta do seu Evangelho. Cristianismo sem cruz é uma paródia, uma imitação vulgar daquilo que Jesus veio ensinar e propôr.

Que possamos gritar para o mundo a nossa fé no Deus crucificado e ressuscitado, abraçando a cruz de cada dia com alegria e esperança, testemunhando para o mundo que o Senhor está ao nosso lado e nos ajuda sempre de novo a carregarmos as nossas cruzes.

sábado, 23 de fevereiro de 2008

As águas de nossas "sedes"...


O que pode matar a nossa sede? Diversas são as "sedes" que aparecem em nossa vida e que podem afetar nossa existência. Quando estamos com sede de carinho e afeto, nada melhor do que a água refrescante da presença dos amigos. Quando estamos com sede de informação e cultura, nada como a água de um bom livro, de um bom filme. Nas horas de sede de tranquilidade e alegria, nada como um bom chimarrão em boa companhia, com boas piadas e conversa fiada. Enfim, se podemos saciar as nossas "sedes" com coisas boas, por que vamos continuar sedentos pela vida afora? Porém, não podemos esquecer que Jesus é a Água Viva, aquele que sacia todas as nossas sedes. Quando estamos com Ele e Ele é nossa Água, podemos nos sentir felizes e plenificados, na certeza de que Ele está e caminha sempre conosco.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Éa vida, é bonita e é bonita!!!!


Fiquei esta semana toda sem inspiração. Durante todos estes dias eu não sabia sobre o que falar, uma vez que todos fomos atingidos como que por uma grande tempestade. Dizer o que? Nada há que ser dito, a não ser que colocamos tudo nas mãos misericordiosas de Deus. O Evangelho de segunda-feira deu as tintas para que pudéssemos nos posicionar com clareza e serenidade: Assim falou Jesus: "Sede misericordiosos, como também o vosso Pai é misericordioso. Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados; perdoai, e sereis perdoados".

Portanto, falemos de vida! Redescobri aquele famoso sambinha de Gonzaguinha, "o que é, o que é". Falar de vida é sempre algo agradável, algo que nos faz bem. Quando acordamos a cada dia dispostos a viver com alegria aquilo que nos é proposto, a alegria vai sempre nos acompanhar. A vida é bonita e Deus sempre nos oferece de novo a agradável aventura de poder curtí-la. É entusiasmante viver! É maravilhoso poder se levantar diariamente e saber que sempre existe algo de bom reservado para nós e poder curtir cada dia como um presente precioso que Ele nos concede. Portanto, fixemos nossos olhares em Deus e no presente de nossa existência que Ele nos oferece, e assim seremos sempre felizes.

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Jesus, um Oásis no deserto



Jesus transfigurado no Monte Tabor torna-se, para os seus discípulos, um oásis no meio do deserto de desfiguração que eles iriam experimentar dias após, acompanhando-o no mistério de sua Paixão e Cruz. Este oásis serviria para fundamentar a sua fé diante do desespero e da dor da perda do Mestre, durante aqueles três dias, antes de sua Ressurreição.

Precisamos de oásis no meio dos nossos desertos. Inúmeras são as situações em nossa vida em que experimentamos um sensação de deserto interior, onde a aridez toma conta e as tempestades nos tiram o senso de direção. Por isso, Deus, na sua bondade, nos oferece alguns oásis, onde poderemos encontrar alimento e água para a nossa alma, bem como abrigo e refúgio nas dificuldades da vida.
O que seria de nós se não houvesse o oásis da Eucaristia? Como seriam nossos dias sem o oásis da Santa Missa, quando podemos colocar na presença de Jesus todas as nossas aflições e necessidades, bem como os nossos sonhos e projetos pessoais? Como Pedro, devemos exclamar ao fim de cada Santa Missa: "Senhor, é bom ficarmos aqui!" (Mt 17,4)
A vida vivida em Deus não é uma vida sem cruzes, sem dificuldades e mesmo assim é uma vida de alegria plena. A vida, porém, vivida sem Deus, é uma vida amaldiçoada, onde o deserto, com todas as suas dificuldades, faz sentir a sua presença e desaparece toda e qualquer esperança, pois não há um oásis seguro para nos acolher e nos proteger. Pode até ter alguma alegria vazia de sentido, mas nada vale mais do que ter a presença de Deus constantemente a nos acompanhar.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

