domingo, 30 de setembro de 2007

Para rir: Micos de um Vigário (XIV)

Em Viena, quando cheguei, sem saber nada de alemão, tive que me virar como podia. Quando tinha que fazer compras, sempre optava por ir ao supermercado, pois lá não precisava falar nada com ninguém nem pedir informações: era só olhar o que precisava, colocar no carrinho, pagar e ir prá casa. Eu estava meio resfriado e fui ao supermercado. Lá chegando, entre as compras que fiz estava um pacote de lenços de papel. Cheguei na caixa. A mulher olha espantada para mim e eu não entendo o porquê do espanto. Só vou entender quando chego em casa e abro o pacote: não eram lenços de papel, mas absorventes femininos. Como lá eu sempre andava de clerygmann, imaginem o que a mulher deve ter pensado do Padre...

Para rir: Micos de um Vigário (XIII)

Não posso deixar de contar os meus "micos austríacos"... Lá chegando, em fevereiro de 2000, logo comecei a trabalhar como capelão da Comunidade brasileira de Viena. Na minha segunda semana lá, fui celebrar a Missa Dominical para os brasileiros, quando, na hora dos avisos, deram o recado que estávamos todos convidados para participarmos de um programa de televisão, na ORF, que é o canal de tv de lá. O programa de auditório seria sobre o Brasil, afinal era os 500 anos do descobrimento. Lá fomos nós no dia marcado. Eu, vestido a rigor, de clerygmann, sentei-me no fundo do auditório, do lado de uma brasileira que ia traduzindo tudo para mim, pois eu não entendia nada de alemão. Antes de começar o programa, o diretor explicou o funcionamento e como deveríamos nos portar. Ao me ver, vestido de padre, fez com que o assistente dele me colocasse na primeira fila. Gelei, mas fui e fiquei do lado de um austríaco, que não sabia nada de português. Começou o programa. Outros quadros, outros temas. E eu ali, gelado de medo, mas disfarçando, fazendo tudo o que faziam os outros, com cara de inteligente. Começou o quadro sobre o Brasil: uma reportagem, uma entrevista com alguns brasileiros e... música: samba. Entra a "Escola de Samba de Viena", formada por brasileiras que moram lá. Entram algumas com ... digamos... pouca roupa... e eu ali, sem saber se olhava, se aplaudia ou fazia o que... Finalmente termina a tortura... termina? Que nada! O pior estava por vir...
Começam outros quadros, outros temas. A entrevista final foi com um tal de "Dr. Sexo", um sexólogo, muito divertido pelo que percebi, pois todos sempre riam, e eu também...
De repente ele se levanta e diz em alemão (me contaram depois...): "Eu gosto de trabalhar com auditório, pois as pessoas mostram o que fazem, sem ter que sentir vergonha. Por exemplo: batam palmas aquelas pessoas que fazem sexo uma vez por semana!" A platéia começa a aplaudir... e eu também, sem entender o motivo, mas com cara de inteligente...
"Agora - diz ele - batam pé aqueles que fazem sexo três vezes por semana!" A metade começa a bater pé... e eu também...
"Finalmente, bata mão e pé quem faz sexo até três vezes ao dia!" Alguns começaram a bater mão e pé... e eu também...
Quando terminou o programa e a galera do Brasil me contou, passei o dia seguinte tentando evitar que os meus colegas vissem o programa e assim não soubessem deste mico total!!!!

Para rir: Micos de um Vigário (XII)

Na primeira vez que trabalhei na São José Operário, em 1993, oficiei um Casamento, um dos raros acontecidos na nossa Comunidade (espero que, agora, com a Igreja ficando bonita, mais Casamentos aconteçam aqui...). Na hora da bênção das alianças, o noivo pega do bolso e elas caem da sua mão no chão. É um alvoroço tremendo. Quando percebo, estavam o noivo, os padrinhos e o padre de quatro no chão procurando as alianças fugitivas. Como a luz era meio fraca, custou, mas acabaram sendo encontradas. Tempos atrás encontrei a noiva desse Casamento: mesmo com a confusão, a Bênção pegou; eles estão casados até hoje...

Para rir: Micos de um Vigário (XI)

Esta aconteceu aqui em Rio Grande, não faz muito tempo. Fui fazer uma Encomendação e levei a estola roxa, o Ritual e a garrafinha com Água Benta. Tudo corria na maior tranquilidade, quando, na hora em que fui aspregir o morto com a água, a tampinha saltou e foi parar direto no nariz do falecido, vindo a cair no chão... Mais do que depressa peguei a tampinha no chão e terminei o rito, saindo correndo para rir no carro...

sábado, 29 de setembro de 2007

Sugestão para o afilhado...

Aliás, Tiaguinho, poderias descobrir e comentar no teu "blogordão" a respeito dessa tradição da noiva sempre se atrasar para o Casamento... Deve ser algo bem interessante...
Aliás, já faço propaganda do teu blógui... http://www.blogordao.blogspot.com/
Acesse lá, pessoal!!!

Para rir: Micos de um Vigário (X)

Ontem oficiei o Casamento do Valério e da Rosana, na Igreja do Carmo. Atraso de uma hora e meia... No fim, ninguém ficou sabendo quem matou a Thaís, da novela, ahuahuahu... Mas este ainda não foi o recorde de atraso. Lembrei-me de uma vez que oficiei um Casamento no Chuí (aí acho que foi em 1999...) em que as noivas (eram dois irmãos casando ao mesmo tempo) atrasaram DUAS HORAS... Como eu tinha tempo e fome fui na churrascaria quase em frente da capela e fiquei comendo um bom espeto corrido, tomando coca light e vendo a novela, sempre de olho na Capela. Depois de jantar tranquilamente, fui para a capela e aí, sim, ameacei cancelar o Casamento se elas não chegassem em até cinco minutos. Bastaram apenas três minutinhos para estarmos iniciando a cerimônia...

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Mais um mico engraçado... padre jogando paddle...

Micaço inigualável foi ter jogado Paddle (é assim que se escreve???) hoje, depois de 10 anos. Deveriam ter filmado a cena... Foi muito divertido, além de saudável, uma vez que o tempo que tenho para práticas desportivas é sempre muito restrito. Esse jogo é excelente para gastar energias e também para colocar sentimentos ruins para fora. A coitada da bolinha é que paga pelas raivas e stresses acumulados, ahuahuahu... Quero ver se continuo. Se alguém se habilitar...

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Para pensar... Um mico que deve conduzir à conversão...


Estive agora celebrando a Santa Missa na Comunidade do Coração de Maria. Lá chegando, um rapaz, drogado, quase que totalmente bêbado, estava me esperando na Capela para me pedir dinheiro. Eu o conhecia da Fazenda Vida Nova. Eu disse que, talvez, no fim da Missa eu tivesse algum trocado. Ele ficou esperando. Passei a Missa inteira tenso, tremendamente desconfortável. "E se ele me assaltar?", pensava. Como deveria ser a minha reação diante dele? No fim da Missa, dei três reais para ele e mandei-o embora...

O desconforto que foi crescendo em mim não foi pelo medo de ser assaltado, mas pela constatação de que ele me incomodava por ser pobre, por ser excluído, por estar maltrapilho... Justamente na Festa de São Vicente de Paulo, doeu constatar que os pobres, os drogados, os mendigos e os excluídos me incomodam por serem do jeito que são. Descobri que me é muito mais reconfortante lidar com pessoas saudáveis, limpas, bonitas e simpáticas do que lidar com aqueles que se assemelham a Jesus Abandonado.

Que mico, Padre Gil! O senhor precisa se converter aos pobres, para ver neles a presença de Jesus...

Para rir: Micos de um Vigário (IX)

Quando trabalhava no Nazareth pelos anos de 93-98, certa ocasião, houve na Casa de Formação um "Nazarethzão", um dia de encontro de formação para os casais e jovens. No encerramento, pediram que eu motivasse a oração final. Todos nos demos as mãos e eu conduzi a reza: "Vamos rezar a Oração que Jesus nos ensinou, pelo nosso Movimento..." e assim continuei falando uns três ou quatro minutos mais e concluí, rezando piedosamente, com eles... a "Ave Maria..." Ainda bem que poucos perceberam o pequeno "engano"...

Para rir: Micos de um Vigário (VIII)

Vocês já viram morto de óculos? Eu já! certa feita, uma senhora pediu para ser sepultada de óculos e respeitaram a sua vontade... O complicado foi fazer a Encomendação olhando para a cena e mordendo os lábios para não rir. Foi algo insólito mesmo, mas vontade de morto tem que ser respeitada...