A experiência da Misericórdia de Deus

A experiência quaresmal é sempre uma experiência da Misericórdia de Deus. Todos os exercícios quaresmais que realizamos não são atividades pelas quais conquistamos nossa santificação por meio de nossos esforços, mas sim são abertura de nossos corações à infinita Graça do Senhor. É Ele quem nos salva! É Ele quem nos santifica! Portanto, aproveitemos tudo aquilo que o Senhor deseja nos oferecer neste tempo e deixemos que a sua Graça seja derramada em nossos corações, de forma que nos tornemos pessoas diferentes, melhores, semelhantes a Ele.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Ir. Liduvina Coletti

Hoje, em Santa Vitória do Palmar, acontece a "Missa do Envio" da Ir. Liduvina Coletti, que trabalhou naquela Paróquia por mais de quarenta anos. Já com 86 anos de idade e necessitando de alguns cuidados especiais, por causa de sua idade avançada e saúde, Ir. Liduvina é uma das pessoas mais marcantes na minha vida ministerial, bem como foi o alicerce pastoral da Igreja presente em Santa Vitória do Palmar durante muitos anos. Com sua simplicidade e de forma cativante, a presença da Ir. Liduvina animava as lideranças das mais diferentes Comunidades existentes naqueles rincões, fazendo com que surgissem sempre novos grupos de reflexão onde fosse possível, fornecendo material e livretos, bem como ensinando músicas de Igreja, novas e outras bem velhinhas (sempre lembro dela cantando a cada Advento, com suas folhinhas já amareladas pelo tempo, o canto "Natal se aproxima...").
Ir. Liduvina (ou carinhosamente chamada de "Liduva" ou "Ir. Leguminosa"...) sempre foi modelo de alegria, de generosidade, de desprendimento e de fidelidade à sua vocação. Por isso ela foi formadora de novas lideranças leigas, de catequistas, bem como de padres jovens que por lá passaram e que devem muito do que aprenderam nas lides pastorais a ela: eu devo muito a ela e tenha a certeza de que concordam comigo todos os outros padres jovens que por lá passaram: Pe. Otávio, Pe. Luiz Fernando, Pe. Marco Antônio e o atual pároco, Pe. Raphael.
Que o exemplo da Ir. liduvina permaneça em nossos corações e nos anime a continuar, com coragem e simplicidade, a trabalhar pelo Reino de Deus.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

150 anos das aparições de Maria em Lourdes



Hoje celebramos os 150 anos das aparições de Nossa Senhora em Lourdes, à Santa Bernadette. Quando meditamos nas diversas visitas da Virgem Santíssima à humanidade, percebemos o imenso carinho que ela tem para com os seus filhos, especialmente para com aqueles que necessitam de especiais cuidados. Em Lourdes, Maria visita a jovenzinha Bernadette; no México, ao índio Juan Diego; em Aparecida, aos pobres pescadores; em Fátima, aos pequenos Pastorinhos. Em cada local, Maria tem uma mensagem, que convida à conversão e à vivência do Evangelho de seu Filho, Jesus.
Lourdes, onde tive a graça de poder ir como peregrino, no já distante setembro de 2001, é um local onde a Virgem dá especial atenção aos seus filhos enfermos e sofredores. Milhares de enfermos a cada ano vão à Lourdes em busca de alívio e cura para suas dores. E Maria, como boa Mãe, jamais deixa de dar ânimo e força para os que a ela recorrem.

domingo, 10 de fevereiro de 2008

As tentações de Jesus e as nossas


Quem nunca enfrentou uma tentação? Algumas são violentas, que nos jogam ao chão e nos derrubam nas mais intensas trevas interiores. Outras, porém, são "tentaçõezinhas", coisa pouca, que, acreditamos, conseguimos vencer com facilidade, mas... são, às vezes, as que mais nos derrotam... Talvez a gente nunca tenha pensado nisso, mas Jesus enfrentou tentações nos quarenta dias em que esteve no deserto, e, nessas tentações, estavam presentes todas aquelas que fazem parte do nosso dia-a-dia. Vencendo-as, Jesus nos dá a receita de como podemos vencer as nossas, sejam elas pequenas ou grandes.


As três tentações de Jesus são muito significativas para nós, pois sintetizam todas as nossas lutas pessoais ou coletivas. O Papa João Paulo II, de feliz memória, em Puebla, no já distante ano de 1979, alerta para estes três ídolos de nossos tempos: o ter, o poder e o prazer. Qualquer tentação passa por um destes ídolos e vencê-los é uma tarefa para todos nós, durante toda a nossa vida. No nosso mundo moderno, a tendência ao consumismo desenfreado e à busca louca por ter mais nos escraviza, bem como o hedonismo (o prazer pelo prazer), que nos torna "máquinas de sexo", fazendo com que nos prostituamos na busca de um erotismo descomprometido (sim, ficar é pecado, é prostituição!!!!). Superar esta mentalidade hedonista significa devolver a dignidade ao nosso corpo, que é templo do Espírito Santo. E temos que enfrentar a tentação do poder, que é, talvez, a mais discreta, mas uma que mais incomoda, pois diz respeito às nossas relações interpessoais, seja em família, com amigos e amores. Pela tentação do poder, acabamos por tratar as pessoas como coisas e as usamos em nosso próprio benefìcio.


Vencer as tentações, como Jesus fez, não deve ser visto como um peso, mas como um projeto de vida, que nos conduz à uma felicidade que não é deste mundo, à uma realização de vida, que só Deus pode nos conceder. Quando caímos em qualquer tentação, tornamo-nos fracos, derrotados diante de nós mesmos, medíocres e sem objetivos na vida. Vencê-las deve ser, portanto, nosso grande objetivo.


Que o Senhor Jesus, grande vencedor de todas as tentações, possa nos conduzir por um caminho de vitórias neste Tempo Quaresmal e durante toda a nossa vida.

sábado, 9 de fevereiro de 2008

A criatividade na Pastoral

O mandato do Senhor para que a Boa Nova do Evangelho seja transmitida a toda a criatura deve ser levado à sério. Não temos o direito de ficar perdendo tempo com bobagenzinhas, pois inúmeras são as pessoas que esperam ansiosamente por alguém que lhes apresente a pessoa e a proposta de Jesus Cristo e do seu Evangelho. Por isso, com o passar dos séculos, a Igreja sempre foi pródiga em novas formas de ação evangelizadora, que fossem eficazes a cada tempo e a cada cultura. Muitas deves "deu com os burros n'água", mas na grande maioria das vezes, pela ação do Espírito Santo, a ação da Igreja teve uma eficácia imensa e duradoura.

O Documento de Aparecida alerta para a necessidade de que a Igreja seja capaz de superar métodos pastorais que visem apenas uma ação de manutenção, ou seja, que visem apenas manter os católicos que ainda temos dentro de nossas Comunidades. A "pastoral de manutenção" deve ser superada por uma pastoral missionária, que vá ao encontro de todas as pessoas, desde os católicos afastados até mesmo ao encontro daqueles que ainda não foram evangelizados, para que ao menos conheçam a proposta de vida de Jesus Cristo. Todas as nossas energias devem ser dedicadas à esta ação missionária, de tal modo que por meio dela possamos cumprir nossa missão e vocação, chamado que o próprio Senhor nos faz.

A criatividade na ação pastoral deve ser consequência de uma mística missionária que devemos cultivar em toda a Igreja. Fazemos o que fazemos não por uma simples tarefa burocrática recebida, mas por paixão, por zelo, por amor ao Reino. Esta paixão vai nos acompanhar por toda a nossa vida e vai nos dar força e ânimo para sermos fiéis até o fim. O amor apaixonado de Deus por nós é a fonte de nossa paixão pelo Reino.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

"Escolhe, pois, a vida"


A nossa existência é feita de inúmeras escolhas, algumas delas positivas e corretas, que acarretam felicidade para nós e para as demais pessoas que convivem conosco. Outras escolhas, porém, acabam sendo equivocadas e geradoras de morte. Sempre, porém, nossas escolhas têm consequências, não apenas pessoais, mas também coletivas, uma vez que vivemos com outras pessoas e em sociedade.

A escolha pela vida, que Moisés propõe ao povo de Israel antes de sua entrada na Terra Prometida, significava uma adesão sempre renovada à Aliança com Deus, Aliança esta que nem sempre é fácil, pois significa uma postura de conversão que nem sempre estamos dispostos a fazer. É por isso que a Quaresma é um tempo penitencial, onde, por meio do jejum, da esmola e da oração, vamos nos comprometendo com Deus e com os irmãos, a uma vida nova. Isto vai exigir de nós moderação, sobriedade, auto-controle e disciplina, vencendo, assim, o homem velho, com seus vícios e pecados. "O maior combate de um homem é contra si mesmo e a maior vitória é sobre si mesmo." Se perseverarmos nesse caminho seremos vencedores e encontraremos a trilha da Ressurreição. Por isso, tempo de Quaresma é tempo de combate espiritual. Combatamos, pois, com entusiasmo e vigor!