Para rir: Micos de um Vigário (VII)

Em Santa Vitória (puxa vida, como tem histórias de Santa Vitória!!!), certa feita fui fazer uma encomendação. O dono da Funerária foi me pegar e no caminho fomos falando de um fulano que havia falecido semanas antes. Lá chegando, fui fazer a Encomendação. Por duas ou três vezes, quando ia citar o nome do falecido, falava o nome do defunto anterior, para escândalo das viúva e dos familiares... Êta, desatenção esta do vigário...

terça-feira, 25 de setembro de 2007

Para rir: Micos de um Vigário (VI)

Também, uma outra vez, ainda em Santa Vitória, fui celebrar Missa na Comunidade Nossa Senhora dos Navegantes, no Porto. Como sempre, uma galera foi junto. No caminho, apostei como eu iria dizer na homilia que não havia entendido nada do Evangelho daquele fim de semana. Como fiz? Terminado o Evangelho, eu me sentei e perguntei pro povo:
"Vocês entenderam o Evangelho?" Todos disseram que sim. Então respondi: "Se entenderam me contem, porque não entendi nadinha..." Todos riram, mas foi a homilia partilhada mais perfeita que fiz na minha vida de Padre. É lógico que depois eu complementei o que faltava... Mas ganhei a aposta...

Para rir: Micos de um Vigário (V)

Numa das Granjas de Santa Vitória, numa Missa de domingo, lá pelos anos de 91/92, o Evangelho era do trigo e do joio. Este vigário, que não entende nada das lides campeiras, resolveu falar sobre o "inço", comparando-o ao joio, dizendo que não servia para nada e que era prá jogar fora. Durante a homilia eu notei que alguns peões riam, bem como os gerentes da Granja. No final, eles me disseram: "Padre, o inço é uma coisa muito boa para se dar aos animais. Nunca se joga fora. Inclusive aqui temos plantação disso, para fazer forragem para os bichos." Lá se foi todo o meu sermão...

Para rir: Micos de um Vigário (IV)

Em outro batizado, também em Santa Vitória, naqueles tempos de 91/92, na hora da unção com o óleo do Batismo, eu disse:
"Agora podem abrir a gola, no peito, para a unção."
Logo, uma das madrinhas começou a desabotoar a sua própria blusa, desconfiada do Padre tarado, e dizendo:
"Não sei o que o Padre quer com isso..."
Quase morrendo de rir, expliquei que era a gola do bebê, e não da madrinha...

Para rir: Micos de um Vigário (III)

Ainda em Santa Vitória, em 1991. No mês de junho daquele ano realizamos uma Semana Missionária na Granja Rancho Grande. Para lá se dirigiram dois seminaristas e alguns jovens. Na sexta-feira à noite fui celebrar a Missa de Encerramento. Lá chegando, eles me disseram que dois peões iriam ser batizados, pois haviam sido preparados por eles para o Sacramento. Durante a Missa, após a homilia, chamei-os, com os seus respectivos padrinhos, colegas de trabalho deles, com suas esposas. Fiz o Ritual do Batismo e, quando fiz a Unção com o óleo do Santo Crisma, ungi um deles que me disse:
"Seu Vigário, eu sou o Padrinho"
Assustado, eu perguntei se tinha batizado o vivente certo, ao que ele respondeu:
"Sim, a água o senhor jogou no afilhado, mas a 'graxa' o senhor colocou na testa errada."
Então eu respondi:
"Menos mal: uma graxa a mais, uma a menos não faz mal prá ninguém."
O difícil foi celebrar o restante da Missa sem ter acesso de riso...

Para rir: Micos de um Vigário (II)

Numa outra encomendação, também em Santa Vitória, eu, padrezinho novo, procurei ser simpático e, depois da reza, fui cumprimentar a viúva, que estava desesperada ao lado do caixão. Dei os pêsames, virei as costas e fui embora... Na verdade, aquela não era a viúva (fiquei sabendo mais tarde...), mas a amante do falecido. A viúva estava do outro lado, furiosa com o acontecido... Desde então sempre dou os pêsames de forma coletiva, me dirigindo a todos os que estão na capela mortuária, sejam elas viúvas ou amantes...