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Tempo da Quaresma


Chegou, pois, a Quaresma! Para mim, este é o Tempo Litúrgico mais lindo e rico em conteúdo, simbologia e atividades pastorais. Em nossa Paróquia temos diversas atividades, como Grupos de Reflexão, Caminhadas Penitenciais, Vias Sacras, confissões... Mas de nada adianta toda esta "parafernália pastoral" se não houver uma sincera busca de conversão. Jesus, no Evangelho de hoje, nos propõe uma tríplice conversão: na esmola, na oração e no jejum. A esmola nos convida à uma conversão em nossas relações com os demais, especialmente com os pobres e sofredores. A oração nos propõe uma mudança na nossa relação com Deus. E o jejum nos anima a mudar a maneira como agimos com nosso próprio corpo e saúde, bem como na questão da auto-disciplina. Por vivermos num mundo totalmente consumista e descontrolado, a busca de uma postura de sobriedade e auto disciplina nos ajuda num amadurecimento espiritual, para vencermos nossos vícios e pecadinhos de estimação. Portanto, temos muito trabalho para este Tempo da Quaresma. Aproveitemos bem tudo o que ele nos possibilita e aproveitaremos também as maravilhas da Páscoa da Ressurreição!

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Encontro que nos devolve a vida



A ressurreição é o nosso destino. Às vésperas do Tempo da Quaresma, a liturgia da Palavra destes dias nos apresenta o poder de Jesus de devolver a vida aos que estavam mortos. Ontem, segunda-feira da 4a semana do Tempo Comum, no encontro de Jesus com o homem que estava tomado por uma legião de demônios, foi devolvida a este homem a vida e a dignidade de alguém que é livre, que é filho de Deus e membro de uma família, de uma comunidade. A este homem, que estava vivendo entre os mortos em um cemitério, é devolvida a possibilidade de viver entre os vivos. A ele, que se feria com pedras, é devolvida a possibilidade de poder se amar e cuidar de seu corpo, de sua saúde, de sua vida.


No Evangelho de hoje, dois encontros com Jesus devolvem a vida a quem o busca. A hemorroísa vai ao encontro de Jesus, trazendo com ela a dor de sua enfermidade, sua fraqueza e a dor de ser excluída, pois sua hemorragia a deixava sempre excluída do contato com os demais, por ser considerada impura. Junto com a fraqueza física, estava ali a fraqueza emocional, espiritual e moral. Estava desanimada, pois há doze anos buscava na medicina o alívio para sua situação. Ao tocar na veste do Senhor com fé, é instantaneamente curada. Não é apenas a saúde que lhe é devolvida, mas a vida, como um todo, que lhe é restituída. Enquanto a mulher é curada, Jesus se dirige à casa de Jairo, chefe da Sinagoga. Sua filha estava morta, mas ele insiste para que Jesus vá até lá. Atendendo a tal pedido, a menina é ressuscitada. quando ninguém mais acreditava, Jairo acreditou e teve sua filha restituída.


Encontrar o Senhor é o segredo da ressurreição, do resgate da vida ameaçada. Permanecer diante do Senhor, encontrar-se com o Senhor vai nos tornar vitoriosos nas lutas do nosso dia-a-dia. Encontrar-se com o Senhor na sua Palavra e na Adoração Eucarística vai nos tornar fortes e ressuscitados, devolvendo-nos a Graça que o pecado havia roubado de nós. Por isso, busquemos o Senhor e Ele ira deixar-se encontrar. Permaneçamos com Ele, não rapidamente, apenas esbarrando nele, mas permitamos que este encontro nos transforme, liberte e santifique. Experimentando este encontro com o Senhor, passaremos a ter uma nova luz no nosso semblante, a ter a luz da vida de Deus resplandecendo no nosso interior. E esta luz vai resplandecer em todas as nossas relações, em toda a nossa maneira de ser.


Deus não nos fez defuntos e não nos quer defuntos. Assim como Jesus devolveu a vida ao homem endemoninhado, à mulher hemorroísa e à filha de Jairo, deseja dar-nos vida e alegria no encontro com Ele a cada dia.