Para rir: Micos de um Vigário (I)

Lá pelos idos de 1991, eu, recém ordenado Padre, trabalhava como Vigário Paroquial de Santa Vitória do Palmar. Era minha primeira experiência de encomendação de morto. Não sabia nada de cor do Ritual de Encomendação. O dono da Funerária foi de carro me buscar. Eu peguei a estola roxa, o livro com o Ritual e a água benta. Lá chegando, o susto: na pressa eu peguei o Ritual de Batismo de crianças. Fazer o que? Discretamente, abri o livro e, tapando a capa com a mão, para não verem o título, fazendo que estava lendo, fui "inventando" umas rezas de Encomendação, de modo que não percebessem o mico. Graças a Deus não deu nada... o defunto foi bem "encomendado" para o céu...

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

A repercussão deste Blog



Fico impressionado com a repercussão positiva deste Blog. Muitas pessoas amigas o tem acessado e dado uma resposta bastante bonita àquilo que ele tem proposto em matéria de partilha de notícias e de reflexão. Até me deram a idéia de fazer um novo site, uma vez que o site feito no meu tempo de Áustria nem sei mais como atualizá-lo... Porém, eu acho que este meio (o Blog) é bem mais simples (envolve menos tempo e técnica...) e, portanto, bem mais eficaz. Quando ousamos ser criativos na Evangelização, todos os meios se tornam válidos e eficazes. Por isso, estou gostando muito deste Blog e dos comentários que muitos amigos estão colocando, pois esta é uma maneira de interagir naquilo que faço. Eu fico muito feliz quando as pessoas que amo interagem comigo e dizem que gostam do meu trabalho, pois sei que elas se tornam participantes na minha missão e na minha vida. Portanto, obrigado pelo carinho que vocês manifestam! Continuem assim!

domingo, 23 de setembro de 2007

Fotos diversas do Fórum

Com a Cris, secretária da Paróquia e o Daniel, meu afilhado.


Nosso Bispo falando no Fórum.


Com um casal amigo.



A Tenda da Diocese do Rio Grande

Reflexos do I Fórum da Igreja Católica no RS (20-23/09/2007)

Estou morto de cansado, mas não poderia deixar de colocar aqui as impressões que tive do I Fórum da Igreja Católica no RS, que se encerrou hoje. Dizer que estava excelente é pouco, porque superou todas as mais otimistas espectativas que se poderia ter deste Fórum. Foi a mais bela expressão de vida da Igreja Católica em terras gaúchas e posso dizer que tive o privilégio de poder participar deste momento. "A Igreja está viva", proclamava o Papa Bento XVI no início de seu Pontificado e pudemos constatar que ele não mentia ao dizer isto. Através das Conferências, dos Seminários, das Oficinas, das apresentações culturais e das Liturgias mostramos o quanto a Igreja vive e o quanto ela é bela e jovem. Resgatamos o nosso orgulho de sermos católicos, mas também vimos a necessidade de uma renovada conversão pastoral, para podermos fazer frente aos desafios que os novos tempos nos impõem. portanto, o Fórum não termina aqui, mas deve ter continuidade, nas reflexões e encaminhamentos que faremos em nossas Dioceses e Comunidades Eclesiais.

terça-feira, 18 de setembro de 2007

I Fórum da Igreja Católica no RS: faltam 2 dias!!!!



Falta pouco mais de um dia para o início do maior evento da Igreja Católica em terras gaúchas. Poder participar do I Fórum da Igreja Católica no RS é um privilégio muito grande. Lá poderemos conhecer melhor o rosto da Igreja gaúcha, com todas as suas mais diferentes expressões. Poderemos, igualmente, manter contato com católicos de todos os quadrantes do nosso Estado, conhecendo suas realidades e desafios e também partilhar da nossa riqueza eclesial. Vai ser, para mim, igualmente, tempo de rever amigos e poder manter um papo amigo com gente que não vejo há anos, para juntos podermos louvar a Deus e agradecer o que Ele realiza na vida do seu povo.

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Filhos e filhas na volta...


Hoje a galera do Grupo Novo Amanhã vai vir assistir um filme, com suco e pipoca. É uma nova geração deste Grupo, que já tem 18 anos de existência. A maioria deles está na faixa de 14, 15 anos e aos poucos vão se aproximando, meio encabulados, ainda me chamando de "senhor", ahuahuahu...

Mas, com certeza, aos poucos eles vão se sentir em casa aqui na Paróquia e Casa Paroquial. É uma nova geração de filhos e filhas que vão descobrindo no Padre o seu pai espiritual e amigo e na Comunidade Eclesial sua segunda casa. Fico muito feliz pela proximidade dos jovens comigo e espero que eu possa ser para eles uma presença positiva da Igreja e sinal do carinho e da ternura de Deus.

Portanto, filhos e filhas, sejam bem vindos!

43. Nazareth (II)

Eu me surpreendo cada vez mais com as surpresas de Deus e com todo o cuidado e carinho que Ele me reserva. Confesso que eu entrei na Casa de Formação na sexta-feira completamente desanimado, pensando: "O que será que vai acontecer nesses dias? Será que vai ser tudo igual?" Mas Deus sempre surpreende. Valeu a pena ter vivido lá estes dias. Como sempre, a convivência com a galera me fez um bem imenso, renovando em mim o entusiasmo. Saio de lá com novos amigos, com novas experiências, com novo vigor.
Hoje, pela manhã, quando estava rezando, repassava todos os momentos e agradeci a Deus poder trabalhar com os jovens. Eu ajudo a evangelizá-los e eles me ajudam a ser melhor Padre. Eles se tornam filhos e filhas que Deus me dá e eu me torno melhor pai espiritual para eles...

Para pensar... Documento de Aparecida


"O sacerdote não pode cair na tentação de se considerar somente mero delegado ou apenas representante da comunidade, mas sim um dom para ela, pela unção do Espírito e por sua especial união com Cristo"

(Documento de Aparecida, 193)

43. Nazareth


sexta-feira, 14 de setembro de 2007

"Nazareth, Nazareth, Nazareth, em tuas terras encontrei a minha fé..."

Hoje inicia na Casa de Formação o 43. Nazareth da Diocese do Rio Grande. Pela vigésima terceira vez estou indo trabalhar lá como Diretor Espiritual. Sempre que tem Nazareth eu me encho de entusiasmo, pois conviver com os jovens é algo que me faz um bem enorme. Sempre saio de lá revigorado e pronto para os desafios que tenho de enfrentar.

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

O legado que nos deixaram


Aliás, nestes momentos sempre fazemos memória de personagens que ajudaram a construir a história da Diocese do Rio Grande: D. Frederico, vários de nossos padres já falecidos, como o Pe. Beiró, Pe. João Werner, Pe. Nilo Gollo, Pe. Costa, Pe. Simão, Pe. Pedro Garcez, Pe. Egídio, Pe. José da Luz, vários religiosos e religiosas, inúmeros leigos e leigas... É bonito perceber que somos continuadores da história que eles participaram e responsáveis pelo legado que eles nos deixaram. Somos, portanto, responsáveis pela continuação dessa linda história de nossa Diocese e que aquilo que fizermos será lembrada pelas gerações que nos sucederem. Eu sinto uma grande alegria de poder participar dessa história e de poder deixar as marcas de minha presença na vida desta Diocese. Espero que minhas marcas sejam sempre positivas e que minha humilde contribuição auxilie a Igreja Particular do Rio Grande a seguir seus passos neste Terceito Milênio.

Hoje o Pe. Gianni Menegazzi, Cura da Catedral, recebe o título de Cidadão Riograndino. Ele merece todo o nosso carinho e amizade. Parabéns, Pe. Gianni!!!!


Diocese do Rio Grande: 36 anos de caminhada

Ontem a Diocese do Rio Grande celebrou seus 36 anos de fundação e de Ordenação Episcopal do seu primeiro bispo, D. Frederico Didonet. Uma Diocese não é apenas o "feudo" de um bispo. A Diocese deve ser a expressão local da Igreja Católica presente no mundo inteiro. Numa Diocese, cada católico exerce o seu papel, a sua função, tornando-se parte viva de uma Igreja viva.
Nós, padres, em unidade presbiteral com o bispo, somos responsáveis pelo pastoreio, não só de nossas Paróquias, mas da Igreja diocesana como um todo, auxiliando o bispo em tudo o que for necessário.
Portanto, a data de ontem diz respeito a todos nós, é festa de todos nós, todos estamos de parabéns, porque de uma forma ou de outra ajudamos a construir a história desta Diocese e nos sentimos parte viva dela.

terça-feira, 11 de setembro de 2007

Ser padre melhor para o povo de Deus

Hoje tivemos uma reunião extraordinária do Clero do Rio Grande, em São José do Norte. Esta reunião teve como objetivo fazermos um estudo sobre o livreto de preparação ao 12. Encontro Nacional de Presbíteros, em fevereiro de 2008, em Itaici, São Paulo. Refletir sobre a vocação e ministério dos Presbíteros é sempre uma oportunidade de conversão pessoal e pastoral, uma chance que Deus nos oferece para que sejamos melhores como pastores, a quem Deus confia o seu povo.

domingo, 9 de setembro de 2007

Carregar a cruz cada dia para ser discípulo...


Ser discípulo é carregar a cruz cada dia, nos diz Jesus no Evangelho de hoje. E carregar a cruz é carregar a cruz. Não existe meio-termo. Isso não significa que iremos procurar sofrimento, de forma masoquista, tipo: "Oh, como eu quero sofreeeeeer..." Não! Não precisamos ir atrás da cruz; ela é que nos procura nas mais diferentes situações de nossa vida pessoal, familiar, profissional... São as circunstâncias da vida, que aparecem e que temos que enfrentar com coragem é que são as cruzes de cada dia.

Ser discípulo é carregar a cruz, sabendo que o Senhor caminha conosco e nos ajuda a carregá-la sempre de novo a cada dia. Por isso, peçamos a Deus esta coragem que animou aos santos e que os fortaleceu nas batalhas da vida, para que sempre de olho na Ressurreição e na vida eterna que nos aguarda, possamos ser fortes na fé e na esperança.

sábado, 8 de setembro de 2007

Nazareth: uma semana antes...


Falta menos de uma semana para o Nazareth. Eu trabalho com esse Encontro de Jovens desde o ano de 1993, quando cheguei a Rio Grande, como Padre, pela primeira vez. Trabalhei até o XXV Encontro, no segundo semestre de 1998. Em 1999 eu partia para Santa Vitória e no ano seguinte para Viena, retornando somente em 2003. Recém chegado, já voltei para o Nazareth e estou até hoje. Estar na Casa de Formação com aqueles jovens e casais durante o fim-de-semana é sempre para mim motivo de alegria e de rejuvenescimento. Cada Encontro é sempre uma surpresa, uma novidade e até hoje tive muitas alegrias e muitas amizades surgidas do Nazareth. Muitas vezes os jovens é que evangelizam o Padre e o tornam melhor.

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

07 de setembro

07 de setembro... uma data, que será sempre lembrada por dois motivos especiais:
07 de setembro de 1989: falecia, em Rio Grande, minha Madrinha de Crisma, Bertha Armando Pereira, aos 77 anos, depois de uma longa enfermidade. Ela foi uma pessoa muito especial durante toda a minha infância e adolescência. Pessoa de saúde frágil, mas com uma grande alegria de viver, era uma das tias mais próximas da garotada, sempre sorrindo e se colocando à disposição, com grande generosidade, para todas as brincadeiras e joguinhos que a gente queria.
07 de setembro de 1999: encerramento das Santas Missões Populares, em Santa Vitória do Palmar e Chuí. Foi, talvez, a maior conquista do meu Ministério antes da minha ida para o Mestrado em Viena. Os frutos das Santas Missões se fazem sentir até os dias de hoje, com três novas Comunidades Eclesiais surgidas naqueles tempos: a Sagrada Família, a São Pedro e a Nossa Senhora de Lourdes.
Que novas surpresas surgirão, nesta data, durante a minha vida?

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Projeto de Refundação Paroquial

Estamos em obras aqui na igreja de São José Operário. Mudança de piso, pintura da igreja, etc... A Igreja vai ficar bonitona, como está sendo sonhada por todos há anos. Entretanto, de nada adianta termos uma igreja bonitona de pedra, se ela não for expressão de uma igreja viva, onde cada cristão é pedra viva, alicerçada em Cristo Jesus. De nada adianta termos templos majestosos, enquanto a igreja viva está em ruínas. E aqui reside o maior desafio que enfrento em meus quase 17 anos de Padre: conseguir fazer da Paróquia de São José Operário uma Igreja viva, renovada, restaurada em seus alicerces mais profundos.
Em vista disso, na comemoração dos quarenta anos de fundação da Paróquia, no ano de 2008, estamos lançando o "Projeto de Refundação Paroquial", um programa pastoral e missionário amplo, que vise resgatar na vida de nossas quatro Comunidades o espírito de comunhão e participação, onde cada paroquiano se sinta pedra viva desta igreja viva.

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Para pensar... Documento de Aparecida



"A renovação da paróquia exige atitudes novas dos párocos e dos sacerdotes que estão à serviço dela. A primeira exigência é que o pároco seja autêntico discípulo de Jesus Cristo, porque só um sacerdote apaixonado pelo Senhor pode renovar uma paróquia. Mas, ao mesmo tempo, deve ser ardoroso missionário que vive o constante desejo de buscar os afastados e não se contenta com a simples administração."

Documento de Aparecida, 201

A Adoração: força para a missão


De onde Madre Teresa tirava forças para fazer tudo o que ela fazia, apesar de sua saúde frágil? Da Adoração a Jesus Eucarístico. Diariamente, Madre Teresa passava um tempo não curto diante do Santíssimo. Nesse encontro íntimo com o Senhor ela tinha a força e a Graça necessária para todo o seu trabalho apostólico em favor dos excluídos. Mesmo muitas vezes enfrenatando momentos de aridez espiritual, jamais deixou de buscar estar com o seu Senhor.

A Igreja, quando se torna adoradora da Eucaristia, torna-se fiel à sua missão. Este é o segredo da vitalidade dos santos. Sejamos nós bom alunos na Escola da Adoração!

Madre Teresa de Calcutá


Madre Teresa de Calcutá, cuja memória hoje celebramos nos 10 anos de sua morte, é modelo de vida cristã, na medida em que conseguiu ver Jesus presente nos mais pobres e abandonados e conseguiu amar Jesus neles.

É fácil ver e amar Jesus presente nas pessoas que gostamos, nas pessoas que são bonitas, saudáveis, cheirosas e bem vestidas. Quando porém, temos que nos defrontar com o Mistério da Cruz presente na vida dos sofredores, então torna-se complicado ver e amar Jesus neles. Complicado, porém não impossível. Madre Teresa nos ensina isso. Precisamos pedir a Deus a Graça de uma conversão nossa na direção dos sofredores, para podermos assumir com coragem os nossos sofrimentos.

Um amigo fiel, um tesouro


Um amigo: alguém para estar junto em cada momento...
Um amigo: alguém que acolhe, abraça, te entende...
Um amigo: alguém que te fala, partilha a vida e partilha a tua vida, com os teus momentos de alegria e de fracasso...
Um amigo: alguém que te surpreende com um sorriso, que te conforta com uma palavra amiga, que te alegra com sua presença...
Um amigo: alguém que nunca está cansado demais para te escutar, que sempre está disposto a ficar contigo, alguém que jamais te deixa na solidão...
Um amigo verdadeiro, um tesouro de inestimável valor, coisa rara de se ter, mas que, quando temos, devemos cuidá-lo para que não se perca...
Portanto, não percamos tempo e vamos amar nossos amigos e tê-los em lugar guardado no lado esquerdo do peito... Não percamos tempo e vamos cultivar verdadeiras amizades, pois elas são sinais da presença do grande Amigo, que é Deus...

O serviço da Coordenação de Pastoral

Estou muito cansado... O dia hoje foi de matar, mas disso não me queixo, porque gosto exatamente de tudo o que faço enquanto Padre. O serviço da Coordenação de Pastoral tem sido algo tremendamente envolvente, embora nesta minha "segunda edição" (a primeira edição foi durante os anos 93-98) estou conseguindo exercer bem melhor o meu papel, uma vez que somos uma Equipe, onde cabe a outro colega a tarefa de executar a parte burocrática, que, de fato, é o meu fraco...

Hoje me considero bem mais amadurecido nas lidas pastorais e louvo a Deus por este processo de amadurecimento e crescimento... E louvo a Deus porque, por esse serviço, cresço na visão de conjunto da vida eclesial e posso ser uma presença mais eficaz na vida da Igreja Particular do Rio Grande. É claro que ainda tenho um longo caminho a percorrer, mas agradeço ao Senhor pelo muito que já foi percorrido...

terça-feira, 4 de setembro de 2007

A santidade no cotidiano

"A santidade não consiste em fazer coisas extraordinárias, mas em fazer extraordinariamente bem todas as coisas". Esta frase, provavelmente de Chiara Lubich, expressa muito bem aquilo que a Igreja ensina sobre a santidade, à luz da Palavra de Deus. O grande desafio para o cristão no mundo de hoje consiste justamente em ser luz, do modo mais simples e natural possível, de forma discreta e eficaz. A santidade vai acontecer no nosso cotidiano e vai transparecer nas nossas boas obras. Que possamos ser vivenciadores da Palavra e lâmpadas acesas para iluminar o nosso tempo!

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Para pensar... Documento de Aparecida



"Necessitamos fazer-nos discípulos dóceis, para aprendermos d'Ele, em seu seguimento, a dignidade e a plenitude da vida."

(Documento de Aparecida, 41)

Jesus, nós e o Espírito Santo


Toda a ação de Jesus na sua vida pública não foi ato isolado do restante das Pessoas Divinas. Jesus é o enviado do Pai e o ungido pelo Espírito Santo. Por isso, no início de sua vida pública, na sinagoga de Nazaré (Cf. Lc 4, 16-30), ele proclama o seu programa messiânico como enviado e ungido pelo Espírito. E é este mesmo Espírito que nos unge no Batismo e especialmente na Confirmação para sermos continuadores da sua Obra: proclamar o ano da Graça do Senhor...
Foto com o Daniel, um dos meus afilhados de Crisma.

domingo, 2 de setembro de 2007

Documento de Aparecida




Comecei a ler o Documento de Aparecida. Este Documento é o resultado de um longo processo que durou vários anos, com estudos, consultas, pesquisas e debates acalorados. Mesmo que ele tenha tido modificações, estas foram poucas, que não alteraram o seu espírito e as propostas originalmente votadas pelos Bispos delegados. Portanto, agora é tempo de estudar com atenção as Conclusões de Aparecida e de torná-las conhecidas de nossas Comunidades e de nossos cristãos. Que este Documento possa ter a expressão que as Conclusões de Puebla tiveram nos anos 80 para a Igreja da América Latina!
Aqui irei publicar também comentários e citações deste Documento.

Fazer escolhas

A vida é feita de contínuas escolhas. Somos seres livres, que podem escolher entre a vida e a morte, entre a felicidade e a tristeza, entre a realização e a frustração. Deus nos dá a sua Graça e a sabedoria para fazermos boas escolhas, que proporcionem felicidade para nós e para os que nos cercam.

Eu quero saber escolher bem, eu quero saber escolher o bem!

Bom domingo a todos...

sábado, 1 de setembro de 2007

Para pensar...

Se você morresse hoje, como se apresentaria diante de Deus? O que fez com o maior de todos os talentos recebidos, que é a vida?
O dia de hoje, está valendo a pena ser vivido?

Talentos...


Talentos, talentos... quais são, afinal, os talentos que Deus nos concedeu para que sejam multiplicados (Cf. Mt 25,14-30)? Uma coisa eu percebo, seja na minha vida, seja na vida dos outros e da Igreja: Deus é extremamente criativo ao nos dar talentos dons naturais e estes podem surgir a qualquer momento da vida, de acordo com a necessidade e com a realidade em que estamos inseridos.

Durante muito tempo eu me perguntei: que tipo de Padre Deus queria que eu fosse? Que talentos eu deveria desenvolver para melhor servir a Deus e ao seu povo? Durante esses quase 17 anos de vida ministerial as respostas foram sendo as mais variadas e foram se modificando na medida que as exigências dos tempos mudavam. Várias facetas foram surgindo e foram se complementando, formando, assim, um belíssimo quebra-cabeças. Ainda estou aprendendo na Escola da Vida a ser bom Padre e tenho que estar com os olhos e o coração bem abertos e sintonizados com os sinais dos tempos, para poder responder com eficiência aos questionamentos que o mundo e a Igreja me fazem.

Desejo chegar no fim de meus dias e poder ofertar ao Senhor muitos e belos talentos desenvolvidos ao longo de cada etapa de minha existência.